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segunda-feira, 29 de abril de 2013


Razão Para Crer

"Lembrai-vos das coisas passadas da antigüidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antigüidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade" (Isaías 46.9-10).
A profecia bíblica é a chave para se entender tanto o passado quanto o futuro. Embora aos céticos essa talvez pareça uma pretensão absurda, ela é facilmente comprovada. Pelo fato de ter se cumprido a maior parte das profecias registradas na Bíblia, fica muito simples determinar se essas profecias são ou não confiáveis.
Dois importantes assuntos da profecia estendem-se consistentemente por toda a Escritura: (1) Israel; (2) O Messias que vem para Israel e através de Israel para o mundo como Salvador de toda a humanidade. Ao redor destes dois temas centrais quase todas as demais profecias se desenrolam e encontram o seu significado, seja o Arrebatamento da Igreja, o Anticristo, seu governo e religião vindouros, o Armagedom, a Segunda Vinda de Cristo, ou qualquer outra ocorrência profética. A Bíblia é absolutamente única na apresentação dessas profecias, as quais ela registra com detalhes específicos, começando há mais de 3.000 anos.
Cerca de 30% da Bíblia são dedicados à profecia. Esse fato confirma a importância do que tem se tornado um assunto negligenciado. Em contraste marcante, a profecia está completamente ausente no Corão, nos Vedas hindus, no Baghavad Gita, no Ramayana, nas palavras de Buda e Confúcio, no Livro de Mórmon, ou quaisquer outros escritos das religiões mundiais. Esse fato isolado já provê um inegável selo de aprovação divina sobre a fé judaico-cristã, que falta em todas as outras crenças. O perfeito registro do cumprimento da profecia bíblica é suficiente para autenticar a Bíblia, diferentemente de todos os outros escritos, como a única e inerrante Palavra de Deus.

Profecia – A Grande Prova


Cerca de 30% da Bíblia são dedicados à profecia. Esse fato confirma a importância do que tem se tornado um assunto negligenciado.
Há muitas provas importantes para a profecia bíblica. A primeira de todas, o cumprimento da profecia estabeleceu prova irrefutável da existência do próprio Deus que inspirou os profetas. Pelos importantes eventos da história mundial, profetizados centenas e mesmo milhares de anos antes de acontecerem, o Deus da Bíblia prova ser o único Deus verdadeiro, Criador do Universo e da humanidade, o Senhor da História – e que a Bíblia é a Sua Palavra infalível, dada a fim de comunicar os seus propósitos e meio de salvação a todos os que crerem. Aqui está uma prova tão simples que uma criança pode entender e tão profunda que os maiores gênios não podem refutar.
A profecia, pois, desempenha um papel vital ao revelar o propósito de Deus para a humanidade. Ela também fornece uma prova inteiramente segura na identificação do verdadeiro Messias de Deus, ou Cristo, e desmascara o impostor de Satanás, o anticristo, de maneira que ninguém que observar a Palavra de Deus venha a ser por ele enganado.
Entretanto, por ser a profecia única na Bíblia, ela é única para Cristo. Profecia nenhuma narrou a vinda de Buda, Maomé, Zoroastro, Confúcio, Joseph Smith, Mary Baker Eddy, os populares gurus hindus que têm invadido o Ocidente, ou qualquer outro líder religioso, todos eles sem as credenciais que distinguem Jesus Cristo. Entretanto, há mais de 300 profecias do Velho Testamento que identificam o Messias de Israel. Séculos antes de Sua vinda, os profetas hebreus estabeleceram critérios específicos que deveriam ser preenchidos pelo Messias. O cumprimento destas profecias nos mínimos detalhes da vida, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré demonstram indiscutivelmente ser Ele o prometido por Deus, o verdadeiro e único Salvador.
Visto que estes dois importantes itens da profecia bíblica, Israel e o Messias, são tratados em alguns dos meus livros, principalmente em "Quanto Tempo Nos Resta?", vamos resumi-los aqui rapidamente. Em Isaías 43.10, o Deus de Israel declara que os judeus são Suas testemunhas para o mundo do qual Ele é Deus. Tal é o caso, apesar de 30% dos israelitas hoje afirmarem ser ateus e a maior parte dos judeus do mundo inteiro jamais pensarem em dizer que Deus existe. Mesmo assim eles são testemunhas da existência dEle, tanto para si mesmos como para o mundo, por causa do espantoso cumprimento exato na história daquilo que Deus falou que iria acontecer a esse povo especial.

O Povo Escolhido – Sua Terra e Destino

Embora muito do que os profetas predisseram para Israel ainda seja para o futuro, noveprofecias importantes envolvendo detalhes específicos e verificáveis já se cumpriram, exatamente como fora previsto séculos antes.
1. Deus prometeu uma terra e fronteira claramente definidas (Gênesis 15.18-21) a Abraão (Gênesis 12.1; 13.15; 15.7, etc.) e renovou tal promessa a Isaque, filho de Abraão (Gênesis 26.3-5), ao seu neto Jacó (Gênesis 28.13) e aos seus descendentes para sempre (Levítico 25.46; Josué 14.9, etc.).
2. É um fato histórico Deus ter trazido esse "povo escolhido" (Êxodo 7.4-8; Deuteronômio 7.6; 14.2, etc.) à Terra Prometida; uma surpreendente história de milagres por si só.
3. Quando os judeus entraram na Terra Prometida, Deus os advertiu que, se eles praticassem a idolatria e imoralidade dos habitantes primitivos, os quais Ele havia destruído por praticarem o mal (Deuteronômio 9.4), Ele os lançaria também para longe (Deuteronômio 28.63; 1 Reis 9.7 e 2 Crônicas 7.20, etc.). Que isso aconteceu é, também, inegável pela história.
Até este ponto, a história nada tem de especial. Outros povos acreditaram que uma certa área geográfica era a sua "terra prometida" e depois de entrarem nela foram posteriormente expulsos pelos inimigos. Porém, as próximas seis profecias e o seu cumprimento são absolutamente únicos na história dos judeus. A ocorrência desses eventos, exatamente como foram profetizados, jamais pode ter acontecido por acaso.
Deus declarou que o seu povo seria espalhado"entre todos os povos, de uma até à outra extremidade da terra".
4. Deus declarou que o seu povo seria espalhado "entre todos os povos, de uma até à outra extremidade da terra" (Deuteronômio 28.64; comp. 1 Reis 9.7; Neemias 1.8; Amós 9.9; Zacarias 7.14, etc.). E assim aconteceu. O "judeu errante" é encontrado em toda parte. A precisão com que essas profecias aconteceram exclusivamente aos judeus se tornou marcante, porque segue cumprimento após cumprimento até que a existência de Deus através do trato com o Seu povo escolhido se torne irrefutável.
5. Deus os admoestou que onde quer que vagassem, os judeus seriam "pasmo, provérbio e motejo entre todos os povos" (Deuteronômio 28.37; 2 Crônicas 7.20; Jeremias 29.18; 44.8, etc.). Incrivelmente isso tem se tornado realidade a respeito dos judeus através de toda a história, exatamente como a geração presente pode muito bem constatar. A maledicência, o desprezo, as piadas, o ódio violento chamado anti-semitismo, não apenas entre os muçulmanos, mas até mesmo entre os que se chamam cristãos, é um fato único e persistente na história peculiar do povo judeu. Mesmo hoje, apesar da freqüente memória do Holocausto de Hitler, que chocou e envergonhou o mundo inteiro como um desafio à lógica e à consciência, o anti-semitismo está vivo e recrudesce em todo o mundo.

História de Perseguição

Além do mais, os profetas declararam que esse povo espalhado não apenas seria difamado, denegrido e discriminado, mas:
6. Seria perseguido e assassinado como nenhum outro povo na face da terra, fato que a história atesta com eloqüente testemunho, pois foi exatamente o que aconteceu aos judeus, século após século, onde quer que fossem encontrados. O registro histórico de nenhum outro grupo étnico ou nacional de pessoas contém algo que ao menos se aproxime do pesadelo de terror, humilhação e destruição que os judeus têm suportado na história, pelas mãos dos povos entre os quais foram espalhados.
Vergonhosamente, muitos que afirmaram ser cristãos e, portanto, seguidores de Cristo, que era um judeu, estavam na primeira fila da perseguição e extermínio dos judeus. Havendo ganho completa cidadania no Império Romano pagão, em 212 d.C., sob o Édito de Caracalla, os judeus se tornaram cidadãos de segunda classe e objeto de incrível perseguição depois que o Imperador Constantino supostamente se tornou cristão. A partir daí, foram os que se chamavam cristãos que se tornaram mais cruéis com os judeus do que os pagãos jamais haviam sido.
Os papas católicos romanos foram os primeiros a fomentar o anti-semitismo ao máximo. Hitler, que permaneceu católico até o fim, afirmaria que estava apenas seguindo o exemplo dos católicos e dos luteranos em concluir o que a igreja havia começado. O anti-semitismo fazia parte do catolicismo, do qual Martim Lutero jamais se libertou. Ele advogava que se incendiassem as casas dos judeus, dando-lhes a alternativa de se converterem ou ficarem sem a língua.[1] Quando os judeus de Roma foram libertados de seus guetos pelo exército italiano em 1870, sua liberdade finalmente pôs fim a cerca de 1.500 anos de inimaginável humilhação e degradação nas mãos dos que afirmavam ser os vigários de Cristo. Papa nenhum odiou os judeus mais do que Paulo IV (1555-1559), cuja crueldade foi além da imaginação humana. O historiador católico Peter de Rosa confessa que uma inteira "sucessão de papas reforçou os antigos preconceitos contra os judeus, tratando-os como leprosos, indignos da proteção da lei. Pio VII (1800-1823) foi sucedido por Leão XII, Pio VIII, Gregório XVI e Pio IX (1846-1878) – todos eles discípulos de Paulo IV.[2] O historiador Will Durant nos lembra de que Hitler teve bons precedentes para a suas sanções contra os judeus:
Os profetas declararam que o povo espalhado não apenas seria difamado, denegrido e discriminado, mas seria perseguido e assassinado como nenhum outro povo na face da terra.
O Concílio (católico romano) de Viena (1311) proibiu qualquer transação entre cristãos e judeus. O Concílio de Zamora (1313) estabeleceu que se proibissem aos cristãos de se associarem aos judeus... E levou as autoridades seculares (como a igreja havia há muito estabelecido em Roma e nos estados papais) a confinar os judeus em quarteirões separados (guetos) e compeli-los a usar um distintivo (antes havia sido um chapéu amarelo) e assegurar sua freqüência aos sermões para que se convertessem.[3]

Preservação e Renascimento

Deus declarou que apesar de tais perseguições e massacres periódicos,
7. Ele não permitiria que o Seu povo fosse destruído, mas o preservaria como um grupo étnico e nacional identificável (Jeremias 30.11; 31.35-37, etc.). Os judeus teriam toda razão de se misturarem através de casamentos [com os gentios], de mudarem seus nomes e de esconderem sua identidade de qualquer maneira possível, a fim de escaparem à perseguição. Por que preservaram sua linha sangüínea, se não possuíam uma terra própria, se a maioria não cria literalmente na Bíblia, e se a identificação racial só lhes trazia as mais cruéis desvantagens?
Deixar de se misturar em casamentos não fazia sentido. A absorção por aqueles entre os quais viviam pareceria inevitável, de modo que poucos sinais dos judeus como povo distinto deveriam permanecer até hoje. Afinal, esses desprezíveis exilados foram espalhados por todos os cantos da terra por 2.500 anos, desde a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor em 586 a.C. Poderia a "tradição" ser tão forte sem uma fé real em Deus?
Contra todas as previsões, os judeus permaneceram um povo distinto, depois de todos esses séculos. Este fato é um fenômeno sem paralelo na história e absolutamente peculiar aos judeus. Para a maioria dos judeus que viviam na Europa, a lei da igreja tornava impossível o casamento misto sem a conversão ao catolicismo romano. Aqui mais uma vez a igreja católica desempenhou um papel infame. Durante séculos era pecado mortal, sob a jurisdição dos papas, o casamento entre judeus e cristãos, evitando-se os casamentos mistos mesmo entre os que o desejassem.
A Bíblia diz que quando Deus determinou guardar o Seu povo escolhido separado para si próprio (Êxodo 33.16; Levítico 20.26, etc.), Ele o fez porque
8. Os traria de volta à sua terra nos últimos dias (Jeremias 30.10; 31.8-12; Ezequiel 36.24,35-38, etc.), antes da segunda vinda do Messias. Essa profecia e promessa há tanto esperada foi cumprida com o renascimento de Israel em sua Terra Prometida. Isso aconteceu em 1948, quase 1.900 anos após a Diáspora final, na destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C., pelos exércitos romanos liderados por Tito. Essa restauração de uma nação, depois de 25 séculos, é absolutamente espantosa, um fenômeno sem paralelo na história de qualquer outro povo e inexplicável por meios naturais e muito menos pelo acaso. Mais notável é que
9. Deus declarou que nos últimos dias, antes da segunda vinda do Messias, Jerusalém se tornaria "um cálice de tontear... uma pedra pesada para todos os povos" (Zacarias 12.2-3).Quando Zacarias fez esta profecia, há 2.500 anos, Jerusalém permanecia em ruínas e cheia de animais selvagens. A profecia de Zacarias parecia uma grande loucura, mesmo após o renascimento de Israel em 1948. Pois hoje, exatamente como foi profetizado, um mundo de quase 6 bilhões de pessoas tem os seus olhos voltados para Jerusalém, temendo que a próxima Guerra Mundial, se explodir, seja travada sobre essa pequenina cidade. Que incrível cumprimento da profecia!

Nenhuma Explicação Normal

Israel ocupa 1/6 de 1% da área de terra que os árabes possuem. Os árabes têm o petróleo, a riqueza e a influência mundial que tais recursos aparentemente inesgotáveis proporcionam. Não apenas o pedacinho de terra de Israel é dificilmente perceptível no mapa-múndi, como também lhe faltam todas as coisas essenciais para que se torne o centro das preocupações de todo o mundo. Entretanto, desafiando o bom-senso, Israel é o foco da atenção mundial, exatamente como foi profetizado.
Jerusalém é uma pequenina cidade sem importância comercial ou localização estratégica. Mesmo assim, os olhos do mundo inteiro estão sobre ela mais do que sobre qualquer outra cidade.
Jerusalém é uma pequenina cidade sem importância comercial ou localização estratégica. Mesmo assim, os olhos do mundo inteiro estão sobre ela mais do que sobre qualquer outra cidade. Jerusalém tornou-se realmente uma "pedra pesada" ao redor do pescoço de todas as nações do mundo, o problema mais irritante e instável que as Nações Unidas enfrentam hoje. E não há explicação lógica para isso. O que os profetas hebreus declararam há milhares de anos e que parecia absolutamente irreal em seu tempo está se cumprindo hoje. Essa é apenas uma parte da evidência de que os "últimos dias" profetizados estão chegando para nós, e que a nossa geração, provavelmente, verá o restante da profecia cumprida.
As profecias acima delineadas (para não citar inúmeras outras), têm sido assunto de conhecimento público nas páginas da Escritura e têm estado disponíveis para exame cuidadoso durante séculos. Que elas tenham se cumprido com detalhes não pode ser obra do acaso, sendo, na verdade, a prova evidente da existência do Deus que inspirou a Bíblia, provando a autenticidade e inerrância desse Livro. Em vista de tal clara e admirável evidência, somente podemos supor benevolentemente que nenhum agnóstico ou ateu tenha se atrevido a ler as profecias bíblicas e as tenha checado pessoalmente com a história e os eventos atuais.
Existem profecias adicionais concernentes a Israel e Jerusalém que se referem aos últimos dias, as quais ainda aguardam futuro cumprimento. Entretanto, podemos estar certos, baseados nas profecias que já se cumpriram, que estas também se realizarão em um futuro não muito distante. O tempo mais aterrador de destruição para os judeus e também para toda a população mundial ainda está por vir. Ele se chama "tempo de angústia para Jacó" (Jeremias 30.7).
Com espantosa precisão a Bíblia não menciona Damasco, Cairo, Londres ou Paris como centro da ação dos últimos dias, mas apenas duas cidades específicas: Jerusalém e Roma. Elas são divergentes, têm sido inimigas desde a época dos césares e notavelmente continuam rivais pela supremacia espiritual ainda hoje. A Roma católica reivindica ser a "Cidade Eterna" e a "Cidade Santa", títulos que a Bíblia deu a Jerusalém. Roma também afirma que é a "Nova Jerusalém", provocando um conflito direto com as promessas de Deus concernentes à verdadeira Cidade de Davi.
Passaram-se 2.000 anos de tensão e antagonismo entre Roma e Jerusalém. Durante quase 46 anos após o renascimento de Israel em 1948, o Vaticano se recusou a reconhecer esse país. Essa animosidade não foi apagada pela recente abertura que o Vaticano executou apenas como expediente para se aproximar de Israel. Roma quer exercer influência sobre o futuro de Jerusalém, que ela ainda insiste em tornar uma cidade internacional sobre a qual Israel não tenha mais direito do que qualquer outra nação.
Com espantosa precisão a Bíblia identifica Jerusalém e Roma como os pontos focais dos eventos profetizados para os últimos dias. Ambas vão ter sua parte no julgamento de Deus. Exige-se pouco mais do que atenção casual sobre as notícias diárias para se reconhecer a precisão da profecia. Também aí, no que a Bíblia diz sobre Roma e a Cidade do Vaticano, temos evidências adicionais de que esse Livro é a Palavra de Deus. (extraído do livro "A Woman Rides the Beast", tradução de Mary Schultze)

Notas

  1. Will Durant, The Story of Civilization, vol. VI, The Reformation (Simon and Schuster, Inc., 1950), p. 727.
  2. Peter de Rosa, Vicars of Christ: The Dark Side of the Papacy (Crown Publishing, Inc., 1988), p. 194.
  3. Durant, op. cit., vol. VI, p. 729.
Dave Hunt (1926-2013). Devido a suas profundas pesquisas e sua experiência em áreas como profecias, misticismo oriental, fenômenos psíquicos, seitas e ocultismo, realizou muitas conferências nos EUA e em outros países. Também foi entrevistado freqüentemente no rádio e na televisão. Começou a escrever em tempo integral após trabalhar por 20 anos como consultor em Administração e na direção de várias empresas. Dave Hunt escreveu mais de 20 livros, que foram traduzidos para dezenas de idiomas, com impressão total acima dos 4.000.000 de exemplares.

O que devo fazer?

Norbert Lieth

“O que devo fazer? Não agüento mais!” Há algum tempo, a representante da fundação suíçaPro Juventude disse em um programa de rádio que essa questão é uma das que mais preocupa os jovens.
A pergunta “O que devo fazer?” é tão antiga quanto o próprio pensamento. O famoso filósofo Immanuel Kant já apresentava questionamentos semelhantes por volta de 1770: “O que posso saber? O que devo fazer? O que posso esperar? O que é o homem?”.
O homem pode procurar em muitos lugares, mas não terminará sua busca enquanto não recorrer à Bíblia. Só ela pode nos dar uma resposta conclusiva sobre o que devemos fazer e para que existimos.
Certa vez perguntou-se ao Senhor Jesus: “Que faremos para realizar as obras de Deus?” (Jo 6.28), ao que Ele respondeu: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (v.29).
A maior desgraça do ser humano é não crer em Jesus. Não há negligência maior! Em comparação, todas as outras experiências negativas são meros grãozinhos de areia. Quem está caído num buraco escuro estará disposto a fazer qualquer coisa para sair dele. Mesmo ao enfrentar males menores nos dispomos a enfrentar riscos maiores apenas para melhorar nossa reputação. Mas a solução do problema original de nossa vida é a fé em Jesus Cristo.
No dia de Pentecostes os judeus perceberam que não estavam realmente bem, apesar de seguirem todos os preceitos da lei. Devido à pregação cristocêntrica de Pedro aconteceu o seguinte: “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?” (At 2.37). A resposta de Pedro foi a única correta: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (v.38). O resultado não deixou de aparecer: “Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (v.41).
Saulo de Tarso era um homem que odiava Jesus e Sua Igreja de todo o seu coração. Transtornado pela ira, ele fazia de tudo para destruir a Igreja dos cristãos. Mas um dia o Senhor o encontrou. Vencido por esse acontecimento sobrenatural, Saulo fez a pergunta decisiva: “Senhor, que queres que faça?” (At 9.6, RC). O Senhor perdoou os pecados de Saulo e escolheu-o como apóstolo das nações. Além disso, ele recebeu um novo nome: Paulo.
O carcereiro de Filipos tinha a tarefa de vigiar dois prisioneiros com especial cuidado: o apóstolo Paulo e seu companheiro Silas. Esse guarda durão estava acostumado a muitas coisas. Ele cumpria sua tarefa seguindo regras rígidas, mas isso não lhe trazia satisfação. Ele teve tempo para observar Paulo e Silas. Assim, percebeu que eles não se queixavam da sua desgraça, mas começaram a cantar, sim, a louvar a Deus. De repente um terremoto abalou a prisão, de forma que as portas se abriram e as cadeias de todos os prisioneiros se romperam (At 16.26). O carcereiro acordou do seu sono, percebeu sua situação comprometedora e quis matar-se com sua espada (v.27). Talvez ele já estivesse questionando sua vida há muito tempo, sentindo-se frustrado por aquilo que havia dentro e em volta dele. Paulo percebeu isso e consolou-o. Depois disso o homem fez a pergunta decisiva: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” (At 16.30). Paulo respondeu sem hesitar: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (v.31). A fé nessa mensagem revolucionou a vida do carcereiro – ele tornou-se um novo homem no mais verdadeiro sentido da palavra: “Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus” (v. 33-34).
Que fazer?
Vamos analisar com mais atenção as perguntas do filósofo Immanuel Kant, mencionadas no início:
O que posso saber? Você pode saber que Jesus é a esperança para a vida de todos. Para Ele não há casos perdidos. Você também pode saber que Ele tem poder para perdoar os pecados e dar não somente vida nova, mas vida eterna. Você pode saber que Jesus oferece um tipo de segurança que não acaba amanhã nem depois de amanhã. A vida espiritual do apóstolo Paulo começou com a pergunta: “Quem és tu, Senhor?... Senhor, que queres que faça?” (At 9.5-6). Pouco antes de sua morte, já idoso, ele pôde testemunhar:“...porque sei em quem tenho crido...” (2 Tm 1.12).
O que devo fazer? Os exemplos citados anteriormente mostram que é preciso decidir-se por Jesus, pois “a obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6.29). As pessoas que tinham escutado a pregação de Pedro no Pentecostes aceitaram a Palavra de Deus de boa vontade. O carcereiro de Filipos ficou feliz por ter se tornado crente junto com toda a sua casa – esse foi um ato de decisão consciente. Ele se colocou à disposição do Senhor.
O que você deve fazer? Aceite o convite de Deus feito por meio do Seu profeta: “Buscai-me e vivei” (Am 5.4).
O que posso esperar? Quem realmente procura Deus vai encontrá-lO, obterá perdão dos pecados e viverá! Tal pessoa pode ter a esperança de que o Senhor nunca mais a abandonará e a conduzirá até a eternidade. Em Jesus, os fardos são aliviados, a esperança nasce, orações são atendidas e as dificuldades existentes são transpostas. Não dependemos mais de nós mesmos: Jesus está conosco!
O que é o homem? Sem Jesus ele é uma vítima indefesa de Satanás e do pecado. Mas com e por meio de Jesus o homem ganha uma nova posição: ele se torna filho de Deus, co-herdeiro de Jesus e, assim, herdeiro do Pai celeste. Então vale o seguinte: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17). (Norbert Lieth - http://www.ajesus.com.br)

domingo, 28 de abril de 2013


O Poder do Evangelho
Dave Hunt
"Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a toda criatura"
(Mc 16.15).
"...evangelho... é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê..." (Rm 1.16).
A santidade e a justiça de Deus exigem que os pecadores sejam eternamente separados dEle. Ser cortado completa e eternamente daquele Amor pelo qual se foi criado equivalerá a arder com uma sede que se tornará cada vez mais insuportável. Mesmo assim, Deus, graciosa e gratuitamente oferece salvação dessa que é a mais terrível condenação. "O evangelho da graça de Deus" declara que Deus se tornou homem através de um nascimento virginal; que esse homem-Deus imaculado morreu pelos nossos pecados, satisfazendo Sua própria justiça através do sofrimento do castigo eterno que nós merecemos; que Ele ressuscitou ao terceiro dia; e que todos aqueles que crêem nEle são perdoados e recebem a vida eterna como um dom gratuito. A salvação é tão simples – e maravilhosa –; ela deve ser pregada com essa simplicidade.
O Evangelho puro que convence os ouvintes
Não são as credenciais acadêmicas, a oratória brilhante ou a persuasão do pregador, porém o Evangelho puro que convence os ouvintes. Não devemos atentar para sabedoria humana e zelo, a fim de embelezar, melhorar, ou de qualquer forma fazer o Evangelho mais atrativo para os perdidos. O Evangelho, apresentado em sua imutável pureza, é a mensagem que o Espírito Santo honra convencendo e dando convicção àqueles que O ouvem (Jo 16.8-11). Essa verdade deve voltar a concentrar a atenção dos evangélicos!
Ao contrário da crença popular, perícia na pregação (a "homilética" ensinada no seminário) não tem capacidade de ajudar, antes atrapalha a comunicação do Evangelho. O domínio da oratória ou das técnicas de vendas mais recentes pode ser útil numa profissão secular, mas não "na loucura da pregação". A não ser que tais metodologias e capacidades sejam colocadas de lado para proclamar a verdade de Deus, elas obscurecem o Evangelho.
Mesmo que o acima exposto possa parecer uma perspectiva extremista e anti-intelectual, tal foi o ensinamento e a prática do apóstolo Paulo. Rabino bem instruído, Paulo era, sem dúvida, um eloqüente orador que podia influenciar qualquer platéia. Todavia, na pregação do Evangelho, ele deliberadamente deixava de lado a "ostentação de linguagem" (1 Co 2.1) e cuidadosamente evitava as"palavras ensinadas pela sabedoria humana" (v. 13). Sabendo que suas próprias idéias, embelezamentos e habilidades persuasivas eram empecilhos ao invés de auxílios, o grande apóstolo ficou diante de sua audiência "em fraqueza, temor e grande tremor" (v. 3). Devemos proceder da mesma forma.
Paulo declarou que a sabedoria de palavra anula a cruz de Cristo (comp. 1 Co 1.17). Portanto, ele determinou que sua pregação não consistiria em "linguagem persuasiva de sabedoria [humana], mas em demonstração do Espírito e de poder" para que a fé de seus convertidos "não se apoiasse em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus" (1 Co 2.4-5). Todavia, muitos cristãos bem-intencionados fazem exatamente o que Paulo evitava, convencidos de que o Evangelho e o Espírito Santo necessitam da ajuda do conhecimento, da persuasão psicológica e de uma embalagem promocional moderna. Conseqüentemente, a fé de muitos crentes hoje está firmada na sabedoria humana em vez de no poder de Deus – podendo assim, da mesma forma, ser minada por argumentos humanos.
Comprometimento e negação do Evangelho
O Evangelho está sendo comprometido e até mesmo negado por muitos cristãos confessos. Os termos "espiritual" ou "espiritualidade" legitimam muito engano. "Espiritualidade" agora é evidenciada pelo ecumenismo e realçada pelas técnicas da Nova Era. A revista evangélica americana Christianity Today (Cristianismo Hoje) de 11/8/93 referiu-se favoravelmente a respeito de um movimento rumo à maturidade espiritual aparentemente muito espalhado. Infelizmente, na sua promoção de "espiritualidade moderna", a Christianity Today apela para Richard Foster e suas técnicas de "oração contemplativa", que envolvem a passividade e a visualização ensinadas por ocultistas como Inácio de Loyola (fundador dos jesuítas) e Agnes Sanford (veja os livros "A Sedução do Cristianismo" e "Escapando da Sedução"). Muitos artigos [da revista] sustentam que o catolicismo romano faz parte de um "cristianismo sadio". Introduzindo um artigo principal, o editor executivo da Christianity Today exalta o místico católico romano Thomas Merton por ter aberto um caminho para um relacionamento mais profundo com Deus, embora Merton, um seguidor da Nova Era, rejeitasse o Evangelho, sem cuja aceitação não se pode conhecer a Deus.
A motivação da pregação do Evangelho: o amor
Não são metodologias ou técnicas, mas verdade e amor que iniciam e amadurecem a vida espiritual no crente. Tampouco o genuíno amor por Deus e pelos outros pode brotar de qualquer outra coisa a não ser da aceitação e do reconhecimento do Evangelho (1 Jo 4.19). Aquela "velha história" revela o amor de Deus. Aqueles que a pregam em verdade devem ser motivados e fortalecidos por esse mesmo amor.
Bem, talvez você diga: "Eu não sou pastor ou pregador, e, assim sendo, recomendações tratando da pregação do Evangelho não se aplicam ao meu caso." "A loucura da pregação" inclui compartilhar de Cristo por sobre a cerca com um vizinho, ou com um amigo pelo telefone. O mandamento de Cristo para "pregar o evangelho" e "fazer discípulos" – a chamada "Grande Comissão" de Marcos 16.15 e Mateus 28.18-20 – se aplica igualmente a qualquer cristão do passado, do presente ou do futuro. Esse fato está claro nas palavras de Cristo, "ensinando-os (aos convertidos) a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado" (Mt 28.20). Os primeiros discípulos de Cristo deveriam ensinar seus convertidos a obedecer cada mandamento que Ele tinha dado a eles – incluindo pregar o Evangelho e ensinar seus convertidos a obedecer todos os mandamentos de Cristo igualmente. E assim até chegar aos nossos dias. Nós também devemos obedecer a tudo quanto Ele ordenou aos primeiros doze.
Cada convertido a Cristo é ordenado e fortalecido pelo Espírito Santo
Essas afirmações de Cristo corrigem uma quantidade de enganos populares, tais como a idéia de que Seus ensinamentos nos quatro Evangelhos são apenas para Israel, ou apenas para serem obedecidos no Milênio, e, assim sendo, não seriam para a Igreja hoje. Também fica eliminada a idéia de que "o evangelho do reino" que Cristo e Seus discípulos pregaram antes da cruz é, de alguma maneira, diferente daquele que é pregado para nós hoje. E uma das principais fontes do engano católico romano – que o papa é o sucessor de Pedro e que somente os integrantes da hierarquia de padres, bispos, cardeais, etc. são os sucessores dos outros apóstolos – também é desmentida. Cada convertido a Cristo é igualmente ordenado e fortalecido pelo Espírito Santo para obedecer tudo o que Cristo ordenou aos doze primeiros e conseqüentemente a agir usando toda a capacidade pela qual Ele os treinou e os comissionou.
Novos métodos e inovações
O Evangelho é a única solução para o problema do efeito destrutivo do pecado na vida diária. Ainda assim, muitos evangélicos perderam sua fé no poder do Evangelho e imaginam que algo mais é necessário; sejam programas atrativos, aconselhamento psicológico ou novas revelações de profetas modernos. Paulo se referiu à "loucura da pregação" porque o Evangelho simples que ele pregava era desprezado. O mesmo acontece em nossos dias.
Em contraste com a simplicidade e pureza do Evangelho apresentado nas Escrituras, novos métodos e inovações estão sendo empregados hoje. O Evangelho não é mais considerado como suficiente por si próprio. Atualmente é ensinado que crer no Evangelho poderá deixar hostes de demônios escondidos interiormente, remanescentes de pecados passados ou até mesmo de gerações anteriores. A Bíblia chama aquele que crê no Evangelho de "nova criatura" em Cristo; para quem "as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5.17; Gl 6.15). Negando essa clara verdade, "ministérios de libertação" têm surgido em grande número para expulsar os demônios dos cristãos.
"Batalha espiritual"
O Evangelho simples foi tudo o que os apóstolos precisaram e usaram. Ainda assim, muito tem sido acrescentado hoje em dia. Considere, por exemplo, a nova crença de que muitos cristãos (especialmente missionários regressantes) que passam por uma crise de "estresse" ou "esgotamento" desenvolvem múltiplas personalidades – outra heresia da psicologia. De acordo com o que se alega, a "libertação" se dá quando cada uma dessas personalidades é levada a crer em Cristo para a salvação! Estreitamente relacionado a isso está o "mapeamento espiritual", outra nova "febre" que Christianity Today chama de "uma técnica complicada e controvertida desenvolvida pelo missiólogo C. Peter Wagner, que alega poder identificar as fortalezas satânicas numa cidade..."
Há algum tempo lemos sobre a "Conferência Norte-Americana de Mapeamento Espiritual" que oferecia "uma metodologia para descobrir obstáculos específicos para ganhar almas nas localidades norte-americanas":
A conferência foi promovida pelo "Sentinel Group" ("Grupo Sentinela") de Lynnwood (Estado de Washington, EUA), e atraiu 130 pastores, líderes leigos, e missionários convidados de 30 estados e províncias... A "crescente influência das novas e poderosas forças espirituais no continente" necessitam de tal pesquisa, disse o presidente do "Grupo Sentinela", George Otis, Jr... Um Guia de Mapeamento Espiritual distribuído na conferência esboçava maneiras pelas quais os participantes poderiam pesquisar, através de muita oração, os grilhões sociais, a escravidão, e as barreiras espirituais de suas respectivas comunidades. (NIRR)
Algumas questões se levantam imediatamente. Novas forças espirituais? Existe uma nova espécie de demônios mais inteligentes ou poderosos do que aqueles enfrentados pela igreja primitiva? Se o Evangelho necessita de tal ajuda, por que a Bíblia não menciona nada disso? Por que esses métodos não foram praticados nem ensinados por Cristo e pelos apóstolos? Como Paulo poderia ter "transtornado o mundo" (At 17.6) através da evangelização do Império Romano pagão, sem empregar essas técnicas? Paulo teria alcançado maior sucesso se tivesse usado "mapeamento espiritual" e empregado a nova "metodologia para descobrir obstáculos específicos para ganhar almas"?
Os casos de Corinto e Éfeso
Corinto, a cidade grega mais esplendorosa e próspera, o centro do comércio entre o Oriente e o Ocidente, claramente era tão escravizada por Satanás quanto qualquer cidade hoje em dia. O culto de Afrodite, a deusa do amor e da beleza, cujo exemplo mítico encorajou promiscuidade sexual e perversão, há muito havia florescido ali. Quando Paulo desembarcou em Corinto (por volta de 50 d.C.), o grandioso templo de colunas de Apolo tinha dominado o centro comercial da cidade (onde a maior parte da carne vendida para consumo era primeiramente oferecida aos ídolos) por 600 anos. Ainda assim, não encontramos nenhum indício de que Paulo tenha se empenhado no "mapeamento espiritual" das forças demoníacas em Corinto. Ele confiava que o Evangelho, única e exclusivamente, poderia resgatar os pagãos das garras de Satanás: "Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado" (1 Co 2.2).
Ou considere a cidade de Éfeso, cuja riqueza se devia, em grande parte, à venda de imagens da deusa Diana. O templo dela era o centro da vida em Éfeso e, como em todas as situações de idolatria, envolvia prostituição, orgias sexuais e toda sorte de depravações. Se alguma vez um povo foi aprisionado por Satanás e seus subordinados, estes foram os efésios. Mesmo sem "mapeamento espiritual" ou outras técnicas de "libertação" promovidas atualmente, multidões vieram a Cristo e a igreja formada ali esteve entre as mais fortes e verdadeiras. Sim, Paulo os fez lembrar que a batalha da qual participavam não era contra carne e sangue, mas contra os principados e potestades, contra as forças espirituais do mal espalhadas nas regiões celestiais (Efésios 6.10-12). Contudo, ele não deu qualquer indício de que essas forças demoníacas devessem ser mapeadas ou rastreadas, ou que as técnicas psicológicas para tratamento com personalidades múltiplas devessem ser empregadas. Os crentes deveriam permanecer firmes na fé, vestidos com a armadura de Deus, sua única arma, "a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus" (v. 17).
A experiência espiritual mais elevada
A "velha história de Jesus e seu amor", como diz o clássico hino, "é sempre nova" e mais amada por "aqueles que a conhecem melhor." Nós nunca iremos avançar, nem mesmo na eternidade, a uma experiência espiritual ou um entendimento mais elevado do que aqueles produzidos pela fé no Evangelho simples que nos salva. O fato de que Deus nos amou tanto, a ponto de se tornar homem, e, mesmo odiado, rejeitado, desprezado e crucificado, ter morrido em nosso lugar para reconciliar os pecadores consigo mesmo sempre será, para as almas resgatadas, a fonte de amor, alegria e adoração no céu. Por toda a eternidade nunca teremos uma canção mais nova ou melhor do que a "velha história" que sempre é nova.
"Digno és... porque foste morto e com o teu sangue [nos] compraste para Deus", é o mais elevado louvor possível para os redimidos na presença de Deus (Ap 5.9). Nisso consiste o segredo da alegria daqueles que habitam o céu. Por que, então, alguns cristãos andam deprimidos, inseguros, egoístas, terrenos no modo de pensar e faltos de amor, alegria, paz e vitória em Cristo? A "velha história de Jesus e Seu amor" se tornou, de fato, velha para eles, negligenciada e esquecida. Eles não necessitam de aconselhamento psicológico, mas de um retorno ao seu "primeiro amor" (Ap 2.4). Nós precisamos meditar incessantemente sobre essa verdade supremamente maravilhosa, o simples Evangelho, que sozinho inflama o amor genuíno e a gratidão sincera que devemos, continuamente, expressar a nosso Senhor.
É louvável se alguém, preocupado em conhecer melhor a Deus, estuda grego. Contudo, se a habilidade nessa língua fosse essencial para conhecer a Palavra de Deus e viver uma vida cristã mais frutífera, então seria de se esperar que os gregos fossem o povo mais parecido com Cristo e o mais frutífero dentre todos, e Deus exigiria de nós todos a capacidade de falar grego. Obviamente os gregos nos dias de Cristo e de Paulo conheciam sua língua nativa muito melhor do que os estudantes modernos desse idioma, mas, mesmo assim, eles enfrentaram tanta dificuldade para viverem uma vida cristã quanto qualquer outro. O relacionamento de amor que Deus deseja carece apenas de um coração sincero e confiante no qual possa crescer.
"Oh!, o mais maravilhoso de tudo...", disse um compositor, "é que Deus me ama!" Isso é tão simples que até mesmo uma criança pode crê-lo, mas tão profundo que levaremos toda a eternidade para começar a sondar as profundezas desse amor! O amor de Deus é revelado no fato de ter Cristo morrido em nosso lugar! Certamente aqueles que experimentaram esse amor devem ser impelidos, pelo mesmo amor, a falarem a outros sobre a salvação disponível através da graça de Deus. Somente esse reconhecimento do amor e da graça de Deus, impelido pelo Evangelho, é que transforma pecadores em santos alegres e vitoriosos – e continua a manter esses santos na alegria e na vitória agora e para sempre. (Dave Hunt - TBC 12/93 – traduzido por Leandro Nunes Caetano)


Não há lugar para os judeus – a história se repete
Norbert Lieth
Terror nazista contra comerciantes judeus (1933).
Nos cartazes está escrito: "Alemães, defendam-se!
Não comprem dos judeus!"
A narrativa da vida terrena de Jesus começa com as palavras: "Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão" (Mt 1.1). Ela tem uma relação bem clara com o judaísmo. Pois esta história judaica começa com Abraão e tem o seu apogeu em Jesus Cristo. Ele é o grande Filho de Israel, que trouxe a salvação para todo o mundo. Quando o tempo se cumpriu e Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma virgem, lemos: "José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lc 2.4-7).
Pelo fato da história de Jesus estar ligada de maneira muito íntima com o judaísmo, não é de admirar que neste mundo também nunca houve lugar para os judeus. Em todos os tempos, especialmente na época do nazismo, foi proclamado: "Não comprem dos judeus". Em bancos e lugares públicos havia cartazes bem visíveis com os dizeres: "Proibido para os judeus". Assim, também hoje procura-se tirar desse povo sua pátria e sua cidade de Jerusalém: "não há lugar para os judeus". Na Carta da OLP continua escrito claramente que a criação do Estado de Israel foi completamente ilegal.
Entretanto, apesar de todas as adversidades, o nascimento de Jesus se cumpriu exatamente como havia sido anunciado nas profecias, e assim também nada poderá impedir que Deus alcance o Seu objetivo com o Seu povo. Israel sairá do aperto para a amplitude. Por não se conceder espaço ao povo do Eterno, ele será guiado pela mão de Deus – para ser levado ao seu renascimento, à vinda do Messias. Isaías 54.1-3 conclama: "Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta com alegre canto e exclama, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária do que os filhos da casada, diz o Senhor. Alarga o espaço da tua tenda; estende-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; a tua posteridade possuirá as nações e fará que se povoem as cidades assoladas." (Norbert Lieth)

Não há lugar para os judeus – a história se repete
Norbert Lieth
Terror nazista contra comerciantes judeus (1933).
Nos cartazes está escrito: "Alemães, defendam-se!
Não comprem dos judeus!"
A narrativa da vida terrena de Jesus começa com as palavras: "Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão" (Mt 1.1). Ela tem uma relação bem clara com o judaísmo. Pois esta história judaica começa com Abraão e tem o seu apogeu em Jesus Cristo. Ele é o grande Filho de Israel, que trouxe a salvação para todo o mundo. Quando o tempo se cumpriu e Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma virgem, lemos: "José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lc 2.4-7).
Pelo fato da história de Jesus estar ligada de maneira muito íntima com o judaísmo, não é de admirar que neste mundo também nunca houve lugar para os judeus. Em todos os tempos, especialmente na época do nazismo, foi proclamado: "Não comprem dos judeus". Em bancos e lugares públicos havia cartazes bem visíveis com os dizeres: "Proibido para os judeus". Assim, também hoje procura-se tirar desse povo sua pátria e sua cidade de Jerusalém: "não há lugar para os judeus". Na Carta da OLP continua escrito claramente que a criação do Estado de Israel foi completamente ilegal.
Entretanto, apesar de todas as adversidades, o nascimento de Jesus se cumpriu exatamente como havia sido anunciado nas profecias, e assim também nada poderá impedir que Deus alcance o Seu objetivo com o Seu povo. Israel sairá do aperto para a amplitude. Por não se conceder espaço ao povo do Eterno, ele será guiado pela mão de Deus – para ser levado ao seu renascimento, à vinda do Messias. Isaías 54.1-3 conclama: "Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta com alegre canto e exclama, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária do que os filhos da casada, diz o Senhor. Alarga o espaço da tua tenda; estende-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; a tua posteridade possuirá as nações e fará que se povoem as cidades assoladas." (Norbert Lieth)

segunda-feira, 22 de abril de 2013


O Caminho Para a Santidade

Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada. Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação, se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso. Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado. Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos. Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1 Pedro 1.22-2.10).
Muitos crentes hoje adoram cantar corinhos de louvor sobre santidade, mas a maioria não tem a mínima idéia de como obter a santidade sobre a qual cantam. Nossas igrejas experimentam uma grande incoerência entre o sentimento e a realidade, entre a emoção de domingo e o comportamento durante a semana. Como alguém se torna santo?
Escrevendo aos crentes que passavam por severos testes de sua fé, o apóstolo Pedro exortou os cristãos à santidade como um meio apropriado para suportar suas provas. Em vez de deixar uma recomendação fácil, ele instou: “Segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento” (1 Pe 1.15). Você pode perguntar: como alguém realiza isso? Em 1 Pedro 1.22-2.10, o apóstolo dá as explicações.

Amar Intensamente
(1 Pe 1.22-25)

Pedro não iniciou com a razão. Em vez disso, ele começou com o coração: “Amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1.22). Amar significa colocar o bem-estar de alguém acima do seu. Há muitos anos, quando meus filhos eram pequenos, eles encontraram dois gatinhos sarnentos perdidos na vizinhança. Minha mãe, que estava nos visitando, detestava gatos. Apesar disso, seu amor por seus netos a impeliu a ajudá-los a dar mamadeira aos gatinhos, para que recuperassem a saúde. Fiquei impressionado com o gesto de amor.
“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1.22).
Deus é santo e completamente único em Sua habilidade e inclinação a amar:“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Os filhos de Deus tornam-se santos, separados para Ele, quando seguem Seus passos e amam aos outros.
Ardentemente indica a natureza zelosa de amar como Deus ama. Esse mesmo advérbio, traduzido como “intensamente” em Lucas 22.44, demonstra a intensidade envolvida: “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra”.
Existem três razões para amar ardentemente. Primeiro, porque é assim que Deus ama. Segundo, porque esses crentes haviam feito um compromisso: “tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1.22). Como eles já haviam abandonado o egoísmo, Pedro os instigou a praticarem aquele compromisso. Terceiro, porque foi para isso que eles haviam nascido: “Pois fostes regenerados não de semente corruptível (perecível), mas da incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1 Pe 1.23). Poderíamos dizer que nascemos (de novo) para amar. Não devemos mais viver na velha natureza, mas na nova, que é nascida em Deus e moldada segundo o próprio Jesus. Amar fervorosamente uns aos outros manifestará quem realmente somos. Aqueles que nasceram de semente imperecível devem manifestar um amor imperecível.
Por que Pedro começou falando sobre o amor? Porque o amor é o que deve mover as relações. O conhecimento sem amor produz a arrogância (1 Co 8.1). A obediência sempre pavimenta o caminho para a instrução. O amor deve preceder o aprendizado para que cresçamos em santidade. O exercício é espiritual, em vez de acadêmico, o que pode explicar porque há tanta imaturidade em nossas igrejas, apesar da abundância de ensino bíblico e materiais para estudo bíblico. A maturidade depende não somente de aprendizado, mas de amor.

Aprender Avidamente
(1 Pe 2.1-3)

Em seguida, Pedro disse aos seus leitores para que aprendessem avidamente: “Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1 Pe 2.1-2).
“Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1 Pe 2.1-2).
Nada produz mais fome do que o trabalho pesado. Amar ativamente nossos irmãos deve produzir fome por ensino adicional. Porém, por que Pedro teria que ordenar este desejo pela Palavra? Aparentemente alguns procuram respostas em outros lugares para o sofrimento envolvido em amar seus irmãos. Talvez, alguns procuram em psicologia humana, manipulação interpessoal ou idéias mundanas de autopreservação.
Entretanto, as Escrituras nos dizem para confiarmos em nosso alimento natural. Aqui, a imagem de uma mãe amamentando é forte. O leite materno é para uma criança o que a Palavra de Deus é para um crente. Todos percebem quando há um bebê faminto. Sem malícia, engano ou hipocrisia. Nascemos de novo da Palavra de Deus (uma semente imperecível), e devemos desejar o leite da Palavra. Devemos ser como os recém-nascidos.
Esse desejo deve substituir as atitudes erradas. Sem dúvida, alguns responderam inapropriadamente ao desafio de amar aos outros. A expressão despojando é sempre usada no Novo Testamento para a substituição de algumas atitudes. A maldade e o dolo lembram que o desejo mau e o engano havia penetrado nos relacionamentos interpessoais entre irmãos. A hipocrisia e a inveja indicam a presença do ciúme e a falta da transparência. A palavra maledicências mostra que esses sentimentos foram revelados publicamente, como em uma típica família em que o amor é forçado até o ponto de ruptura.
Pedro ordenou esse desejo pela Palavra, porque o anseio por uma dieta saudável deve ser cultivado. Deixando todo comportamento maldoso, podemos, então, consumir a Palavra de Deus – nosso alimento natural – como o leite em um lar cheio de crianças.
Nosso apetite pela Palavra de Deus deve ser cultivado. Os crentes que experimentaram e viram que o Senhor é bom não devem permitir que comidas prejudiciais destruam seu desejo por alimentação verdadeira. Se você perdeu seu apetite pela Palavra de Deus, recultive-o lendo sua Bíblia regularmente. A obediência (amar ardentemente) e a fome espiritual (aprender avidamente) produzem santidade.

Trabalhar Entusiasticamente
(1 Pe 2.4-10)

O terceiro passo em direção à santidade é o exercício: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive... também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual” (1 Pe 2.4-5). O contexto sugere uma ordem suave. Alguns lêem a expressão sois edificados como “deixem-se ser edificados”, enquanto outros invertem o significado como “edifiquem a si mesmos”. Claramente, essa edificação é resultado dos crentes “chegarem-se para Ele”. Portanto, devemos estar disponíveis para o serviço, como participantes do sacerdócio real que Jesus está edificando.
O terceiro passo em direção à santidade é o exercício: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive... também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual” (1 Pe 2.4-5).
A Lei de Moisés estabeleceu o sacerdócio levítico para servir à nação de Israel em uma casa física (o Templo). O novo princípio identifica cada crente como um sacerdote em uma casa espiritual. Porém, esse “sacerdócio de crentes” não significa que somos sacerdotes em isolamento. Cada crente é uma “pedra viva” em uma “casa viva”, que é um sacerdócio santo. Devemos trabalhar entusiasticamente, porque a integridade da casa depende de cada pedra.
A casa viva desse plano é a Igreja. Israel falhou temporariamente no que se refere à vinda de seu Messias pela primeira vez. Então, até que Ele retorne, Jesus é a pedra angular de uma casa espiritual – Sua Igreja – que Ele disse que edificaria (Mt 16.18).
Esse templo vivo e santo é o meio pelo qual Deus glorifica a Si mesmo neste mundo, até o dia em que Ele reconstruirá o Templo de Israel para o Reino do Messias. Todos os crentes genuínos, tanto judeus quanto gentios, devem trabalhar juntos para oferecer “sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pe 2.5).
Esse caminho para a santidade é essencial, portanto, para a Igreja, porque essa “geração escolhida” temporária, chamada também por Pedro de “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”, tem o propósito de proclamar “as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).
Até que os ramos naturais (o povo judeu) sejam enxertados na sua própria oliveira (Rm 11.24), os ramos da oliveira brava (gentios) devem viver e trabalhar juntos de um modo que reflita a glória e a santidade de Deus ao mundo. Portanto, não deixe que suas provações o distraiam no caminho para a santidade. (Richard D. Emmons - Israel My Glory -http://www.chamada.com.br)

quinta-feira, 18 de abril de 2013


A Estratégia Mundial de Satanás

Deus entregou à humanidade o domínio sobre a terra e estabeleceu a teocracia como a forma de governo original deste mundo (Gn 1.26-29). Numa teocracia, o governo divino é administrado por um representante. Deus designou o primeiro homem, Adão, para ser Seu representante. Adão recebeu a responsabilidade de administrar o governo de Deus sobre a parte terrena do Reino universal de Deus.
Pouco tempo depois de ter dado esse poder ao homem, Satanás induziu Adão e Eva a se aliarem a ele em sua revolta contra Deus (Gn 3.1-13). Como resultado, a humanidade afastou-se de Deus e a teocracia desapareceu da face da terra. Além disso, com a queda de Adão, Satanás usurpou de Deus o governo do sistema mundial. A partir de então, ele e suas forças malignas passaram a governar o mundo. Conforme veremos a seguir, muitos fatores revelam essa terrível transição.

A Negação da Revelação Divina

O reinado de Satanás sobre o mundo tem ocorrido de forma invisível, incentivando o surgimento de cosmovisões e filosofias contrárias à verdadeira realidade.
O diabo tinha autoridade para oferecer o domínio sobre o sistema do mundo a quem ele quisesse, inclusive a Jesus Cristo, pois essa autoridade lhe tinha sido entregue por Adão (veja Lc 4.5-6). Foi por isso que Jesus chamou Satanás de “príncipe[literalmente, governador] do mundo” (Jo 14.30). João disse que o mundo inteiro jaz no maligno (1 Jo 5.19) e Tiago declara que todo aquele que é amigo do atual sistema mundano é inimigo de Deus (Tg 4.4).
Até este ponto de nossa história, o reinado de Satanás sobre o mundo tem ocorrido de forma invisível. Trata-se de um domínio espiritual que incentiva o surgimento de cosmovisões e filosofias contrárias à verdadeira realidade. As Escrituras nos ensinam que, no futuro, Satanás irá tentar converter esse domínio espiritual e invisível em um reino político, visível e permanente – dominando o mundo inteiro. Para alcançar seu objetivo, Satanás precisa induzir a humanidade a buscar a unificação sob um governo mundial. Ele também tem de condicionar o mundo a aceitar um governante político supremo que terá poderes únicos e fará grandes declarações a respeito de si mesmo.
Utilizando-se da tendência secular e humanista da Renascença e de algumas ênfases propagadas pelo Iluminismo, o diabo conseguiu minar a fé bíblica de porções importantes do protestantismo e também determinadas crenças do catolicismo romano e da Igreja Ortodoxa. O resultado foi que, no final do século XIX e no início do século XX, o mundo começou a ouvir que a humanidade nunca havia recebido a revelação divina da verdade.
No entanto, o único modo pelo qual a existência de Deus, Sua natureza, idéias, modos de agir, ações e relacionamento com o Universo, com a Terra e com a humanidade podem ser conhecidos é através da revelação divina da verdade. Por isso, a negação dessa revelação fez com que durante o século XX muitas pessoas concluíssem que o Deus pessoal, soberano e criador descrito na Bíblia não existe; ou, se existe, que Ele é irrelevante para o mundo e para a humanidade.
Essa negação da revelação divina da verdade resultou em mudanças dramáticas, que tiveram graves conseqüências na sociedade e no mundo. Em primeiro lugar, ela levou muitas pessoas ao desespero. Deus criou os seres humanos com a necessidade de terem um relacionamento pessoal com Ele, para conhecerem o sentido e propósito supremos desta vida. A declaração de que Deus não existe ou é irrelevante provocou um vazio espiritual dentro das pessoas. Esse vazio levou ao desespero e à extinção da perspectiva de alcançar o sentido e propósito supremos desta vida. Satanás, então, ofereceu a bruxaria, o espiritismo, o satanismo, outras formas de ocultismo, a astrologia, o misticismo oriental, os conceitos da Nova Era, as drogas, algumas formas de música e outros substitutos demoníacos para preencher esse vazio e fazer com que as pessoas sejam influenciadas por ele.

A Negação dos Absolutos Morais

A declaração de que Deus não existe ou é irrelevante provocou um vazio espiritual dentro das pessoas.
A negação da revelação divina da verdade resultou também na negação dos absolutos morais. O argumento mais usado é: se os padrões morais não foram revelados por um Deus soberano que determinou que os indivíduos são responsáveis por suas ações, então os absolutos morais tradicionalmente aceitos foram criados pela humanidade. Assim sendo, uma vez que a humanidade é a fonte desses absolutos, ela tem o direito de rejeitar, mudar ou ignorá-los.
O resultado dessa racionalização falaciosa é que a sociedade acabou testemunhando uma tremenda decadência moral. Ela passou a rejeitar a idéia de que apenas as relações heterossexuais e conjugais são moralmente corretas, passando a desprezar e ameaçar cada vez mais os que defendem essa idéia. Movimentos estão surgindo em todo o mundo para redefinir legalmente o conceito de matrimônio e para forçar a sociedade a aceitar essa nova idéia, a abolir ou reestruturar a família e proteger a propagação da pornografia.
O assassinato de seres humanos parcialmente formados (aborto) já foi legalizado em muitos países. Algumas pessoas ainda insistem em dizer que não existe questão moral nenhuma envolvida no suicídio assistido, na clonagem humana e na destruição de embriões humanos em nome da pesquisa de células-tronco. O assassinato e a mentira passaram a ser aceitos como norma. Essa falência moral ameaça as próprias bases da nossa sociedade.

A Negação da Verdade Objetiva e de Seus Padrões

A negação da revelação divina da verdade resultou na conclusão de que não existe uma verdade objetiva que seja válida para toda a humanidade. Cada indivíduo seria capaz de determinar por si mesmo o que é a verdade. Assim sendo, aquilo que é verdade para uma pessoa não é, necessariamente, verdadeiro para outra. A verdade passou a ser algo subjetivo e relativo.
A racionalização nos levou à conclusão de que não há padrão objetivo pelo qual uma pessoa seja capaz de avaliar se algo está certo ou errado. Agora ninguém mais pode dizer legitimamente a outra pessoa que algo que ela está fazendo é errado. Seguindo essa racionalização, nunca se deve dizer a outra pessoa que seu modo de vida é errado, mesmo que, vivendo dessa maneira, ela possa morrer prematuramente. Também não será permitido que alguém diga a um adolescente que o sexo não deve ser praticado antes do casamento. Afinal de contas, ninguém tem o direito de impor seus conceitos de certo ou errado sobre os outros.
Essa negação da verdade objetiva e do padrão objetivo de certo e errado é propagada através de uma “redefinição de valores” promovida por escolas, por universidades, pela mídia, pela internet, por várias publicações, por alguns tipos de música e pela indústria do entretenimento como um todo. Algumas universidades, inclusive, já adotaram uma política que abafa qualquer expressão do que é certo ou errado por parte de seus alunos e professores. Esse tipo de atitude resulta em censura e intolerância.
A negação da verdade objetiva e dos padrões objetivos de certo e errado motivaram alguns a defenderem que os pais devem ser proibidos de bater nos filhos quando estes fizerem algo que os pais acreditam ser errado.

A Redefinição da Tolerância

Satanás ofereceu a bruxaria, o espiritismo, o satanismo, outras formas de ocultismo, a astrologia, o misticismo oriental, os conceitos da Nova Era, as drogas, algumas formas de música e outros substitutos demoníacos para preencher o vazio espiritual e fazer com que as pessoas sejam influenciadas por ele.
Isso tudo também resultou em um movimento que visa forçar a sociedade a aceitar um novo conceito de tolerância. A visão histórica da tolerância ensinava que as pessoas de opiniões e práticas diferentes deveriam viver juntas pacificamente. Cada indivíduo tinha o direito de acreditar que a opinião ou prática contrária à sua estava errada e podia expressar essa crença abertamente, mas não podia ameaçar, aterrorizar ou agredir fisicamente aqueles que discordavam dele.
Porém, a tolerância passou por uma redefinição. O novo conceito diz que acreditar ou expressar abertamente que uma opinião ou prática de uma pessoa ou de um grupo é errada equivale a um “crime de ódio” e, portanto, deve ser punido pela lei. Grupos poderosos estão pressionando o Congresso americano, por exemplo, para fazer com que esse novo conceito torne-se lei. Isso ocorrerá se for aprovado o que passou a ser conhecido como “lei anti-ódio”. Uma vez que nos EUA já existem leis contra ameaças ou prejuízos físicos causados a pessoas ou grupos de opiniões e práticas distintas, é óbvio que o objetivo desse projeto é tornar ilegal a liberdade de crença e de expressão. Se esse projeto for aprovado, os EUA passarão a ser mais um Estado totalitário, comparado àqueles que adotaram a Inquisição e o comunismo. [Tendências semelhantes se verificam na maior parte dos países ocidentais – N.R.]
Já que o mundo foi levado a acreditar que não há verdade objetiva válida para toda a humanidade e nenhum padrão objetivo que sirva para verificar se algo está certo ou errado, cada vez mais defende-se a idéia de que todos os deuses, religiões e caminhos devem ser aceitos com igualdade. Por isso, todas as tentativas de converter pessoas de uma religião para outra devem ser impedidas e as afirmações de que existe apenas um Deus verdadeiro, uma religião verdadeira e um único caminho para o céu são consideradas formas visíveis de preconceito. O pluralismo religioso está se tornando lugar-comum hoje em dia.
Se não há nenhum padrão objetivo para determinar o certo e o errado, então qual base uma sociedade ou um indivíduo pode usar para concluir que matar é errado? Isso incluiu os assassinatos praticados por médicos que fazem abortos ou os massacres provocados por psicopatas em escolas e em lugares públicos? Pois, talvez alguns desses atos violentos sejam resultantes do fato de seus autores terem concluído que, se não existe um padrão objetivo para determinar o que é certo e o que é errado, para eles é correto assassinar.
Se essa espécie de lei anti-ódio for aprovada, ela terá conseqüências drásticas. As pessoas que virem esse tipo de lei sendo posta em prática acreditarão que esse é o caminho correto. Mas, durante as campanhas eleitorais e nas sessões legislativas, os políticos poderão fazer acusações uns aos outros ou dizer que as ações dos seus oponentes são erradas?

O Desejo de Unidade

A negação da revelação divina da verdade gerou uma crescente convicção de que o objetivo da humanidade deve ser a unidade. O Manifesto Humanista II diz:
Não temos evidências suficientes para acreditar na existência do sobrenatural. Trata-se de algo insignificante ou irrelevante para a questão da sobrevivência e satisfação da raça humana. Por sermos não-teístas, partimos dos seres humanos, não de Deus, da natureza, não de alguma deidade.[1]
O argumento prossegue:
Não somos capazes de descobrir propósito ou providência divina para a espécie humana... Os humanos são responsáveis pelo que somos hoje e pelo que viermos a ser. Nenhuma deidade irá nos salvar; devemos salvar a nós mesmos.[2]
À luz do pensamento de que a salvação da destruição total depende da própria humanidade, o Manifesto continua:
Repudiamos a divisão da humanidade por razões nacionalistas. Alcançamos um ponto na história da humanidade onde a melhor opção é transcender os limites da soberania nacional e andar em direção à edificação de uma comunidade mundial na qual todos os setores da família humana poderão participar. Por isso, aguardamos pelo desenvolvimento de um sistema de lei e ordem mundial baseado em um governo federal transnacional.[3]
O assassinato de seres humanos parcialmente formados (aborto) já foi legalizado em muitos países.
Finalmente, o documento declara:
O compromisso com toda a humanidade é o maior compromisso de que somos capazes. Ele transcende as fidelidades parciais à Igreja, ao Estado, aos partidos políticos, a classes ou raças, na conquista de uma visão mais ampla da potencialidade humana. Que desafio maior há para a humanidade do que cada pessoa tornar-se, no ideal como também na prática, um cidadão de uma comunidade mundial?[4]
A existência de instituições internacionais, como a Corte Internacional de Justiça e as Nações Unidas, os meios de transporte rápidos, a comunicação instantânea e a internacionalização crescente da economia fazem com que a formação de uma comunidade mundial unificada pareça ser possível. O tremendo aumento da violência, incluindo a ameaça de terrorismo que paira sobre todo o mundo, pode levar a civilização a uma governo mundial unificado em nome da sobrevivência.

A Deificação da Humanidade

A negação da revelação divina da verdade criou uma tendência em deificar-se a humanidade. Thomas J. J. Altizer, um dos teólogos protestantes do movimento “Deus está morto” da década de 60, alegava que, uma vez que a humanidade negou a existência de um Deus pessoal, ela deve alcançar sua auto-transcendência como raça, algo que ele chamava de “deificação do homem”.[5] O erudito católico Pierre Theilhard de Chardin ensinava que o deus que deve ser adorado é aquele que resultará da evolução da raça humana.[6]
Com tais mudanças iniciadas com a negação da revelação divina, Satanás está seduzindo o mundo para que caminhe em direção à unificação da humanidade. Ela ocorrerá quando todos estiverem sob um governo mundial único que condicionará o planeta a aceitar seu líder político máximo, o Anticristo, o qual terá poderes únicos e alegará ser o próprio Deus.(Renald E. Showers - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

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