WebRádio Nova Esperança

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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido” (Is 53.4).
Há algum tempo li numa revista o relato sobre um casal da Filadélfia (EUA) que confiou na cura pela fé: “Seu filho faleceu sem ajuda médica”. A justiça considerou os pais culpados de homicídio por imprudência. Um leitor comentou:
No movimento pentecostal mundial existem muitas igrejas que pregam doutrinas semelhantes às da “Igreja do Evangelho do Primeiro Século” da Filadélfia (a igreja do casal citado), ensinando que “doenças estão relacionadas à falta de fé e são sempre do Diabo”. Essa doutrina é falsa e irresponsável. Pode ser, sim, que Deus permita ou queira que um cristão morra de alguma enfermidade. (...) Quem sempre fica falando de cura e é incapaz de curar, deveria mandar os membros da sua igreja ao melhor médico que conhece.1
O Senhor Jesus não carregou nossas enfermidades na cruz. Que argumentos existem para embasar uma afirmação tão “ousada”?

1. Os resultados

Se Jesus tivesse carregado nossas enfermidades na cruz, os resultados deveriam ser obrigatoriamente os mesmos da salvação. Mas não é o que acontece. Quando alguém se converte a Jesus, a conseqüência direta é o perdão pleno de todos os seus pecados, recebendo imediatamente o Espírito Santo e nascendo de novo – sua alma e seu espírito ficam curados. Mas seu corpo também é curado imediatamente? E é sempre curado? Não! Exceções confirmam a regra, mas Deus é soberano, e graças a Ele por isso – mas por que uma pessoa não fica curada sempre, mesmo tendo sido salva? Porque a carne não pode ser salva e por continuarmos vivendo em um corpo pecaminoso, suscetível a todo tipo de doença.

2. A própria Palavra de Deus explica

Mateus 8 descreve o Senhor curando um leproso. Depois Ele cura o servo de um centurião romano de Cafarnaum. Aí vem a cura da sogra de Pedro. E nesse contexto está escrito:“Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os demônios e curou todos os que estavam doentes; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças” (Mt 8.16-17). Assim, Jesus cumpriu a profecia de Isaías 53 ainda antes de Sua crucificação, durante Sua vida e Seu ministério terrenos, quando curou muitos dos Seus compatriotas judeus, compadeceu-se deles, tomou sobre Si as suas dores e sarou-os. Ele sofreu com seus sofrimentos, teve compaixão deles e carregou suas fraquezas e doenças. Essa profecia foi cumprida, primordialmente, em Israel e com relação a Israel, e foi uma prévia do futuro reino messiânico.
No Novo Testamento, sempre que lemos que algo foi cumprido, isso significa completa e plenamente, sem necessidade de um cumprimento posterior ou final. Vejamos alguns exemplos do Evangelho de Mateus, onde, a cada evento, está escrito “para que se cumprisse”:
  • Mateus 1.22-23: o nascimento virginal.
  • Mateus 2.15,17-18,23: a fuga para o Egito, a matança dos inocentes em Belém e Jesus ser chamado de Nazareno.
  • Mateus 4.14-16: a profecia sobre Zebulom, Naftali e a Galiléia dos gentios.
  • Mateus 13.14-15,35: a cegueira dos fariseus e o falar em parábolas.
  • Mateus 21.4-5: a entrada triunfal em Jerusalém, montado em um jumento.
  • Mateus 27.9-10: a traição por trinta moedas de prata e a compra do campo do oleiro.
“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Is 53.6).
Todas essas profecias não terão um cumprimento futuro, uma vez que já estão cumpridas. A exatidão da Bíblia a respeito fica evidente no dia de Pentecostes. Quando este aconteceu, não está escrito que era o cumprimento da profecia de Joel,“mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei o meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão” (At 2.16-17). Por que Pedro não usa a palavra “cumpriu”? Porque Pentecostes ainda não era o cumprimento definitivo e final dessa profecia de Joel. Ela ainda está em aberto e espera seu cumprimento final, que se dará quando Jesus voltar. É o que vemos também em João 19.36-37: “E isto aconteceu para se cumprir a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado. E outra vez diz a Escritura: Eles verão aquele a quem traspassaram”. No versículo 36 a Escritura está cumprida; no versículo 37 ainda não, uma vez que essa parte é futura, o que explica a diferença na afirmação.
Essa análise do assunto é muito importante, para que
  • classifiquemos as afirmações da Escritura da maneira correta, sem forçar seu conteúdo e seu contexto e
  • para que não sejamos insensatos ou nos fixemos em algo sem sustentação bíblica e que acabará por nos deixar frustrados. Tantos vivem um cristianismo tenso porque são levados a crer que precisam ser curados de qualquer maneira. Dessa forma, muitos enfrentam os maiores problemas quando a cura não vem. O Novo Testamento fala de sofrimento físico em muitas passagens. E os cristãos não estão isentos dele; pelo contrário, são exortados a suportar os sofrimentos com ânimo e coragem.
“Ele tomou as nossas enfermidades” significa que, durante Sua vida terrena, Jesus tirou as doenças de muitos. Mas não está escrito que Jesus estivesse com AIDS, hepatite ou câncer quando estava dependurado na cruz, como se chega a afirmar.

O que Jesus carregou na cruz

Quando a Bíblia fala da cruz ela nunca diz que Jesus carregou nossas enfermidades, mas o pecado, que Ele tomou sobre Si – que é a causa da enfermidade e da morte. Só em Isaías 53.5, e não no versículo 4, a profecia fala da cruz e do que Jesus carregou na cruz: “Mas ele foi traspassado (na cruz) pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados (das nossas transgressões). Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Is 53.5-6). “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21).
Nós, seres humanos, somos enganados e marcados por uma postura interior equivocada. Pensamos, agimos e fazemos de conta que a doença é pior do que o pecado. Em geral, a enfermidade é considerada o que existe de pior. É por isso que desejamos “saúde!” uns aos outros ou dizemos que “o mais importante é a saúde”. Mas existe algo que é muito pior do que toda e qualquer doença: o pecado. É o pecado que nos mata, não a doença. O pecado é a causa de todas as doenças, a raiz de todo sofrimento e da morte. É terrível sofrer e morrer de alguma doença, mas imensuravelmente pior é morrer em pecado.
Para que não haja nenhum equívoco, quero deixar bem claro: cremos que Deus faz milagres ainda hoje e cura pessoas; cremos que devemos orar por elas. Mas como em todos os assuntos, a fé na cura deveria estar embasada na Escritura como um todo, para que não sejamos levados pelo engano. (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

Tudo posso naquele que me fortalece

“...tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13).
É muito fácil entender mal um versículo assim. O lemos e imediatamente pensamos em centenas de coisas que não conseguimos fazer. No mundo físico, por exemplo, pensamos em alguma acrobacia ridícula que exigiria poderes sobre-humanos. Ou pensamos em alguma grande proeza mental que está muito além de nós. Então estas palavras se tornam uma tortura para nós, ao invés de um conforto.
O que o versículo na verdade quer dizer, claro, é que o Senhor nos dará poder para fazer qualquer coisa que Ele queira que façamos. Dentro do círculo da Sua vontade não há impossibilidades.
Pedro sabia deste segredo. Ele sabia que, por si só, não poderia andar sobre as águas. Porém, também sabia que se o Senhor lhe havia dito para fazê-lo, ele conseguiria. Assim que Jesus disse “Venha”, Pedro saiu do barco e caminhou sobre as águas até Ele.
Normalmente uma montanha não vai se lançar ao mar ao meu comando. No entanto, se esta montanha estiver entre mim e o cumprimento da vontade de Deus, então posso dizer “Saia do caminho” e ela o fará.
O ponto central é que “Sua vontade é Sua capacidade”. Portanto, Ele proverá a força para enfrentarmos qualquer desafio. Ele me capacitará para resistir a cada tentação e vencer cada hábito. Ele me fortalecerá para ter uma vida de pensamentos limpos, motivos puros e para sempre fazer aquilo que agrada ao Seu coração.
Se não tenho forças para fazer algo, se me vejo ameaçado por um colapso físico, mental ou emocional, então eu talvez deva questionar-me se por acaso entendi mal Sua vontade e estou seguindo meus próprios desejos. É possível fazer para Deus o que não é de Deus. Tais obras não carregam a promessa do Seu poder.
Por isso é importante saber que estamos seguindo a corrente do Seu plano. Então podemos ter a alegre certeza de que Sua graça irá nos sustentar e capacitar.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Já Estamos Vivendo Nos Tempos Difíceis?

O apóstolo Paulo, que nos deu as características mais descritivas dos “últimos dias”, chamou-os de “tempos difíceis” – particularmente ao descrever os costumes da humanidade durante os últimos dias da Igreja um pouco antes do retorno de Cristo (2 Tm 3). Ele usou termos como “egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder...” (2 Tm 3.2-5).Poderíamos passar semanas apenas ilustrando tais comportamentos olhando as páginas de qualquer jornal, desde o caderno dos esportes até o das celebridades.
No entanto, este é somente um dos sinais visíveis do fim. Nosso Senhor, em Sua maravilhosa profecia sobre os últimos dias, ilustrou estes dias começando com uma guerra mundial iniciada por nações que entraram em conflito, no qual se envolveram os reinos do mundo (Mt 24.1-8 e Lc 21.7-36). Creio que isso começou com o que os historiadores chamam de “I Guerra Mundial”, de 1914 a 1918, quando o arquiduque da Áustria foi assassinado por um sérvio, e outras nações do mundo entraram no conflito até que todos os países estavam oficialmente envolvidos ou enviando mercenários para lutar em um dos lados. Em ambas as passagens, nosso Senhor disse que a guerra seria apenas uma parte dos sinais, pois aconteceriam também “grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares (ou seja, ao mesmo tempo), coisas espantosas e também grandes sinais do céu” (Lc 21.11). Estas coisas começaram a ocorrer quase um século atrás e têm transformado a face do nosso mundo. Na I Guerra Mundial, um dos destaques dos EUA foi um atirador de elite do Kentucky que se distinguiu nos campos de batalha da Europa. Apenas meio século mais tarde, eles desenvolveram a bomba atômica, que matou quase 150.000 pessoas em um único dia. Ela acabou forçando o Japão, que havia declarado guerra contra a América, a se render e assim finalizar a terrível II Guerra Mundial.
“haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados” (Lc 21.26).
Mas os sinais do fim não se encerraram. Os grandes líderes do mundo, no afã de ter “paz mundial”, fundaram as Nações Unidas. Muitos deles nem imaginavam que estavam montando o palco para o Anticristo e seu sistema governamental mundial. Esse sistema irá reger o mundo durante os sete anos de tribulação que Daniel, o grande profeta hebreu, predisse para o tempo que antecede a Gloriosa Aparição de Cristo para estabelecer Seu Reino Milenar que introduzirá verdadeira paz mundial.
Com toda a probabilidade, os comunistas secretos dentre os grandes planejadores mundiais (como Alger Hiss e outros que prepararam a Carta da ONU, que sempre favoreceu os comunistas e socialistas) redigiram um documento que suga os recursos financeiros dos Estados Unidos [para a manutenção da entidade mundial]. Os EUA são a única nação que tem sido capaz de preservar ao menos certo período de paz. Em minha opinião, a ONU só fez uma coisa boa: o breve cumprimento de uma profecia bíblica em 1948, quando aceitou oficialmente o pequeno Estado de Israel como uma nação estabelecida. No entanto, isso também aconteceu em “tempos difíceis” ou “turbulentos”, como foi predito nas profecias. O que poderia ter sido uma grande bênção para o mundo tornou-se, em vez disso, um tempo de sofrimento para milhões – exceto para aqueles que fazem parte da manipulação do adversário nos acontecimentos mundiais. Isso comprova mais uma vez que sem Deus o homem é incapaz de produzir “justiça social”, a respeito da qual ouvimos tanto hoje em dia. Sem Deus, o homem não pode fazer nada!
Na última metade do século passado ocorreram muitos dos sinais a que nosso Senhor se referiu em ambas as afirmações feitas no Monte das Oliveiras nos momentos finais de Seu ministério (Mt 24 e Lc 21). Eu chamo esses sinais de astrológicos, pois envolvem “sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados” (Lc 21.25-26).
Não é de se admirar que tenha aumentado o número de leigos que perguntam: “Estamos muito pertos da vinda do Senhor?”, ou: “São estes os sinais dos últimos dias?”, e assim por diante. De fato, nos últimos dois meses, em algumas de nossas conferências proféticas, tenho ouvido mais dessas perguntas do que a pergunta que se fazia anteriormente: “O atual presidente dos EUA é o Anticristo?”. E sempre, como tenho escrito, respondia com um NÃO, porque ele não tem a nacionalidade correta! Daniel predisse que o Anticristo será um romano (Dn 9.26-27).
Há um princípio que a maioria dos eruditos em profecia realça no Sermão de Jesus no Monte das Oliveiras após a conclusão da primeira etapa de sinais: I Guerra Mundial, fomes, epidemias e terremotos em vários lugares ao mesmo tempo. Ele disse: “porém tudo isto [as quatro partes do primeiro sinal] é o princípio das dores” (Mt 24.8). Jesus utilizou uma expressão hebraica familiar comparando esses sinais com uma mulher no princípio das dores do parto. Quando uma mulher sente as primeiras dores do iminente nascimento de sua criança, ela não vai correndo para a maternidade. Em vez disso, ela espera pelas dores que ainda virão. Em um primeiro momento, elas geralmente são esporádicas, porém, quanto mais próximo do nascimento, as dores se tornam mais freqüentes e mais intensas. Os médicos dizem às suas pacientes que se as dores ocorrerem em um intervalo de três minutos durante mais ou menos dez minutos elas devem ir imediatamente para a maternidade.
“Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem” (Lc 21.36).
Assim será com os sinais do “fim” ou a vinda de Cristo. A primeira dor de parto é apenas a primeira dor. Depois, haverá outras dores ou sinais e eles aumentarão em freqüência e intensidade. É o que vemos hoje. Não vi o primeiro sinal em 1914-18, pois nasci doze anos mais tarde. Mas li sobre aquelas quatro partes daquele primeiro sinal e sobre a primeira tentativa de formar um governo mundial no ano seguinte: a criação da Liga das Nações e a revolução bolchevique que transformou a Rússia numa superpotência, como Ezequiel predisse nos capítulos 38-39. Temos visto como o Estado de Israel foi criado em 1948 e tem sido um lugar “turbulento” até os dias atuais, e como os filhos árabes de Ismael, os vizinhos de Israel, têm sido seus inimigos implacáveis, jurando que alcançarão sua destruição.
Esses eventos impressionantes são miraculosos, mostrando claramente como a profecia bíblica é, de fato, confiável. A Rússia não era nada no cenário mundial até que os comunistas bolcheviques assumiram o controle; hoje a Rússia é a primeira ou segunda nação mais perigosa no mundo. E, pela primeira vez, ela é aliada dos filhos de Ismael, compartilhando um ódio mútuo pelo povo escolhido que por milagre tornou-se uma nação. Pois nenhum povo na história conseguiu sobreviver fora de sua terra natal por mais de 300 anos, exceto Israel. Esse povo foi espalhado ao redor do mundo por mais de 1900 anos e deveria ter desaparecido. Contudo, ele resistiu a perseguições cruéis e tentativas de extinção, e acabou voltando à sua terra no século passado, como Deus havia dito. Agora são quase 6 milhões na terra que Deus lhes prometeu como lembrete perpétuo de como Ele mantém Sua Palavra.

Conclusão

Então, o que aprendemos disso tudo? Muito simples: que Jesus está voltando para arrebatar Sua Igreja e isso pode acontecer muito em breve. As Suas palavras não poderiam ser mais oportunas: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço. Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra. Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem” (Lc 21.33-36). (Tim LaHaye - Pre-Trib Perspectives -http://www.chamada.com.br)

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O Oeste americano é um ímã para pessoas superdotadas – profissionais que, por um motivo ou por outro, escolhem residir em regiões selvagens. Embora eu não tenha as estatísticas, em 1991 parecia que nossa cidadezinha tinha mais do que os melhores, especialmente musicistas bem treinados. E eles generosamente compartilhavam seu talento em uma ampla variedade de locais para os eventos, inclusive um curso de órgão de tubos que dava aos jovens aprendizes de teclado a oportunidade de tocar instrumentos em igrejas por toda a comunidade.
Quando minha esposa e nosso filhinho voltaram de uma aula, eu estava preparado para ouvir uma extensa explicação sobre o esplendor do órgão de tubos. Em vez disso, ouvi uma descrição de um pôster da igreja no qual estava escrito: “Ame Sua Mãe” e que trazia uma pintura da “Deusa Gaia” segurando o mundo.
Não sei quantas pessoas entendiam a mensagem subjacente nesse pôster naquela época, mas hoje os cristãos estão acordando e percebendo que o ministério de certas igrejas foi seqüestrado por um movimento vocal que promove o paganismo.

Fazendo a corte à “Mãe Natureza”

Definir o paganismo moderno é como tentar fixar gelatina na parede. Os pagãos descrevem seu ponto de vista como sendo pragmático, autoconfiante, experiencial, sempre em desenvolvimento, tolerante e de mente aberta. Contudo, eles possuem determinados princípios centrais, os quais o escritor Carl McColman definiu vagamente com o acrósticoPeople Adoring Goddess And Nature [a forma em inglês para Pessoas Adorando a Deus e a Natureza].[1]
O termo pagão significa literalmente “habitante do campo” e se originou quando o cristianismo se tornou a religião oficial do Estado depois da conversão de Constantino, imperador romano, no século IV. Enquanto os centros culturais daquela época eram “cristãos” ao estilo da moda, as áreas rurais retiveram suas práticas religiosas politeístas e animistas; e se tornaram um sinônimo para a palavra “pagão”.
A imagem estereotipada que a maioria dos cristãos tem do paganismo não é sempre precisa. O paganismo vê a realidade como um todo unificado e totalmente inclusivo; e a “deusa” é essencial em seu sistema de crenças. Os pagãos vêem a natureza como tendo a polaridade da energia: escuro e claro, ativo e passivo, macho e fêmea. Como explicou um praticante: “Como vemos a natureza como sendo o divino, também vemos nossa força divina como tendo dois aspectos – masculino e feminino – Deus e Deusa”.[2] Às vezes explicado como yinyang, deus e deusa representam os opostos polares complementares de um todo unificado.
O monismo descreve essa visão de mundo, na qual toda a matéria finalmente emerge de ou se reduz a uma mesma substância ou princípio de ser.[3] O dualismo, por outro lado, descreve a visão de mundo judaico-cristã, que reconhece Deus como distinto de Sua criação. Merlin Stone, autor de When God was a Woman [Quando Deus era Mulher], explicou: “A Deusa se localiza dentro de cada indivíduo e todas as coisas da natureza”. O Deus judaico-cristão, entretanto, é transcendente.[4]
Os pagãos vêem a terra como sendo um organismo vivo que respira e que é a fonte de toda a vida. A Deusa Gaia, às vezes mencionada como a Mãe Terra ou a Mãe Natureza, é sempre retratada com o círculo da terra como seu útero porque ela é considerada responsável por trazer toda a vida à existência. Como os pagãos veneram a Terra, eles vêem o tempo gasto ao ar livre como um tempo de comunhão com a deusa.
Se você acha que essas informações não têm relevância, pense novamente. Uma visão monística do cosmos está causando impacto na igreja professa através das preocupações ambientais. James Parks Norton, famoso e influente clérigo da cidade de Nova Iorque, um ávido ambientalista, declarou: “Estamos cada vez mais sendo desafiados a entender que o corpo de Cristo é a terra – a biosfera – a pele que inclui todos nós”. E Richard Austin, ex-pastor da Igreja Presbiteriana USA (PCUSA), que dirigiu a conferência EarthCare ’96[Cuidados com a Terra ’96], declarou: “Cristo é totalmente Deus e totalmente Terra. (...) Ele veio para salvar o mundo. (...) Ouço a Bíblia nos chamando a nos redimir da destruição da Criação”.[5]

Prevendo “A Virada”

Grupos da Nova Espiritualidade (anteriormente denominada Nova Era) prevêem o que chamam de “A Virada”, um salto quântico na consciência planetária em 2012, que resultará em um planeta unificado, funcionando em perfeita harmonia. Infelizmente, muitos líderes cristãos populares visualizam a mesma coisa.
Do lado secular, José Aguelles, instigador da iniciativa de paz “Convergência Harmônica” em 1987, escreveu: “É hora de todos os que estão dispostos a abraçar incondicionalmente o novo nos tornarmos atores do mesmo mito. (...) Tudo o que precisamos é um evento global unificado – um todo artístico – que nos una e nos sincronize na afirmação de nossos mais elevados sonhos”.[6] A Virada, disse ele, “estabelecerá o palco para uma seqüência em nossa evolução como algo distinto no ciclo da história, assim como o surgimento da vida urbana foi distinto da vida nas cavernas”.[7]
A participação nesta suposta virada quântica requer que toda a humanidade esteja espiritualmente no mesmo nível, e a chave para esse alinhamento é o conceito de “mito”. As diversas crenças dentro do paganismo são transmitidas através dos mitos em vez de declarações doutrinárias. Os pagãos usam uma abordagem narrativa que ensina através do contar histórias. Não é necessário crer nas histórias como verdades literais, mas apenas como uma apresentação metafórica da verdade subjetiva. Se os “mitos” das religiões do mundo puderem ser sincronizados, o mito universal unirá todas as religiões em uma só.
Pintura da “Deusa Gaia” segurando o mundo.
É interessante que os líderes cristãos populares também prevêem uma mudança radical no cristianismo professo, afirmando que a fé exige um tempo de “transição, um repensar, re-imaginar e re-visualisar”. Uma organização denominada Deep Shift [Virada Profunda] afirma proporcionar “apoio à medida que os líderes passarem por suas transições pessoais e guiarem suas organizações através da transição e da transformação necessárias para engajarem seu povo no trabalho para o bem do mundo em nossa cultura atual”.[8]
Michael Dowd, ministro ordenado da Igreja de Cristo Unida e autor de Thank God for the Evolution [Graças a Deus Pela Evolução], declarou: “Estamos às portas do maior reavivamento espiritual da história. (...) É bastante possível que a mudança de nosso próprio paradigma – de ver a natureza como um artefato, para ver a Natureza [sic] como a principal revelação da divindade (e inseparável da divindade) – prevaleça sobre o curso de décadas em vez do curso de séculos”.[9]
Na verdade, Dowd e outros como ele sugerem colocar um “brilho evolucionista” sobre aspectos do livro de Gênesis para “universalizar aquela história, fazendo-a significativa e instrutiva não apenas para os Povos do Livro, mas também para povos de outras tradições religiosas e de nenhuma tradição religiosa”.[10]
Cunhando um novo termo para substituir mito, Brian McLaren, o famoso líder eclesiástico emergente, afirma em seu livro Everything Must Change [Tudo Tem Que Mudar], que a “história que estrutura” o cristianismo precisa desesperadamente de uma revisão radical.[11] Caindo no erro do conto pós-moderno de que a verdade é dinâmica e está em constante mudança a fim de permanecer relevante, esses líderes vêem a doutrina como desnecessária. Um outro líder cristão declarou: “Desejamos crescimento e aprendizagem, não dogmas e doutrinas”.[12] McLaren afirmou:
Sem pedir quaisquer desculpas a Martinho Lutero, a João Calvino, ou ao evangelicalismo moderno, Jesus (em Lucas 16.19) não prescreve o inferno para aqueles que se recusarem a aceitar a mensagem da justificação pela graça através da fé. (...) Pelo contrário, o inferno – literal ou figurado – é para os ricos e fartos, que prosseguem em seu caminho sem se preocuparem com o necessitado em seu dia a dia.[13]
Para essas pessoas, desconstruir a doutrina bíblica da salvação usando uma passagem isolada do texto não é algo incomum. De acordo com McLaren: “A essência da mensagem deJesus enfocava a transformação pessoal, social e global nesta vida”, e aparentemente tem pouco a ver com a salvação mediante a fé na oferta pessoal de Cristo como o único sacrifício que Deus aceitará pelo pecado.[14] É chocante, mas um outro escritor cristão declarou: “A fixação da igreja na morte de Jesus como o ato salvífico universal tem que acabar, e o lugar da cruz deve ser re-imaginado na fé cristã. Por quê? Por causa do culto ao sofrimento e do Deus vingativo por detrás dele”.[15]
Usando um entendimento dúbio e uma linguagem deliberadamente vaga, muitos advogam uma forma escondida de pluralismo que é típica do paganismo. Refletindo essa atitude estão as pessoas que se referem ao cristianismo como “seguir a Deus à maneira de Jesus”.[16] A mensagem sutil é que todas as religiões levam as pessoas a Deus; o cristianismo, por acaso, é apenas a “maneira de Jesus”. Eles explicam:
O evangelismo ou a missão para mim já não tem mais nada a ver com persuadir as pessoas a crerem naquilo que eu creio, não importa quão impaciente ou criativo eu seja. Tem mais a ver com experiências e encontros compartilhados. Tem a ver com caminhar a jornada da vida e da fé juntos, cada um distinto em suas próprias tradição e cultura, mas com a possibilidade de encontrarem a Deus e a verdade uns dos outros.[17]
Um outro confessa: “Para mim, o início do compartilhar de minha fé com as pessoas começou quando joguei fora o cristianismo e abracei a espiritualidade cristã, um sistema misterioso não-político que pode ser experimentado mas não explicado”.[18] Compartilhar uma fé que você não pode explicar parece um paradoxo; mas a idéia certamente se encaixa na filosofa de que o individualismo, a experiência e o pluralismo definem os princípios das crenças de uma pessoa.
A mensagem sutil, cuidadosamente colocada em palavras, é que as pessoas podem chegar a Deus de qualquer forma que desejarem. Citando Michael Dowd: “Se você está, de coração, comprometido a crescer em profunda integridade e a não ter ressentimentos, nem culpa, nem vergonha, nem arrependimentos, nem negócios não terminados, você está salvo, seja qual for sua religião ou sua filosofia”.[19]
Embora o movimento atual em direção ao paganismo dentro do cristianismo professo tenha emergido por meio das principais denominações, há vozes dentro desses grupos que reconhecem as implicações. Sylvia Dooling, da PCUSA, admoestou que essas crenças estão crescendo como uma tendência atual nas principais denominações.[20] Diane L. Knippers, ex-presidente do Instituto de Religião e Democracia, lamentou: “O movimento permanece influente nas principais denominações como sendo a vanguarda da teologia feminista, a tendência mais proeminente nos campi dos seminários atualmente”.[21]
Elas, e outros como elas, entendem que, se a igreja professa permite que a visão de mundo pagã “re-imagine” os elementos centrais do cristianismo, isso certamente significará uma mudança não apenas para a igreja, mas também para o mundo. (Charles E. McCracken -Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

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