WebRádio Nova Esperança

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012


Herói Improvável

John Harper [um pastor batista de Glasgow, na Escócia] havia passado três meses ministrando na Igreja Moody, em Chicago, e durante esse tempo a igreja havia experimentado “um dos reavivamentos mais fantásticos de sua história”. Entretanto, não fazia muito tempo que ele estava de volta à Grã-Bretanha quando lhe pediram para voltar e continuar seu ministério. Harper tomou rapidamente as providências para ele mesmo e sua filhinha de seis anos, Nana, viajarem de volta à América, a bordo do Lusitânia, mas decidiram atrasar sua partida por uma semana para que pudessem viajar em um novo navio que estava para fazer sua viagem de estréia: o Titanic.
Titanic bateu em um iceberg às 23h40m do dia 11 de abril de 1912. Quando foi dado o comando para os passageiros desocuparem suas cabines, Harper enrolou sua filha em um cobertor, disse-lhe que ela o veria novamente um dia, e a entregou a um dos homens da tripulação. Depois de observar que ela estava a salvo em um dos barcos salva-vidas, ele tirou seu colete salva-vidas e o deu a um dos outros passageiros. Um sobrevivente se lembrou distintamente de ouvi-lo gritar: “Mulheres, crianças e os que não são salvos, entrem nos barcos salva-vidas!” Depois, Harper correu pelo convés implorando às pessoas que se entregassem a Cristo, e, com o navio afundando, ele solicitou à orquestra do Titanic para tocar “Mais perto quero estar”. Ajuntando as pessoas a seu redor, ele então se ajoelhou e, “com alegria santa em seu rosto”, ergueu os braços em oração. À medida que o navio começou a adernar, ele pulou para dentro das águas geladas e nadou freneticamente para perto de todos a quem conseguiu alcançar, suplicando-lhes que se voltassem para o Senhor Jesus e fossem salvos. Finalmente, quando a hipotermia o imobilizou, John Harper afundou nas águas e passou para a presença do Senhor Jesus. Ele tinha 39 anos.
À medida que o navio começou a adernar, ele pulou para dentro das águas geladas e nadou freneticamente para perto de todos a quem conseguiu alcançar, suplicando-lhes que se voltassem para o Senhor Jesus e fossem salvos.
Quatro anos mais tarde, um jovem escocês chamado Aguilla Webb levantou-se em uma reunião em Hamilton, no Canadá, e deu o seguinte testemunho:
Sou um sobrevivente do Titanic.Quando eu estava boiando sozinho, segurando-me em um pedaço do mastro do navio naquela noite horrível, as ondas trouxeram para perto de mim o senhor John Harper, de Glasgow, que também estava se segurando em um pedaço dos destroços. “Amigo”, disse ele, “você é salvo?” “Não”, eu respondi, “não sou”. E ele continuou: “Creia no Senhor Jesus Cristo e você será salvo”. As ondas o carregaram para longe; mas, por mais estranho que possa parecer, as ondas o trouxeram de volta um pouco mais tarde, e ele disse: “E agora, você está salvo?” “Não”, eu disse, “não posso dizer honestamente que esteja”. Ele disse novamente: “Creia no Senhor Jesus Cristo e você será salvo”. Alguns segundos depois ele afundou; e ali, sozinho naquela noite, e com duas milhas de água abaixo de mim, eu cri. Eu sou o último convertido de John Harper.[1]
Em um tributo a Harper, que foi publicado em 1912 sob o título “Os Três Temas de um Herói”, William Andrew, de Glasgow, apontou que os três temas da pregação de Harper haviam sido “A Cruz de Cristo, a Maravilhosa Graça de Deus Para o Homem, e a Vinda Iminente de Nosso Senhor Jesus Cristo”. (Paul Wilkinson - The Berean Call -http://www.chamada.com.br)

sábado, 22 de setembro de 2012


Muitas mentiras enganosas são semeadas na mente da juventude de hoje através das escolas, dos livros, dos filmes e da televisão. São muitos os enganos populares que negam a Deus e o Evangelho de Jesus Cristo. Dois deles são sustentados mundialmente: 1) a evolução (ensinada como fato nas escolas públicas); e sua corolária, 2) a existência de vida inteligente em outros planetas. Se a vida evoluiu na Terra por acaso, então por que não em outros lugares? A possibilidade de algum outro ser possuir ciência e tecnologia mais avançadas que as nossas é extremamente empolgante para a humanidade: nós não estaríamos sozinhos no Universo!
Robert Jastrow, fundador e por muitos anos diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais (que exerceu um papel-chave nos projetos das sondas espaciais Pioneer, Voyager e Galileu), sugeriu que a vida teria se desenvolvido em alguns planetas 10 bilhões de anos antes de acontecer aqui na Terra. Esses seres poderiam estar além do homem na escala evolucionária – assim como o homem se encontra à frente dos vermes – e apareceriam como deuses para nós quando os encontrássemos: um pensamento emocionante mas também aterrorizante.
Sérios esforços internacionais têm estado em funcionamento durante os últimos anos visando contatos com inteligências extraterrestres (IETs). Nos Estados Unidos, o programa foi chamado de Busca de Inteligência Extraterrestre (Search for Extraterrestrial Intelligence – SETI). Várias nações investiram pesado no envio de sinais de rádio ao espaço e na captação de algum retorno dos mesmos. A sonda espacial Voyager, que já deixou nosso sistema solar para se aprofundar mais no espaço, carrega a seguinte mensagem num disco de ouro fixado no seu exterior, pois esperava-se que alguma vida amiga o encontrasse e fizesse contato com a Terra em resposta:
Nós lançamos esta mensagem no Cosmo... isto é um presente de um pequeno, distante mundo... Esperamos que algum dia tenham resolvido os problemas que enfrentamos, para reunir uma comunidade de civilizações galácticas. (Assinado) Jimmy Carter, presidente dos Estados Unidos da América, 16 de junho de 1977.
Crê-se popularmente que seres de outros planetas já teriam visitado a Terra por algum tempo em naves espaciais cuja composição e propulsão nossos cientistas não podem explicar. Essas naves foram batizadas de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs). Milhares de aparições são reportadas anualmente no mundo inteiro, a maioria das quais tendo alguma explicação terrestre. Isso ainda deixa numerosas aparições que, sob cuidadosa investigação, parecem indicar que alguma coisa "não deste planeta" está nos visitando, por razões desconhecidas.
Tem havido várias investigações governamentais dos OVNIs. Os resultados permanecem em segredo. De acordo com os arquivos liberados conforme a Lei de Liberdade de Informação, o FBI foi envolvido na procura por evidências em supostos locais de acidentes com OVNIs. Numa carta datada de 27 de setembro de 1947, entretanto, o diretor do FBI, J. Edgar Hoover, escreveu para o Ministro da Aeronáutica, George C. McDonald, que estava orientando o órgão governamental a "suspender toda a atividade de investigação relativa às aparições reportadas acerca de disco voadores", e que as dúvidas fossem apresentadas à Força Aérea.(1) Contudo, o FBI continuou envolvido no processo. Considere o memorando interno do FBI, datado de 2 de outubro de 1962, de W. R. Wannall para W. C. Sullivan: "Aparentemente não se faz necessário dar instruções adicionais... relativas a discos voadores. Esta matéria será novamente revisada por volta de 3 de outubro de 1963."(2)
Arquivos do FBI, dos quais tenho cópias, incluem numerosas reportagens sobre misteriosos objetos voadores, vistos por observadores competentes, incluindo pilotos da Força Aérea e pessoal do FBI. A grande velocidade dos objetos, a ausência dos meios de propulsão conhecidos na Terra, e manobras impossíveis para naves terrestres indicam origem extraterrestre. Os relatos quase sempre incluem observações sobre marcas deixadas por um objeto pesado, bem como áreas queimadas e radioativas onde os OVNIs supostamente teriam aterrissado. Um memorando do Diretor Executivo da CIA (cuja data foi apagada) para o Diretor da Central de Inteligência afirma:
Relatos de incidentes nos convencem de que algo está acontecendo e precisa de atenção imediata. Os detalhes de alguns desses incidentes têm sido discutidos pelo AD/SI com DDCI. Aparições de objetos inexplicáveis a grandes altitudes e viajando a grandes velocidades nas proximidades de uma importante instalação americana de defesa são de tal natureza que não são atribuíveis a fenômenos naturais ou a tipos conhecidos de veículos aéreos.(3)
Contradições: fatos X pesquisadores
Alguma possibilidade de que vida inteligente tenha evoluído por acaso na Terra ou em qualquer outro lugar pode ser rapidamente descartada. O eminente astrônomo britânico Sir Fred Hoyle salienta que "mesmo se o Universo tivesse consistido, a princípio, de um caldo orgânico" do qual a vida seja feita, a chance da produção das enzimas básicas da vida pelo acaso, sem um norteamento inteligente, pode ser aproximadamente de uma em 10 seguido de 40.000 zeros. A impossibilidade desse número pode ser vista na seguinte ilustração. A probabilidade de se "estender a mão" ao acaso e apanhar umátomo específico do Universo seria de cerca de 1 em 10 seguido de 80 zeros. Se cada átomo deste Universo se tornasse num outro Universo, a chance de "estender a mão" a esmo e pegar um átomo desses universos seria de cerca de 1 em 10 seguido de 160 zeros.
Então Hoyle explica por que essa teoria completamente impossível ainda é respeitada, e acusa os evolucionistas de interesse-próprio, pressão injusta, e desonestidade:
Essa (impossibilidade matemática) é bem conhecida dos geneticistas e ainda assim ninguém parece dar um basta final à teoria... por causa do seu peso sobre o sistema educacional... ou você crê nos conceitos ou será visto como herege.(4)
Em Chance and Necessity (Acaso e Necessidade), o biólogo molecular Jacques Monod forneceu uma dúzia ou mais de razões pelas quais a evolução não pode ter ocorrido. A característica essencial do DNA, por exemplo, é a perfeita réplica dele mesmo. A evolução só poderia ocorrer diante de uma falha no DNA, e é absurdo imaginar que uma única célula tenha evoluído, muito menos o cérebro humano, por uma série de falhas prejudiciais no DNA. E, ainda assim, após ter apresentado várias razões pelas quais a vida não poderia ter surgido por acaso, Monod concluiu que ela tem que ter surgido por acaso.
Monod não possui uma razão válida para sua "fé". Ele simplesmente rejeita aceitar a criação divina. O paleontologista do Museu Britânico de História Natural, Colin Patterson, declara:
Evolucionistas, assim como os criacionistas... nada mais são do que pessoas que crêem. Eu tenho trabalhado nesta questão (evolucionismo) por mais de vinte anos, e não havia qualquer coisa que eu soubesse a esse respeito. É chocante descobrir que alguém pode ser enganado por tanto tempo."(5)
Onde fica o cristianismo?
Uma fé transigente está ficando comum na igreja: Deus teria permitido que a evolução acontecesse, aí Ele teria transformado a criatura, semelhante a um primata, em Adão. Mas a Bíblia diz que no momento em que Deus soprou vida no molde que Ele formara do pó, esse molde era um homem, Adão (Gn 2.7). Assim, Ele não poderia tê-lo transformado de alguma coisa que já estivesse viva. Além disso, a morte não invadiu a Terra até que Adão pecasse ("por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte" – Rm 5.12), e, assim sendo, as espécies anteriores não poderiam ter passado pelo suposto processo de morte para "evoluírem de forma mais elevada".(6)
Poderia Deus ter criado vida inteligente em outros planetas? Sim, mas a Bíblia declara que exclusivamente a Terra tem vida física inteligente. Foi para esta Terra que Satanás veio difundir sua rebelião; e a esta Terra Cristo veio para morrer pelo pecado do homem. A batalha entre Deus e Satanás pelo Universo está centralizada aqui. O sacrifício de Cristo na cruz purificou do pecado o Universo inteiro e as próprias coisas celestiais (Hb 9.23):
"...de fazer convergir nele [Cristo]... todas as cousas, tanto as do céu como as da terra" (Ef 1.7,10).
"Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra..." (Fl 2.10).
"...havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as cousas, quer sobre a terra, quer nos céus" (Cl 1.20).
"...toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra... dizendo: Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos" (Ap 5.9,13).
"Quando, porém, todas as cousas lhe (a Cristo) estiverem sujeitas... para que Deus seja tudo em todos" (1 Co 15.28).
As afirmações acima contrastam com a crença dos mórmons em trilhões de deuses, e trilhões de Cristos que morreram em trilhões de planetas além do nosso. Isso vai contra as Escrituras que dizem que a única reconciliação entre Deus e o Universo inteiro é o próprio Cristo de uma vez por todas sacrificado na cruz – um sacrifício que não se repetiu em nenhum outro planeta:
"...pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção... ao se cumprirem os tempos, (Cristo) se manifestou uma vez por todas,para aniquilar pelo sacrifício de si mesmo o pecado... Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus... Porque com umaúnica oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados... Já não há oferta pelo pecado" (Hb 9.12,26,10.12,14,18).
Um ser inteligente com poder de escolha poderia pecar. Deus não precisa experimentar ("O homem pecou, mas deixe-me tentar em outro planeta...", etc.). Conseqüentemente, existiriam outros pecadores espalhados pelo Universo; Deus os teria colocado lá intencionalmente. Mas por quê? Certamente é suficiente um planeta de rebeldes!
Os pecadores precisam de redenção, e a redenção foi provida para o Universo inteiro através do sacrifício de Cristo neste planeta. Nós, habitantes da Terra, temos o relato de testemunhas oculares, evidências arqueológicas, evidências históricas e profecias cumpridas. Tais provas não podem ser avaliadas por seres de distantes planetas que teriam que acreditar num Cristo que morreu neste planeta.
Além do mais, para Cristo nos redimir, ele teve que se tornar um de nós, um homem que morreu em nosso lugar. Para redimir seres de outros planetas, Ele teria de se tornar um deles também. Mas a Bíblia diz que Cristo é o Deus-homem para sempre; e Ele morreu só uma vez, e isto foi aqui na Terra. E sobre a Terra Satanás tentará estabelecer seu falso reino, utilizando-se de um homem, o anticristo. Para esse fim, Satanás pode usar os OVNIs e a crença em IETs para estabelecer seu falso cristo. É interessante que Robert Jastrow sugere que a vida após a morte...
...talvez esteja muito além da forma de carne-e-sangue que reconheceríamos. Talvez possa (ter)... conseguido escapar de sua carne mortal para se tornar algo fora de moda que as pessoas chamariam de espíritos. Então como é que sabemos que está aqui? Quem sabe possa materializar-se e aí desmaterializar-se. Tenho certeza de que eles possuem poderes mágicos pelos nossos padrões...(7)
O palco para a "operação do erro"
Que grande idéia Satanás pode utilizar para colocar o anticristo no poder! Quem precisa de Deus se as IETs têm poderes mágicos?! Não só médiums espíritas e parapsicólogos, mas agora cientistas, que rejeitaram a Deus, estão tentando contato com "seres espirituais" que eles acreditam ser entidades altamente evoluídas, com conhecimento e poderes maiores aos dos humanos. Certamente, se contatos fossem feitos com as "amigáveis" IETs, os líderes da Terra gostariam de se "beneficiar" com seus conselhos e ajuda. O presidente sírio Hafez Assad, muito fascinado por OVNIs, acredita que "só os poderes extraterrestres poderiam trazer paz entre as superpotências"(8).
Mas não existem IETs. A única vida inteligente além da que há na Terra é toda espiritual: Deus, anjos, Satanás e demônios. Satanás e seus servos são hábeis em invadir o reino físico. Satanás colocou chagas em Jó, causou um "vento arrasador" de destruição em sua casa matando seus filhos, os caldeus e sabeus roubaram a ele e a seus servos, e em cada caso uma pessoa ficou viva para trazer as notícias a Jó. Satanás levou Cristo ao topo do monte e ao pináculo do templo. Janes e Jambres (2 Tm 3.8) foram hábeis para imitar, pelo poder de Satanás, alguns milagres de Arão e Moisés, feitos pelo poder de Deus.
Que limites podem haver nos "poderes, sinais e prodígios da mentira" satânicos nós não sabemos: Satanás levará o mundo todo a adorar o anticristo como "Deus" (Ap 13.8). O fato é que a humanidade está agora aberta para o contato e para receber opiniões e ajudas de demônios que estão se manifestando como OVNIs e disfarçando-se como IETs, o que ajuda a preparar o palco para a "operação do erro" (2 Ts 2.11).
Foi aqui na Terra que Cristo derrotou Satanás na cruz, e é aqui para a Terra que Cristo retornará a fim de destruir Satanás. É na Terra que Cristo vai reinar por 1000 anos; é para a nova Terra que a Jerusalém celestial descerá (Ap 21.1-2), e dela Cristo reinará sobre o novo Universo por toda a eternidade. Não existe nenhuma outra civilização planetária.
As hábeis mentiras de Satanás têm um único propósito: desviar o homem da verdade de Deus que por si só o libertará do pecado e do eu (Jo 8.31-32). Nós, crentes em nosso senhor Jesus Cristo, precisamos ter uma resposta bíblica para nossos queridos, de forma a libertá-los das sedutoras mentiras satânicas, onde quer que elas estejam. Sejamos bereanos. Conheçamos as Escrituras. Declaremos a verdade de Deus com ousadia e vivamo-la de forma consistente. (Dave Hunt - TBC 4/95 – Traduzido por Eros Pasquini, Jr.)
  1. Cópia de carta arquivada.
  2. Cópia de memorando arquivada.
  3. Cópia de memorando arquivada.
  4. De uma entrevista do correspondente da AP George Cornwall, citada de Times-Advocate, Escondido, CA (EUA), 10/12/1982, pp A10-11.
  5. Harpers, fevereiro de 1985, pp. 49-50.
  6. Douglas Dewar e L. M. Davies, "Science and the BBC", The Nineteenth Century and After, abril de 1943, p. 167.
  7. GEO, fevereiro de 1982, "GeoConversation", uma entrevista com o Dr. Robert Jastrow, p. 14.
  8. Entrevista na revista Time, 20 de outubro de 1986, pp. 56-57.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Na história de Gideão, o arrebatamento não é mencionado de forma literal, mas existem diversas indicações que apontam em direção a ele e que podem nos ajudar a explicá-lo.
Consideramos que a história de Gideão tem muito conteúdo profético e que ela nos mostra o futuro de Israel e o tempo da Grande Tribulação. Portanto, podemos usá-la para analisar a volta de Jesus para Sua Igreja. Pois as histórias de Deus com Israel e com a Igreja se entrelaçam, ou seja, se sobrepõem: quando chegou a hora do nascimento da Igreja de Jesus, no dia do Pentecoste, Deus como que deixou Israel de lado, e, desde a fundação do Estado de Israel, no dia 14 de maio de 1948, o Senhor voltou a agir com, em e através de Israel, o que nos mostra que a retirada da Igreja de Jesus da terra está próxima.
Os sinais do arrebatamento
Nos três capítulos sobre Gideão e os midianitas (Jz 6-8) fala-se repetidamente da trombeta com que o povo foi chamado a se reunir em torno de Gideão. Em todos os acontecimentos dessa batalha que viria, a trombeta foi um elemento chave, sendo citada sete vezes, pela primeira vez em Juízes 6.33-34:
– "E todos os midianitas e amalequitas, e povos do oriente se ajuntaram, e passaram, e se acamparam no vale de Jezreel. Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão, o qual tocou a rebate, e os abiezritas se ajuntaram após dele."
Esse é também o sentido por ocasião do arrebatamento: quando soar a trombeta, a Igreja será reunida, revestida com o Espírito Santo e arrebatada ao encontro do Senhor Jesus. Está escrito:
– "Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.16-18).
– "Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar dolhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados" (1 Co 15.51-52).
A respeito desse encontro com o Senhor, Ele disse: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também" (Jo 14.1-3). No arrebatamento acontecerá, portanto, a reunião em torno do Senhor, e um sinal ou elemento deflagrador será o som da trombeta: "Porquanto o Senhor mesmo... ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus..."
O que acontecerá com os crentes por ocasião do arrebatamento?
Então se dará um grande milagre: seremos libertados da nossa carne, ou seja, do nosso corpo terreno. A respeito, leiamos mais uma vez 1 Coríntios 15.52-53, onde essa transformação é descrita da seguinte maneira: "...num momento, num abrir e fechar dolhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade." Somente então, depois do arrebatamento, estaremos – através da transformação – livres do pecado. Então não será mais possível pecar, mas em nós resplandecerá exclusivamente a clara luz da obra de Jesus Cristo e todos nos amaremos uns aos outros. Não será maravilhoso estar finalmente liberto da carne pecaminosa? Pois, quantas vezes já choramos por causa do pecado que em nós habita; quanto trabalho já nos deu nossa carne pecaminosa, a nós que queremos andar no Espírito. Também Paulo chorou por isso e testemunha em Romanos 7.18a: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum..." Ele continua escrevendo: "Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros" (vv. 22-23). Enquanto vivermos, o espírito e a carne estarão em constante confronto. Por isso, é tão importante ficar cheio do Espírito (Ef 5.18b), andar no Espírito e deixar que o Espírito nos governe.
Nossa carne é receptiva para o pecado, e também para a enfermidade e a morte. Isso acabará no momento do arrebatamento, quando formos transformados e recebermos um corpo espiritual, quando o mortal se revestir da imortalidade. E essa transformação por ocasião do arrebatamento, ao soar da trombeta, nos é mostrado alegoricamente no caso de Gideão. Lemos em Juízes 7.16,19-20: "Então repartiu os trezentos homens em três companhias, e deu-lhes a cada um nas suas mãos trombetas, e cântaros vazios, com tochas neles... Chegou, pois, Gideão, e os cem homens que com ele iam, às imediações do arraial, ao princípio da vigília média, havendo-se havia pouco trocado as guardas; e tocaram as trombetas, e quebraram os cântaros, que traziam nas mãos. Assim tocaram as três companhias as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam nas mãos esquerdas as tochas e nas mãos direitas as trombetas que tocavam; e exclamaram: Espada pelo Senhor e por Gideão!"
O que aconteceu ali? Os homens mantinham a luz das tochas escondidas dentro dos cântaros. Mas, exatamente no momento em que começaram a ser tocadas as trombetas, os cântaros foram quebrados e a clara luz das tochas iluminou tudo. Isso é uma alegoria da transformação por ocasião do arrebatamento. A clara luz de Cristo normalmente ainda está escondida em nosso corpo, pois somos como cântaros (vasos) que carregam em seu interior a clara luz do Evangelho. O Senhor Jesus é a luz do mundo, e disse àqueles que O aceitaram: "Vós sois a luz do mundo" (Mt 5.14a). Por enquanto essa luz ainda é escondida, como dissemos, em maior ou menor grau, pelo vaso da nossa carne. Mas, no momento em que a trombeta de Deus for tocada para o arrebatamento, nosso corpo será transformado (como os cântaros que foram quebrados naquele tempo), e seremos arrebatados ao encontro do Senhor Jesus, para estarmos com Ele para sempre. Então, tudo será somente luz. Tudo resplandecerá em Sua glória. Não haverá mais pecado, porque o vaso da nossa carne não estará mais presente. Em 1 Coríntios 15.50 está escrito que "carne e sangue não podem herdar o reino de Deus". Por isso, seremos transformados, pois o cântaro do nosso corpo tem que ser quebrado. Somente por ocasião da transformação e do arrebatamento se tornará visível o que a Bíblia diz em Mateus 13.43a: "Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai."
Assim, podemos imaginar quão ansiosamente os crentes da Bíblia esperavam deixar a carne para estar para sempre com o Senhor. Paulo, por exemplo, expressou da seguinte maneira esse seu anseio: "Ora, de um e outro lado estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne" (Fp 1.23-24).
Quando acontecerá o arrebatamento?
Antes do juízo, isto é, antes da Grande Tribulação. Poderíamos fazer um estudo bíblico especificamente sobre o assunto, mas vamos nos limitar a alguns versículos. Lemos em 1 Tessalonicenses 1.10: "...e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura." De que ira se trata aqui? Da ira de Deus que começará com a Grande Tribulação, pois ela será o juízo de Deus sobre o mundo de incredulidade e maldade. É o que lemos em Apocalipse 6.15-17: "Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos, e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?" A Igreja de Jesus será preservada dessa ira do Senhor, que terá seu início no tempo da Grande Tribulação. Pois, como filhos de Deus, já estivemos sob a ira de Deus e Seu juízo: isso aconteceu na cruz do Calvário, onde o Senhor Jesus tomou vicariamente sobre si nosso juízo e a ira de Deus. Por isso, todo homem que pertence a Jesus está justificado diante de Deus e não passará pela Grande Tribulação, nem pelo Juízo Final. Está dito em 1 Tessalonicenses 5.9-10: "...porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele."
Que o arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação também é mostrado, segundo o meu entendimento, na história de Gideão. Lemos em Juízes 7.19-20: "Chegou, pois, Gideão, e os cem homens que com ele iam, às imediações do arraial, ao princípio da vigília média, havendo-se havia pouco trocado as guardas; e tocaram as trombetas, e quebraram os cântaros, que traziam nas mãos. Assim tocaram as três companhias as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam nas mãos esquerdas as tochas e nas mãos direitas as trombetas que tocavam; e exclamaram: Espada pelo Senhor e por Gideão!" A respeito, façamos duas perguntas:
1. Quando foram tocadas as trombetas e quebrados os cântaros (uma figura da transformação e do arrebatamento)?
A resposta é: "...ao princípio da vigília média..." Esse é o tempo em torno da meia-noite. Em Mateus 25.6 está escrito: "Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro." Sabemos que, em nossos dias, nos aproximamos dessa hora da meia-noite. Os sinais dos tempos e Israel apontam para isso claramente. Trata-se também do tempo em que o mundo das nações está colocando "guardas" contra Israel, como os midianitas o fizeram naquela época (Jz 7.19). Isso levará, no final das contas, à batalha dos povos em Armagedom.
Atualmente, Israel está perdendo cada vez mais sustentação. A conquista de Jerusalém e a destruição de Israel continua fazendo parte do plano dos inimigos do povo de Deus. Mas antes do começo desse último período anticristão será ouvida a trombeta de Deus e a Igreja de Jesus será arrebatada. Com relação ao "homem da iniqüidade" (2 Ts 2.3), Dave Hunt escreve:
Neste exato momento, é quase certo que o anticristo já esteja vivendo em algum lugar do planeta Terra – aguardando seu tempo, esperando sua deixa. Sensacionalismo banal? Longe disso! Essa suposição é baseada em uma sóbria avaliação dos eventos atuais relacionados com a profecia bíblica. Como homem maduro, provavelmente ele já seja ativo na política, sendo possivelmente até mesmo um admirado líder mundial cujo nome está diariamente na boca de todos.
Ou pensemos, por exemplo, em relatos que advertem a respeito de cometas ou meteoros que poderiam atingir a Terra. Quando os últimos fragmentos do cometa "Shoemaker Levy 9" caíram sobre o gigantesco planeta Júpiter em julho de 1994 e deixaram marcas de destruição, o fato foi logo esquecido. Mas, praticamente não houve pausa para descanso. Pouco depois lia-se nos jornais:
Em agosto, o astrônomo amador Donald E. Machholz descobriu um novo cometa fragmentado em cinco partes... que poderiam se chocar contra a Terra, pois sua órbita cruza a do nosso planeta. Se algum fragmento do cometa caísse sobre a Terra, poderia ter conseqüências fatais...
O que quer que aconteça, devemos lembrar que o Senhor Jesus falou de estrelas que cairiam e de outros sinais que indicariam a iminência da Sua volta: "...as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória" (Mt 24.29-30).
2. Quando entrou em ação a espada do Senhor (Jz 7.20)?
Somente depois de tocadas as trombetas e quebrados os cântaros (uma figura do arrebatamento), quando a clara luz das tochas iluminou o acampamento dos inimigos, os israelitas gritaram: "Espada pelo Senhor e por Gideão!" A "espada pelo Senhor", porém, aponta profeticamente para o "dia do Senhor", ou seja, para o tempo da Grande Tribulação, na qual o Senhor vai julgar o mundo porque então todas as nações terão se ajuntado contra Seu amado povo Israel. Lemos a respeito em Jeremias 25.29b: "...porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o Senhor dos Exércitos." E, como os midianitas fugiram apavorados e em pânico diante da "espada pelo Senhor e por Gideão" e começaram a se matar reciprocamente (comp. Jz 7.21-22), também durante a Grande Tribulação as pessoas tentarão escapar do juízo da ira de Deus (Ap 6.15-17). Antes, porém, a Igreja de Jesus será arrebatada e transformada.
O caminho para o arrebatamento
Ficar cheio do Espírito Santo
Desse caminho que leva ao arrebatamento faz parte o ficarmos cheios do Espírito Santo, pois seremos arrebatados pelo poder do Espírito. Isso também é mostrado figuradamente na história de Gideão, como lemos em Juízes 6.34: "Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão, o qual tocou a rebate, e os abiezritas se ajuntaram após dele."
Essa é uma maravilhosa definição do arrebatamento, pois então a Igreja será como que revestida pelo Espírito Santo, envolta por Ele e levada ao céu. Não é em vão que está escrito em Efésios 4.30: "E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção." A que redenção isso se refere – pois os filhos de Deus já são redimidos? Aqui se trata da redenção da nossa carne, através da transformação por ocasião do arrebatamento! Para isso fomos selados com o Espírito Santo, com o qual seremos revestidos, ou seja, que nos envolverá quando formos tirados da terra. Por termos essa esperança do arrebatamento, deveríamos prestar muita atenção para não entristecer o Espírito Santo através de um modo de viver carnal, razão por que está escrito no versículo seguinte: "Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda a malícia" (Ef 4.31). É preciso honrar o Senhor através do andar em Espírito: "Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou" (v. 32).
Lançar fora toda carga desnecessária
A caminho do arrebatamento, é importante que lancemos fora e deixemos para trás toda carga desnecessária. Vemos isso no então ainda grande exército de Israel, antes de mais uma seleção, do tocar das trombetas e do quebrar do cântaros. A ordem do Senhor a Gideão foi: "Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e medroso, volte, e retire-se da região montanhosa de Gileade. Então voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram" (Jz 7.3). A Edição Revista e Corrigida diz: "...quem for cobarde e medroso..."
Dentre as coisas que devemos lançar fora a caminho do arrebatamento estão, necessariamente, a timidez (covardia) e o medo. Pois muitos cristãos têm literalmente medo do arrebatamento porque acham que não poderão subsistir diante do Senhor. Eles têm medo daquilo que os espera; por exemplo, o julgamento do galardão. Muitos ficam tão desanimados, que não gostariam de ouvir nada mais sobre a volta de Jesus. Isso, entretanto, não está de acordo com o que o Senhor quer e com o que a Bíblia ensina. Pois, justamente com relação ao arrebatamento está dito que ele deve servir como consolo: "Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.18).
Por isso é tão importante que lancemos fora a covardia e o medo da volta de Jesus para o arrebatamento, para podermos ir ao Seu encontro com liberdade e alegria! Em 1 João 4.17-18 está escrito: "Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que no dia do juízo mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor." Àqueles que esperam pelo arrebatamento com alegria e amam a volta do Senhor é prometida uma coroa especial (2 Tm 4.8). Se, entretanto, somos dominados pelo medo, nem podemos amar a vinda do Senhor, pois o medo pensa no castigo.
Diga-me, você também sente medo? Então, pela fé, lance fora agora o medo – e confie no Senhor, crendo que Ele alcançará Seu alvo para com você, apesar da sua fraqueza. Não se preocupe só consigo mesmo e com todas as suas deficiências, mas olhe para o Autor e Consumador da sua fé! A respeito dEle está escrito: "Ora, aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação..." (Jd 24). Conforme Efésios 5.27, Ele também apresentará você "sem mácula, nem ruga nem cousa semelhante, porém santo e sem defeito" diante dEle. Devemos recordar também o que diz Hebreus 10.19: "Tendo, pois, irmãos, intrepidez (a Ed. Rev. e Corrigida diz: "ousadia") para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus." Isso vale não somente para a oração que é ouvida no presente, mas também para o arrebatamento, permitindo que possamos entrar na santa e gloriosa presença de Deus com alegria. Não através de nossos próprios esforços, mas por meio do precioso sangue do Senhor e do Seu perdão encontramos ousadia para entrar no Santo dos Santos. Por isso, deixe o medo para trás! Aproprie-se na fé da promessa de 1 Pedro 1.5!
Manter-se próximo à água
A caminho do arrebatamento, temos que nos manter próximos à água, ou seja, da "lavagem de água pela palavra" (Ef 5.26). No tempo de Gideão, o que restou do exército foi provado por Deus junto à água. A ordem do Senhor a Gideão foi: "Ainda há povo demais; faze-os descer às águas, e ali tos provarei; aquele de quem eu te disser: Este irá contigo, esse contigo irá; porém todo aquele, de quem eu te disser: Este não irá contigo, esse não irá" (Jz 7.4).
A nós, da Nova Aliança, a Bíblia diz em Efésios 5.26 que fomos purificados "por meio da lavagem de água pela palavra." Se realmente quisermos nos deixar preparar para o ressoar da trombeta por ocasião do arrebatamento, é importante ter muita comunhão com Jesus Cristo, ouvindo a Palavra de Deus em cultos, reuniões nos lares e encontros de oração, mas também lendo muito a Bíblia e obedecendo ao que ela nos diz. Isso produzirá purificação mais profunda em nosso interior, santificação e preparação, mesmo que nada sintamos a respeito. Acontece então o mesmo que com uma mãe na cozinha segurando um escorredor de massas com batatas, debaixo da torneira, deixando a água correr sobre elas. Sua filhinha lhe pergunta: "Mãe, o que você está fazendo? A água está indo toda embora". "Venha cá e olhe. Se bem que a água tenha ido toda embora, as batatas ficaram limpas." O mesmo se dá conosco: quando ouvimos ou lemos a Palavra de Deus, não conseguimos lembrar tudo. Há mesmo épocas em que ela parece não nos dizer nada. Entretanto, há sempre um efeito purificador, pois trata-se da "lavagem de água pela palavra". Por isso está escrito: "Habite ricamente em vós a palavra de Cristo..." (Cl 3.16). Palavras humanas passam, mas a Palavra de Deus permanece! Lembremos, portanto, o que a Bíblia nos diz em 1 Pedro 1.23-25: "...pois fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada." No arrebatamento, deixaremos para trás tudo que é do presente, mas levaremos a Palavra de Deus junto para a Eternidade! E porque a Palavra de Deus é tão importante com relação à nossa preparação para a retirada da Igreja, o apóstolo Paulo diz em suas palavras introdutórias sobre o arrebatamento: "Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem" (1 Ts 4.15). Por isso, ocupe-se o máximo possível com a Palavra de Deus, que não deixa de fazer efeito.
Viver com o objetivo em mente
A caminho do arrebatamento, é preciso viver voltado completamente para o Senhor, Seu objetivo e Sua volta. É o que nos mostra a última prova a que foram submetidos os homens de Gideão. Lemos em Juízes 7.5-6: "Fez Gideão descer os homens às águas. Então o Senhor lhe disse: Todo que lamber as águas com a língua, como faz o cão, esse porás à parte; como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber. Foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber as águas." Esses trezentos homens estavam tão determinados a alcançar o objetivo, a executar o encargo dado pelo Senhor, que não se demoraram em se abaixar de joelhos para beber, mas ajuntaram rapidamente a água com a mão levando-a à boca. Aí imaginamos o que Pedro quis dizer ao falar sobre o dia da volta de Jesus, advertindo a Igreja: "...esperando e apressando a vinda do dia de Deus" (2 Pe 3.12a). Temos tal inclinação interior diante do Senhor Jesus e da Sua volta? É Sua vontade expressa que vivamos voltados para o objetivo, pois Ele disse em Lucas 12.35-36: "Cingidos estejam os vossos corpos e acesas as vossas candeias. Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram."
Mas como facilmente ficamos ocupados com coisas terrenas e nos deixamos deter por elas! Será que são os alvos pessoais, a conta bancária, a indiferença ou um pecado de estimação, diante dos quais você se inclina repetidamente e que roubam a sua disposição interior de entrega completa ao Senhor? Nos dias de Gideão também havia muitos que tinham seus olhos voltados temerosamente para as coisas do seu tempo, ao invés de olharem para o Senhor e Sua tarefa. Muitos deles se ajoelharam prazerosamente junto à água para descansar. É assustador que – apesar de todos os 10.000 pretenderem ir junto – no final das contas eles não o puderam, porque tinham dobrado seus joelhos diante das coisas do presente. No seu caso, esse foi o sinal exterior de que eles não estavam preparados interiormente. Nós também gostamos de fazer pausas espirituais, de interromper as atividades, e muitas vezes buscamos todas as coisas possíveis, exceto o Senhor exclusivamente. Como, entretanto, o Senhor conhece nossa estrutura, Ele continuamente nos exorta: "Portanto não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? porque os gentios é que procuram todas estas cousas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas" (Mt 6.31-33).
Se, ao final, observarmos mais uma vez o comportamento daqueles 300 homens que beberam rapidamente a água necessária junto ao rio para não perderem nenhum tempo na realização da tarefa do Senhor, quão importante se torna, nessa linha de pensamento, o que diz 1 Coríntios 9.25a: "E todo aquele que luta de tudo se abstém" (Ed. Rev. e Corrigida). Esses 300 homens não eram mais inteligentes nem melhores, nem mais fortes ou corajosos do que os outros – mas estavam no seu interior completamente livres e dispostos a servir ao Senhor. Com ardente zelo, eles tinham em mente exclusivamente o objetivo de Deus. Eles não tinham mais nenhuma espécie de outros alvos, mas seu coração era voltado inteiramente para a causa de Deus.
Você está disposto a lançar fora e deixar de lado tudo aquilo que o atrapalha no caminho ao encontro do Senhor? Tendo em vista a breve e repentina retirada da Igreja de Jesus, você realmente está disposto a tomar essa decisão, como Gideão e seus homens o fizeram? Lemos em Juízes 7.8a: "Tomou o povo provisões nas mãos, e as trombetas. Gideão enviou todos os homens de Israel cada um à sua tenda, porém os trezentos homens reteve consigo." A caminho do arrebatamento, leve somente as "provisões", a Palavra de Deus, e a "trombeta", a prontidão para o arrebatamento; leve em conta que a trombeta será tocada em breve.
Se o Senhor perguntasse a você neste momento: "Você quer fazer parte dos covardes e medrosos?", você certamente responderia com um definitivo "Não!" Então, aja de acordo e lance fora o medo em nome de Jesus! E, se Ele continuasse perguntando a você: "Olhe, sobraram 10.000: você quer pertencer àqueles que se ocupam em primeiro lugar com as coisas terrenas, ou prefere estar entre os 300 que levaram consigo somente as "provisões" necessárias e a "trombeta"?" – qual seria a sua resposta? Oh! que você responda agora com coração sincero: "Senhor, também quero fazer parte desses 300. Quero estar preparado para quando vieres!" Amém. (Norbert Lieth - www.chamada.com.br)

terça-feira, 18 de setembro de 2012


Céu e Eternidade

Thomas Ice e Timothy Demy
Há muito tempo atrás, em meio ao sofrimento e à morte, Jó perguntou: "Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" Séculos se passaram antes de haver a resposta certa e final dada por Jesus Cristo: "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (João 11.25,26). Na véspera da Sua crucificação, Jesus disse aos Seus discípulos:"Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" (João 14.2,3).
O lugar de que Jesus falou é o céu. Ele é a esperança de todo aquele que nEle crê. Durante séculos, o céu foi retratado por artistas, poetas, autores e pregadores. Agostinho, Dante, John Milton, John Bunyan, C.S. Lewis e muitos outros escreveram sobre o céu e suas glórias. O céu é cantado em hinos, música erudita e popular. É mencionado em anedotas e sermões, hospitais e salas de aula. Quase todo mundo tem alguma vaga noção sobre o céu – algumas bíblicas, outras não. A promessa do céu tem dado esperança aos aflitos, conforto aos enlutados e reafirmação aos que enfrentam batalhas espirituais.
O céu é real. Na era da fantasia, dos efeitos especiais, do misticismo e da apatia espiritual, é fácil interpretar o céu de maneira errada. Mas a Bíblia é bem clara quanto à existência e ao propósito do céu. E já que o céu e o Estado Eterno são parte do plano de Deus para as eras, o céu e a profecia estão relacionados integralmente.
Às vezes, quando lemos o jornal, a notícia mais importante não está na primeira página nem nas manchetes, mas nos obituários. Se ainda não recebemos a notícia por amigos e parentes, é ali que ficamos sabendo da morte de amigos, vizinhos e conhecidos. Nessas poucas linhas e colunas somos lembrados de como a vida é transitória e a morte é certa. Quando pensamos na nossa própria morte ou na morte de um parente, a teologia fica bem pessoal.
O que acreditamos sobre vida e morte, bem e mal, céu e inferno é muito importante. C. S. Lewis escreveu sobre a importância do céu: "Se você ler a história, descobrirá que os crentes que mais realizaram neste mundo foram exatamente aqueles que pensavam mais no mundo por vir... É pelo fato dos crentes terem deixado de pensar no outro mundo que se tornaram ineficazes neste mundo". Na verdade isso se aplica a todos nós! Pensar sobre o céu é da maior importância, pessoal e teologicamente.
A escatologia é o estudo dos eventos e personalidades futuros, baseado na profecia da Bíblia. Todas as profecias bíblicas relativas ao futuro serão cumpridas conforme o plano e o cronograma de Deus. Isso está relacionado a qualquer pessoa que já viveu, vive agora, ou viverá. Os ensinamentos da Bíblia sobre o céu e o inferno estão relacionados ao que podemos denominar de escatologia "pessoal". O céu e o inferno são bem reais e pessoais – eles estão relacionados ao nosso futuro.
O pastor e escritor Dr. Steven J. Lawson escreveu sobre o céu:
Não se enganem, o céu é um lugar real. Não é um estado de consciência. Nem uma invenção da imaginação humana. Nem um conceito filosófico. Nem abstração religiosa. Nem um sonho emocionante. Nem as fábulas medievais de um cientista do passado. Nem a superstição desgastada de um teólogo liberal. É um lugar real. Um local muito mais real do que onde você está agora... É um lugar real onde Deus vive. É o lugar real de onde Deus veio para este mundo. E é um lugar real para onde Cristo voltou na Sua ascensão – com toda a certeza![1]
A Bíblia não nos diz tudo o que gostaríamos de saber sobre o céu, mas nos dá vislumbres do futuro para nos encorajar no presente.
O céu é um lugar real

Todo mundo vai para o céu?

Geralmente ouvimos a frase "todos os caminhos levam a Deus", o que implica que todas as religiões podem afirmar que têm a verdade, ou que toda a humanidade terá o mesmo fim. No cristianismo, alguns afirmam que todos receberão salvação. Mas essa posição de inclusivismo não está baseada na Bíblia e não foi a posição histórica da ortodoxia cristã. Passagens como Mateus 25.46, João 3.36, 2 Tessalonicenses 1.8-9 e várias outras ensinam claramente que nem todos serão salvos.[2] Esse é, sem dúvida, um assunto difícil e emocional. Mas ele deve ser o fator de motivação para todo crente compartilhar sua fé. Ser salvo ou não ser salvo é um assunto muito importante, porque está em jogo a eternidade.

Como posso ter certeza de que irei para o céu?

O teólogo Dr. Carl F. H. Henry disse sobre a sociedade contemporânea e seus cidadãos: "A repressão intelectual a Deus e à Sua revelação precipitou a falência de uma civilização que rejeitou o céu para aninhar-se no inferno".[3] Essa afirmação ousada mas verdadeira pode ser um reflexo exato do nosso próprio estado espiritual.
Talvez você tenha chegado a esta última pergunta e ainda não tenha certeza de qual será seu destino eterno. Se este for o caso, esta é a pergunta mais importante para você, e nós o incentivamos a pensar a respeito cuidadosamente.
Nós gostaríamos que você soubesse, sem sombra de dúvidas, que pode ter a vida eterna por meio de Jesus Cristo. No Apocalipse, João faz um último apelo: "O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida" (Apocalipse 22.17). O que significa esse convite?
Só um caminhoA imagem é de um casamento. O noivo fez um convite à noiva. O noivo está disposto, mas a noiva também está? Da mesma forma, Deus preparou tudo – sem custo nenhum para você, mas a um alto preço para Ele – para que você possa entrar num relacionamento com Ele, que lhe dará vida eterna. Mais especificamente, o convite é feito para quem ouve e está com sede. "Sede" representa uma necessidade. Essa necessidade é o perdão do pecado. Portanto, você deve reconhecer que é um pecador aos olhos de Deus: "Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3.23). Deus é santo e, por isso, não pode ignorar o pecado de ninguém. Ele deve julgá-lo. Mas Deus, na Sua misericórdia, preparou um caminho pelo qual homens e mulheres pecadores podem receber Seu perdão.
O perdão foi comprado por Jesus Cristo por alto preço. Quando Ele veio à terra, há 2000 anos atrás, viveu uma vida perfeita, morreu na cruz em nosso lugar para pagar pelo nosso pecado e ressuscitou: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 6.23). A Bíblia também diz: "Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Coríntios 15.3-4).
Para obter a salvação e a vida eterna que Jesus Cristo oferece, devemos individualmente confiar que o pagamento de Cristo por meio da Sua morte na cruz e da Sua ressurreição é a única maneira de recebermos o perdão dos nossos pecados, o restabelecimento de um relacionamento com Deus e a vida eterna. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2.8,9). É por isso que João convida quem tem sede a vir e começar um relacionamento com Deus por meio de Cristo.
Você está com sede? Você reconhece seu pecado perante Deus? Se a sua resposta é sim, venha para Cristo. Se você não reconhece sua necessidade de salvação, estará desperdiçando essa oportunidade. Por favor, não faça isso.
Você está com sede?
Quem tem sede e quer salvação pode expressar sua fé por meio da seguinte oração:
Senhor, eu sei que pequei e careço dos Teus caminhos perfeitos. Reconheço que meus pecados me separam de Ti e que mereço Teu julgamento. Eu creio que Tu enviaste Teu Filho, Jesus Cristo, à terra para morrer na cruz pelos meus pecados. Eu confio em Ti, Senhor Jesus Cristo, e no que Tu fizeste na cruz para pagar os meus pecados. Por favor, perdoa-me e dá-me a vida eterna. Amém.
Se fez essa oração com sinceridade, você é agora um filho de Deus e tem vida eterna. O céu será seu lar eterno. Bem-vindo à família de Deus! Como Seu filho, você vai querer desenvolver esse relacionamento maravilhoso aprendendo mais sobre Deus por meio do estudo da Bíblia. Você vai querer encontrar uma igreja que ensine a Palavra de Deus, que encoraje a comunhão com outros crentes e promova a divulgação da mensagem do perdão de Deus para os outros.
Se você já é crente, nós o encorajamos a aprofundar seu relacionamento com Cristo. À medida que crescer, você vai querer viver para Ele à luz da Sua vinda. Você vai querer continuar a divulgar a mensagem do perdão que recebeu. Enquanto você vê Deus preparando o cenário para o drama dos eventos do fim dos tempos, você deve estar motivado a servi-lO ainda mais até que Jesus venha. Que seu coração se ocupe com Suas palavras:
"E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o ‘mega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas" (Apocalipse 22.12-14).(Thomas Ice e Timothy Demy - http://www.ajesus.com.br)
Lemos em um artigo intitulado "Morrer sem sofrimento":
O inferno tem muitos nomes
O que nos espera após a morte? Lorle Louis crê que tudo será agradável. Provavelmente "veremos" de novo aqueles que tiveram grande significado em nossa vida. Lorle Louis saiu de sua igreja. Ela afirma ter-se tornado mais religiosa à medida que se afastava da igreja. Como Elisabeth Kübler-Ross (famosa pesquisadora de experiências de quase-morte – N.R.), Lorle Louis crê num ciclo contínuo: "Já passamos por centenas de vidas e ainda temos muitas diante de nós". Ser muito materialista poderia influenciar a paz da alma, afirma ela. E isto seria provavelmente o que chamamos de inferno. "Mas também deveres não-cumpridos e sentimentos de culpa podem ser um inferno". Até mesmo as cartas que deveríamos ter escrito e não escrevemos, acrescenta Suzanne Morley – além das experiências na vida que poderíamos ter tido e deixamos de vivenciar. Ela imagina que, acima de tudo, após a morte haverá descanso.
A Bíblia nos adverte insistentemente sobre o perigo do auto-engano. Lemos, por exemplo, em 1 Coríntios 3.18-20: "Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos" (compare também Gl 6.3 e Tg 1.22). Além disso, somos advertidos a não nos deixarmos ludibriar por palavras enganadoras ou humanamente lógicas: "Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes" (Cl 2.4). E, finalmente, nos é mostrado que o pecado nos engana, levando-nos a pensar que somos sábios em todas as nossas próprias opiniões: "Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou" (Rm 7.11).
As palavras do comentário acima citado soam benévolas e sábias. Elas são uma tentativa humana de explicar a morte e o inferno. Mas será que elas são verdadeiras ou se trata de um auto-engano? A Bíblia relata algo bem diferente sobre a morte e o além. Aquele que se afastar da comunhão com cristãos sinceros certamente não se tornará mais piedoso, biblicamente falando. Antes, pelo contrário, somos exortados: "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima" (Hb 10.25).
A Palavra de Deus não ensina que após a morte tudo será agradável e que haverá descanso para aqueles que não creram em Jesus, que não O seguiram enquanto viviam. Pelo contrário. Em Apocalipse 14.11 está escrito que, após a morte, os ímpios não terão descanso nem de dia nem de noite, de eternidade a eternidade.
Além disso, de forma nenhuma a Bíblia ensina que já vivemos centenas de vidas e ainda temos muitas vidas pela frente. Ao contrário, lemos em Hebreus 9.27: "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo."
O conceito bíblico de "inferno" também não se refere apenas à perda da paz de espírito, aos sentimentos decorrentes de um dever não-cumprido, ao sentimento de culpa ou às cartas que deveríamos ter escrito. Não, o inferno ou o lago de fogo é a conseqüência da decisão de não receber Jesus em sua vida (Jo 1.12 e At 17.30) e, por isso, não estar inscrito no livro da vida: "E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo" (Ap 20.15).
Talvez as explanações do artigo citado nos impressionem, mas a Bíblia diz que somente a verdade, e não o auto-engano, nos libertará. O que adianta chegar a conclusões aparentemente sensatas e lógicas, mas enganosas, e terminar sua vida no inferno? Não deveríamos nos satisfazer com os raciocínios dos homens nem tentar nos tranqüilizar com eles, mas buscar também a posição bíblica, para só então tomar a decisão certa. Pois, a mensagem da Bíblia não fala só do inferno. Ela nos oferece o caminho da salvação e da esperança. Ela nos abre um futuro maravilhoso e oferece paz verdadeira e tranqüilizadora para a alma. É a vontade expressa de Deus não ver nenhuma pessoa no inferno. Muito pelo contrário, Ele deseja "que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (1 Tm 2.4), para que possa levá-los ao Seu reino, em Sua presença na casa de Seu Pai. Ali as moradas já estão preparadas (Jo 14.1-6). Jesus veio e tomou sobre Si o juízo que merecíamos por causa da culpa dos nossos pecados para que pudéssemos fugir do juízo de Deus. Ele carregou os nossos pecados e nos oferece o Seu perdão! Por isso o homem pode escolher entre duas verdades que a Bíblia nos apresenta: "Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3.36). "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (Jo 5.24). A decisão por Jesus, a fé nEle, é o caminho certo, a saída do auto-engano para a certeza da salvação. (Norbert Lieth)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012


Qual Jesus?

"Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura. Suportai-me, pois. Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esses de boa mente o tolerais" (2 Coríntios 11.1-4).
"Então lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo" (Marcos 8.29).
"Irmão, eu não estou interessado em qualquer conversa sobre doutrinas que nos dividam. A única coisa que me importa saber é se alguém ama a Jesus. Se ele me diz que ama a Jesus, não me interessa a qual igreja vai; eu o considero meu irmão em Cristo." Naquele momento, não me pareceu que fosse a hora e o lugar certo para argumentar com a pessoa que dizia isso. No entanto, eu me senti compelido a fazer uma pergunta para ela antes que a conversa se encerrasse: "Quando você fala com alguém que lhe diz amar a Jesus, você nunca lhe pergunta: ‘Qual Jesus?'"
Após um breve momento de reflexão, tal pessoa me respondeu que nunca faria tal pergunta. "Não seria simpático".
Sempre que visito alguns amigos de um outro estado, há um homem que me esforço em encontrar. Ele é a alegria em pessoa, um dos homens mais amigáveis que conheço. Mesmo sendo um muçulmano consagrado, ele se declara ecumênico, e orgulha-se do fato de compartilhar algumas das crenças tanto dos judeus como dos cristãos. Ocasionalmente ele freqüenta uma igreja com um de meus amigos e de fato aprecia a experiência e a comunhão. Certa vez em um restaurante, ele estava expondo o seu amor por Jesus para mim e nossos amigos cristãos, e encerrou a sua declaração com as seguintes palavras: "Se eu pudesse rasgar a minha carne de tal maneira que todos vocês entrassem em meu coração, vocês saberiam o quanto eu amo a Jesus." Os sentimentos que envolveram suas palavras foram impressionantes; na verdade, é incomum ouvir este tipo de declaração tão devotada, até mesmo em círculos cristãos.

Estamos falando da mesma pessoa?

Voltando agora para o meu dilema inicial. Eu estava admirando a expressão de amor de meu amigo quando um pensamento preocupante tomou conta de mim: Qual Jesus? Um breve conflito mental aconteceu. Pensei se eu devia ou não lhe fazer tal pergunta. Minhas palavras, no entanto, saíram antes que minha mente tomasse uma decisão. "Fale-me sobre o Jesus que você ama." Meu amigo muçulmano nem hesitou: "Ele é o mesmo Jesus que você ama." Antes de me tornar muito "doutrinário" com meu amigo, achei que deveria mostrar-lhe como era importante definirmos se estávamos realmente falando sobre o mesmo Jesus.
Eu usei o seu vizinho, que é um grande amigo nosso, como exemplo. Ele e eu realmente amamos esse cidadão. Depois de concordarmos sobre nossos sentimentos mútuos, eu comecei a dar uma descrição das características físicas de nosso amigo comum: "Ele tem um metro e setenta de altura, é totalmente careca, pesa mais ou menos uns 150 quilos e usa um brinco em sua orelha esquerda..." Na verdade, eu não pude ir muito longe, pois logo algumas objeções foram feitas. "Espere aí... ele tem quase dois metros, eu gostaria de ter todo o cabelo que ele tem, e ele é o homem mais magro que eu conheço!" Meu amigo acrescentou que certamente não estávamos falando sobre a mesma pessoa. "Mas isto realmente faz alguma diferença?", perguntei. Ele me olhou com incredulidade. "Mas é claro que faz! Eu não tenho um vizinho que se encaixa com a sua descrição. Talvez você esteja falando de umaoutra pessoa, mas não de meu bom vizinho e amigo." Então destaquei o fato de que se nós verdadeiramente aceitássemos a descrição que eu acabara de dar, certamente não estávamos falando da mesma pessoa. Ele concordou.
O Jesus que eu conheço foi crucificado e morreu na cruz pelos meus pecados. O Jesus que você conhece fez o mesmo?
A seguir continuei descrevendo o Jesus que eu conhecia. "Ele foi crucificado e morreu na cruz pelos meus pecados. O Jesus que você conhece fez o mesmo?"
"Não, Alá o levou para o céu logo antes da crucificação. Judas é quem morreu na cruz."
"O Jesus que eu conheço é o próprio Deus, que se tornou homem. O seu Jesus é assim?"
Ele negou com a cabeça e disse: "Não, Alá é o único Deus. Jesus foi um grande profeta, mas somente um homem." A discussão prosseguiu a respeito das muitas características que a Bíblia atribui a Jesus. Em quase todos os casos, meu amigo muçulmano tinha uma perspectiva diferente. Mesmo mantendo-se convencido de que ele tinha o ponto de vista correto sobre Jesus, o fato de que nossas convicções contraditórias não podiam ser reconciliadas pareceu reduzir o seu zelo em proclamar o seu amor por Jesus.

Discussão doutrinária é sectarismo?

Alguns enxergam este meu questionamento como algo não amoroso – como uma prova do sectarismo que a discussão doutrinária produz. Eu o vejo como uma tentativa de clarear o caminho para que meu amigo tenha um relacionamento genuíno com o único Salvador verdadeiro, o nosso Senhor Jesus Cristo – não com alguém que ele ou outros homens, intencionalmente ou não, têm imaginado ou inventado.
Doutrinas, simplesmente, são ensinamentos. Elas podem ser verdadeiras ou falsas. Uma doutrina verdadeira não pode ser divisiva de maneira prejudicial; esta característica se aplica somente a ensinos falsos. "Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles" (Rm 16.17; veja também Rm 2.8-9). Jesus, que é a Verdade, só pode ser conhecido em verdade e somente por aqueles que buscam a verdade (Jo 14.6; 18.37; 2 Ts 2.13; Dt 4.29). O próprio Cristo causou divisão (Mt 10.35; Jo 7.35; 9.16; 10.19), divisão entre a verdade e o erro (Lc 12.51).
"Qual Jesus?" é uma pergunta importantíssima para todo crente em Cristo. Nós deveríamos primeiro nos questionar, testar nossas próprias crenças sobre Jesus (2 Co 13.5; 1 Ts 5.21). Incompreensões sobre o Senhor inevitavelmente se tornam obstáculos em nosso relacionamento com Ele. A avaliação também pode ser vital com respeito à nossa comunhão com aqueles que se dizem cristãos. Recentemente, durante uma rápida viagem aérea, um dos meus amigos, preocupado o suficiente, fez algumas perguntas cruciais à pessoa próxima a ele sobre o relacionamento dela com Jesus. Mesmo tendo confessado ser um cristão, participando há quatro anos de uma comunidade cristã, essa pessoa na verdade não conhecia a Jesus nem entendia o evangelho da Salvação. Meu amigo o levou ao Senhor antes que o avião aterrizasse.
Nós deveríamos primeiro nos questionar, testar nossas próprias crenças sobre Jesus.

A "unidade cristã"

Com muita freqüência, frases parecidas com "nós teremos comunhão com qualquer um que confessar o nome de Cristo", estão sensivelmente impregnadas de camuflagens ecumênicas. O medo de destruir a unidade domina os que levam a sério este tipo de propaganda antibíblica, até mesmo ao ponto de desencorajar qualquer menor interesse em lutar pela fé. Surpreendentemente, "a unidade cristã" agora inclui a colaboração para o bem moral da sociedade com qualquer seita "que confessa o nome de Jesus."

"Jesus", o irmão de Lúcifer

Os ensinamentos heréticos sobre Jesus incluem todo tipo inimaginável de idéias sem base bíblica. O "Jesus Cristo" dos mórmons, por exemplo, não poderia estar mais longe do Jesus da Bíblia. O Jesus inventado por Joseph Smith, que a seguir inspirou o nome de sua igreja, é o primeiro filho de Elohim, tal como todos os humanos, anjos e demônios são filhos espirituais de Elohim. Este Jesus mórmon se tornou carne através de relações físicas entre Elohim (Deus, o Pai, o qual tinha um corpo físico) e a virgem Maria. O Jesus mórmon é meio-irmão de Lúcifer. Ele veio à terra para se tornar um deus. Sua morte sacrificial dará imortalidade para qualquer criatura (incluindo animais) na ressurreição. No entanto, se uma certa criatura, individualmente, vai passar a sua eternidade no inferno ou em um dos três céus, isto fica por conta de seu comportamento (incluindo o comportamento dos animais).

"Jesus", uma idéia espiritual

O Jesus Cristo das seitas da ciência da mente (Ciência Cristã, Ciência Religiosa, Escola Unitária do Cristianismo, etc.) não é diferente de qualquer outro ser humano. "Cristo" é uma idéia espiritual de Deus e não uma pessoa. Jesus nem sofreu nem morreu pelos pecados da humanidade, porque o pecado não existe. Ao invés disto, ele ajudou a humanidade a desacreditar que o pecado e a morte são fatos. Esta é a "salvação" ensinada pela tal Ciência Cristã.
Há quem diga que, antes de nascer nesta terra, Jesus era Miguel, o Arcanjo.

"Jesus ", o arcanjo Miguel

As Testemunhas de Jeová também amam a Jesus, mas não o Jesus da Bíblia. Antes de nascer nesta terra, Jesus era Miguel, o Arcanjo. Ele é um deus, mas não o Deus Jeová. Quando o Jesus deles se tornou um homem, parou então de ser um deus. Não houve ressurreição física do Jesus dos Testemunhas de Jeová; Jeová suscitou o seu corpo espiritual, escondeu os seus restos mortais, e agora, novamente, Jesus existe como um anjo chamado Miguel. A Bíblia promete que, ao morrer um crente em nosso Senhor e Salvador, a pessoa imediatamente estará com Jesus (2 Co 5.8; Fp 1.21-23). Com o Jesus deles, no entanto, somente 144.000 Testemunhas de Jeová terão este privilégio – mas não depois da morte, porque eles são aniquilados quando morrem. Ou seja, eles gastam um período indefinido em um estado inativo e inconsciente; de fato deixam de existir. Minha comunhão com Jesus bíblico, no entanto, é inquebrável e eterna.

"Jesus", ainda preso numa cruz

Os católicos romanos também amam a Jesus. Eu também o amei da mesma forma durante vinte e poucos anos de minha vida, mas ele era muito diferente do Jesus que eu conheço e amo agora. Algumas vezes ele era apenas um bebê ou, no máximo, um garoto protegido pela sua mãe. Quando queria a sua ajuda eu me assegurava rezando primeiro para sua mãe. O Jesus para quem eu oro hoje já deixou de ser um bebê por quase 2000 anos. O Jesus que eu amava como católico morava corporalmente em uma pequena caixa, parecida com um tabernáculo que ficava no altar de nossa igreja, na forma de pequenas hóstias brancas, enquanto que, simultaneamente, morava em milhões de hóstias ao redor do mundo. Meu Jesus, na verdade, é o Filho de Deus ressuscitado corporalmente; Ele não habita em objetos inanimados.
O Jesus dos católicos romanos que eu conhecia era o Cristo do crucifixo, com seu corpo continuamente dependurado na cruz, simbolizando, de forma apropriada, o sacrifício repetido perpetuamente na missa e a Sua obra de salvação incompleta. Aproximadamente há dois milênios, o Jesus da Bíblia pagou totalmente a dívida dos meus pecados. Ele não necessita mais dos sete sacramentos, da liturgia, do sacerdócio, do papado, da intercessão de Sua mãe, das indulgências, das orações pelos mortos, do purgatório, etc. para ajudar a salvar alguém. Os católicos romanos dizem que amam a Jesus, mesmo quando se chamam de católicos carismáticos, católicos "evangélicos", ou católicos renascidos, mas na verdade eles amam um Jesus que não é o Jesus bíblico. Ele é "um outro Jesus".

"Jesus", o bilionário

Até mesmo alguns que se dizem evangélicos promovem um Jesus diferente. Os chamados pregadores do movimento da fé e da prosperidade promovem um Jesus que foi materialmente próspero. De acordo com o evangelista John Avanzini, cujas roupas chiques refletem o seu ensino, Jesus vestia roupas de marca (uma referência à sua capa sem costura) semelhantes às vestidas por reis e mercadores ricos. Usando uma argumentação distorcida, um pregador do sucesso chamado Robert Tilton declarava que ser pobre é pecado, e já que Jesus não tinha pecado, então, obviamente, ele devia ter sido extremamente rico. O pregador da confissão positiva Fred Price explica que dirige um Rolls Royce simplesmente porque está seguindo os passos de Jesus. Oral Roberts sustenta a idéia de que, pelo fato de terem tido um tesoureiro (Judas), Jesus e Seus discípulos deviam ter muito dinheiro.

O "Jesus" do movimento da fé e das igrejas psicologizadas

Para muitos, Jesus morreu na cruz para nos assegurar uma auto-estima positiva.
Além da pregação sobre um Cristo que era materialmente rico, muitos pregadores do movimento da fé, tais como Kenneth Hagin e Kenneth Copeland, proclamam um Jesus que desceu ao inferno e foi torturado por Satanás a fim de completar a expiação pelos pecados dos homens. Este não é o Jesus que eu conheço e amo.
O Jesus de Tony Campolo habita em todasas pessoas. O televangelista Robert Schuller apresenta um Jesus que morreu na cruz para nos assegurar uma auto-estima positiva. Para apoiar sua tese sobre Jesus, psicólogos cristãos e numerosos pregadores evangélicos dizem que Sua morte na cruz prova o nosso valor infinito para com Deus e que isto é a base para nosso valor pessoal. Não somente existe uma variedade enorme de "jesuses" que promovem o ego humano hoje em dia, como também estamos ouvindo em nossas "igrejas" psicologizadas que a verdade sobre Jesus pode não ser tão importante para o nosso bem psicológico do que nossa própria percepção sobre Ele. Esta é a base para o ensino atual do integracionista psicoespiritual Neil Anderson e outros que promovem técnicas não-bíblicas de cura interior. Eles dizem que nós devemos perdoar Jesus pelas situações passadas, nas quais nós sentimos que Ele nos desapontou ou nos feriu emocionalmente. Mas, qual Jesus?

Conclusão

A comunhão com Jesus é o coração do Cristianismo. Não é algo que meramente imaginamos, mas é uma realidade. Ele literalmente habita em todos que colocam nEle a sua fé como Senhor e Salvador (Cl 1.27; Jo 14.20; 15.4). O relacionamento que temos com Ele é ao mesmo tempo subjetivo e objetivo. Nossas experiências pessoais genuínas com Jesus estão sempre em harmonia com a Sua Palavra objetiva (Is 8.20). O Seu Espírito nos ministra a Sua Palavra, e este conhecimento é o fundamento para nossa comunhão com Ele (Jo 8.31; Fp 3.8). Nosso amor por Ele é demonstrado e aumenta através de nossa obediência aos Seus mandamentos; nossa confiança nEle é fortalecida através do conhecimento do que Ele revela sobre Si mesmo (Jo 14.15; Fp 1.9). Jesus disse: "Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (Jo 18.37). Na proporção em que nós crentes aceitarmos falsas doutrinas sobre Jesus e Seus ensinamentos, também minaremos nosso relacionamento vital com Ele.
Nada pode ser melhor nesta terra do que a alegria da comunhão com Jesus e com aqueles que O conhecem e são conhecidos por Ele. Por outro lado, nada pode ser mais trágico do que alguém oferecer suas afeições para outro Jesus, inventado por homens e demônios. Nosso Senhor profetizou que muitos cairiam na armadilha daquela grande sedução que viria logo antes de Seu retorno (Mt 24.23-26). Haverá muitos que, por causa de sinais e mqualaravilhas, como são chamados, feitos em Seu nome, se convencerão de que conhecem a Jesus e O estão servindo. Para estes, um dia, Ele falará estas solenes palavras:"...Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade" (Mt 7.23).Mesmo que sejamos considerados divisivos por perguntarmos "Qual Jesus?", entendam que este pode ser o ministério mais amoroso que podemos ter hoje em dia. Porque a resposta desta pergunta traz conseqüências eternas. (T. A. McMahon - TBC 2/95 – traduzido por Ebenezer Bittencourt - http://www.chamada.com.br)

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