WebRádio Nova Esperança

Image and video hosting by TinyPic

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Como Deus Faz História

Quando Jesus nasceu, cumpriram-se literalmente inúmeras profecias feitas séculos antes. O Antigo Testamento está repleto de indicações da primeira vinda de Cristo. Com o Seu nascimento, as promessas da Palavra de Deus se fizeram História. O mais admirável, entretanto, é a maneira como Deus faz Sua Palavra tornar-se real e Suas profecias transformarem-se eventos históricos: muitas vezes Ele usa as atitudes profanas das pessoas e as circunstâncias políticas da época para concretizar Seus planos. A Bíblia nos traz muitos exemplos nesse sentido. Destacaremos três, salientando lugares relacionados com o nascimento e a infância de Jesus.
Belém.

1. Jesus deveria nascer em Belém

Por volta de 700 anos antes de Cristo viveu o profeta judeu Miquéias, que predisse acerca do aparecimento do Messias de Israel: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2).
Aquele que tem origens eternas, e que age desde sempre, viria a nascer em um lugar pré-definido e específico, que era Belém, pequeno e insignificante lugarejo na Judéia. Caso a anunciação do nascimento do Rei de Israel se referisse a Jerusalém nada haveria de extraordinário, uma vez que os reis normalmente nascem na capital do reino. Porém, com muitos séculos de antecipação, um lugar sem representatividade foi destacado entre os milhares de Judápara ser o local do nascimento do Rei que viria, o que era algo muito especial. Praticamente todo cidadão de Israel conhecia essa passagem das Escrituras que afirmava que um dia o Messias viria de Belém. Por isso, quando Herodes perguntou onde nasceria o rei dos judeus, os entendidos na Lei puderam lhe fornecer imediatamente o nome do lugar onde deveria nascer o Prometido segundo as profecias: “Então, convocando [Herodes] todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: [em Miquéias 5.2] E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel” (Mt 2.4-6).
Entretanto, em relação a essa profecia havia um problema, e este não era pequeno: Maria e José não viviam em Belém, mas em Nazaré (Lc 1.26), e aparentemente não planejavam se mudar para Belém. Deus não enviou um anjo para lhes dizer: “Querido José, querida Maria, vocês não sabem que o Messias deve nascer em Belém? Vocês não sabem que a Palavra de Deus precisa se cumprir e Seu Filho não pode nascer em Nazaré? Levantem! Ponham-se a caminho para que se cumpra a palavra do Senhor falada através do profeta Miquéias!”
Não foi o que aconteceu. O imperador César Augusto tomou uma decisão política em Roma, bem longe de Israel e sem ter a mínima noção das profecias bíblicas – decretando um recenseamento do povo. Essa decisão política obrigou José, juntamente com Maria, que estava no final da gravidez, a irem até Belém para se registrarem no censo populacional. Em Lucas 2.4 lemos que José era “da casa e família de Davi”. Portanto, era em Belém (a “cidade de Davi”) que ele tinha de se registrar. Chegando lá, Maria logo deu à luz ao Filho de Deus. É o que podemos chamar de “tempo de Deus”! O Senhor, em Sua onisciência e onipotência, usou a política secular e um de seus líderes para fazer cumprir Suas profecias e para concretizar as previsões de Sua Palavra.
A Bíblia não apenas profetiza que Cristo nasceria em Belém mas também diz que Ele viria do Egito.

2. Jesus viria do Egito

A Bíblia não apenas profetiza que Cristo nasceria em Belém mas também diz que Ele viria do Egito. No oitavo século antes de Cristo, outro profeta anunciava em Israel a respeito do vindouro Messias: “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho” (Os 11.1). Os comentaristas judeus aplicavam essa profecia a Israel e ao Messias, o que se torna bem evidente conhecendo o contexto do Novo Testamento. Mas como ela se cumpriu, como foi que Jesus, ainda menino, veio do Egito? A maioria de nós conhece a história da matança dos meninos judeus em Belém ordenada pelo infanticida rei Herodes, que via seu trono ameaçado pelo nascimento de Jesus. A Bíblia diz a esse respeito: “Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar. Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe e partiu para o Egito; e lá ficou até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta[em Os 11.1]: Do Egito chamei o meu Filho” (Mt 2.13-15).
Os planos cruéis, egoístas e assassinos de um político mundano acabaram contribuindo para que a Palavra se cumprisse. Herodes pensava que aniquilaria os planos divinos, mas sua maldade apenas contribuiu para que as profecias se cumprissem literalmente.
O nome “Nazaré” origina-se da raiz hebraica “nezer”, que significa “broto”, “renovo” ou “ramo”. O profeta Zacarias anunciou o seguinte, 520 anos antes de Cristo, acerca do Messias de Israel: “E dize-lhe: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do Senhor” (Zc 6.12).

3. Jesus, o Nazareno

Segundo minha contagem, Jesus é chamado de “Nazareno” pelo menos 18 vezes no Novo Testamento. Ele era conhecido como “Jesus de Nazaré”, pois tinha vivido ali por muitos anos. Quando morreu na cruz, sobre Sua cabeça estava afixada uma placa que dizia: “Este é Jesus de Nazaré, o Rei dos judeus”. O nome “Nazaré” origina-se da raiz hebraica “nezer”, que significa “broto”, “renovo” ou “ramo”. O profeta Zacarias anunciou o seguinte, 520 anos antes de Cristo, acerca do Messias de Israel: “E dize-lhe: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do Senhor” (Zc 6.12). “Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens de presságio; eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo” (Zc 3.8). Jeremias proclamou o mesmo 80 anos antes de Zacarias: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, a agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5).
Quando Jesus veio, Ele foi o “Nazareno”, o “Renovo” do qual falavam as profecias. Mas como Jesus não apenas nasceu em Belém sem que seus pais residissem ali, veio do Egito por razões inacreditáveis e ainda pode ser chamado de Nazareno? Porque mais tarde Ele morou em Nazaré, confirmando uma vez mais as profecias, mostrando que elas se cumprem por razões às vezes bastante profanas. Herodes havia morrido, e José ainda vivia com Maria e o menino no Egito quando, através de um anjo, recebeu ordens de retornar à terra de Israel. Era óbvio que José desejava retornar à sua terra com sua família, mas quando ficou sabendo que Arquelau reinava no lugar de seu pai, ficou com medo. Arquelau era um dominador de triste fama e muito cruel, que os romanos suportaram por apenas dois anos e depois o depuseram. Na realidade, quem deveria assumir o trono de Herodes na Judéia era outro de seus filhos, mas por um capricho pessoal, Herodes mudou seu testamento pouco antes de morrer e colocou Arquelau no poder. Para não se submeter ao seu domínio, José foi viver na Galiléia, na cidade de Nazaré, que estava subordinada a outro governante: “Tendo Herodes morrido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e disse-lhe: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino. Dispôs-se ele, tomou o menino e sua mãe e regressou para a terra de Israel. Tendo, porém, ouvido que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e, por divina advertência prevenido em sonho, retirou-se para as regiões da Galiléia. E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno” (Mt 2.19-23).
Vista de Nazaré.
Esses três exemplos mostram muito claramente que nada nem ninguém pode impedir ou barrar os planos de Deus. Não há falha humana, manobra política, crueldade, capricho ou força da natureza que impossibilitem Deus de concretizar Seus propósitos. Nada impedirá que Jesus volte cumprindo Suas promessas a Israel. Os acontecimentos proféticos, cujo desenrolar vemos em nossos dias, culminarão na volta de Cristo e mostram que ela está se aproximando. Todos os fatos que acontecem no mundo são dirigidos por Deus de tal forma que acabarão servindo para que os Seus desígnios se realizem e para que Jesus venha a este mundo como o Rei e Messias. Jesus voltará cumprindo muitas profecias que ainda não se realizaram, pois muitas delas dizem respeito diretamente a Sua volta em poder e glória e à restauração de Israel, predita tantas vezes e por tanto tempo! Israel já retornou à sua própria terra depois de um longo tempo de dispersão (Diáspora), quando havia judeus espalhados pelo mundo todo. Até o terrível Holocausto acabou servindo à causa judaica, pois acelerou a fundação do Estado de Israel e permitiu que mais judeus voltassem à sua pátria. Quase todas as nações votaram em favor de Israel nessa ocasião, pois estavam chocadas com o que havia acontecido aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial nas mãos dos nazistas. Apenas três anos depois do final da guerra, os judeus já possuíam seu próprio Estado. No entanto, a luta, atual e futura, dos inimigos contra Israel e contra Jerusalém é predita nas profecias, e precisa acontecer. A Bíblia fala de uma unidade mundial política, religiosa e econômica que acabará se opondo a Israel. Hoje vemos que todos os esforços políticos acontecem em função desse desejo de globalização. A Palavra de Deus se cumpre sempre. Alegremo-nos por isso! (Norbert Lieth - http://www.beth-shalom.com.br)
Muitas pessoas evitam pensar sobre a eternidade. Isso ocorre até com as que refletem a respeito da morte. A eternidade é um assunto que costuma ser colocado de lado. Quando criança, a atriz americana Drew Barymoore representou um dos papéis principais no filme "E.T. – O Extra-Terrestre". Hoje ela está com quase trinta anos e afirmou há algum tempo: "Se eu morrer antes do meu gato, dêem-lhe minhas cinzas para comer. Assim, pelo menos vou continuar vivendo através dele". A ingenuidade e ignorância a respeito da morte realmente são assustadoras!
No tempo de Jesus muitas pessoas vinham a Ele, e quase sempre suas preocupações eram de caráter terreno:
• Dez leprosos queriam ser curados (Lc 17.13).• Cegos queriam voltar a enxergar (Mt 9.27).• Alguém precisava de ajuda numa questão de herança (Lc 12.13-14).• Os fariseus vieram perguntar se deviam ou não pagar impostos ao imperador (Mt 22.17).
Poucas pessoas foram falar com Jesus para saber como ir para o céu. Um jovem rico procurou-O perguntando: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" (Lc 18.18). Jesus disse o que ele deveria fazer: vender tudo o que tinha e segui-lO. Como o jovem era muito rico, não atendeu o conselho de Jesus e perdeu a chance de entrar no céu. Também havia pessoas que nem estavam à procura do céu mas, ao terem um encontro com Jesus, aprenderam acerca da vida eterna, e imediatamente aproveitaram a oportunidade.
Zaqueu ansiava apenas ver a Jesus, mas obteve muito mais do que esperava. No final da visita do Senhor à sua casa, Zaqueu encontrou o caminho para o céu. Jesus afirmou: "Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão" (Lc 19.9).
Como alcançamos o céu?
Depois do que vimos, podemos afirmar:
– Alcança-se o reino do céu num dia determinado. É bom saber disso, pois você, prezado leitor, também pode receber hoje a vida eterna junto a Deus.– Ganhar o céu não tem relação alguma com qualquer mérito pessoal.– O reino dos céus pode ser alcançado sem preparo prévio.
Quando não estão baseadas no que Deus diz, nossas próprias idéias sobre como chegar ao céu são absolutamente falsas. Veja estes exemplos de conceitos errados: em uma de suas canções, uma intérprete de música popular alemã fez referência à história de um palhaço que tinha deixado o circo após muitos anos de trabalho: "Com certeza ele vai entrar no céu porque trouxe alegria para muitas pessoas", dizia a letra. Uma senhora nobre e muito rica mandou construir um abrigo onde vinte mulheres pobres podiam viver gratuitamente. Mas ela impôs uma condição: que essas mulheres rezassem pela salvação da sua alma durante uma hora por dia.
O que realmente nos leva para o céu? Para responder essa pergunta de maneira clara e precisa, Jesus nos contou uma parábola. No Evangelho de Lucas (14.16), Ele fala de um homem [simbolizando Deus] que preparou uma grande festa [simbolizando o céu] e mandou convidar muitas pessoas. As desculpas foram frustrantes: "todos... começaram a escusar-se. Disse o primeiro: Comprei um campo e preciso ir vê-lo... Outro disse: Comprei cinco juntas de bois... E outro disse: Casei-me e, por isso, não posso ir". Jesus encerrou a parábola com a sentença do anfitrião:"Porque vos declaro que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia" (Lc 14.24).
Ganhar o céu não tem relação alguma com qualquer mérito pessoal.
Esse exemplo mostra que é possível ganhar o céu ou perdê-lo. O que decide a questão é aceitar ou rejeitar o convite. Poderia existir uma maneira mais fácil? Certamente não! Muitas pessoas não ficarão fora do céu por não terem conhecido o caminho que leva até lá, mas por terem rejeitado o convite que Deus lhes fez.
Não devemos seguir o que fizeram os três convidados da parábola, que deram desculpas para não comparecer à festa! Ela deixou de ser realizada por causa disso? É claro que não! Depois de ouvir as recusas de seus convidados de honra, o dono da casa mandou convites para todos. Dessa vez os convites não foram sofisticados. Os novos convidados ouviram uma convocação singela: "Venham!" Todos que aceitaram o convite tiveram lugar garantido na festa. E o que aconteceu? Os convidados apareceram? Sim, as pessoas vieram em massa! Após algum tempo, o dono da casa ficou sabendo que ainda havia lugares vazios. Então ele disse a seu servo: "Saia novamente! Continue a convidar!"
Vamos comparar essa parábola à nossa vida, pois ela tem muitos paralelos com a situação em que vivemos. Ainda há lugares vazios no céu, e Deus diz a você: "Venha, e tome o seu lugar no céu! Seja sábio. Faça sua reserva para a eternidade. Faça-a ainda hoje!"
O céu é de uma beleza inconcebível. Por isso, o Senhor Jesus compara-o com uma festa. A Primeira Carta aos Coríntios (2.9) diz: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam". Não há nada, absolutamente nada nesta terra, que possa ser comparado ao céu, tamanha é sua beleza! De maneira alguma devemos perder a chance de ir para o céu, pois ele é precioso demais! Alguém nos abriu a porta: foi Jesus, o Filho de Deus! É graças a Ele que temos acesso à eternidade. Agora a decisão é nossa. Só quem for ignorante como os homens da parábola deixará de aceitar o convite.
A salvação acontece através do Senhor Jesus
Em Atos 2.21 lemos algo muito importante: "E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". Essa é a verdade suprema do Novo Testamento. Quando estava na prisão em Filipos, Paulo resumiu o essencial nas poucas palavras que falou ao carcereiro: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e tua casa" (At 16.31). Essa mensagem é curta mas tem poder decisivo e transformador para quem a aceita. Naquela mesma noite o carcereiro se converteu.
Do que Jesus nos salva? Precisamos saber que Jesus nos salva do caminho que acaba na perdição eterna, no inferno. A Bíblia diz que os homens viverão eternamente – ou no céu, ou no inferno. Um desses lugares é maravilhoso, o outro é horrível. Não existe um terceiro lugar. Após a morte, ninguém mais dirá que tudo acabou quando fechou seus olhos aqui na terra. Nosso destino eterno é decidido pela nossa atitude diante de Jesus. A nossa eternidade depende de uma só pessoa, Jesus Cristo – e do nosso relacionamento com Ele!
Inferno de verdade
Por ocasião de uma viagem de conferências pela Polônia visitamos o campo de concentração de Auschwitz, que foi palco das piores atrocidades durante o Terceiro Reich. Entre 1942 e 1944 mais de 1,6 milhões de pessoas, na maioria judeus, foram assassinadas e incineradas nas suas câmaras de gás. A literatura fala do "Inferno de Auschwitz". Fiquei pensando sobre essa expressão quando os guias nos mostraram uma das câmaras de gás onde morriam 600 pessoas a cada vez. Auschwitz foi um horror inconcebível. Mas será que ali já era o inferno?
Nosso grupo de visitantes viu somente a câmara de gás vazia, agora fora de uso, pois felizmente o terror de Auschwitz acabou em 1944. Hoje o local é aberto à visitação pública. As câmaras de gás de Auschwitz tinham caráter temporário. O inferno da Bíblia é eterno.
Como o inferno é eterno – ao contrário de Auschwitz – nunca teremos a possibilidade de visitá-lo como se visita um lugar turístico, entrando e saindo quando quisermos. O inferno é para sempre.
No hall de entrada do museu de Auschwitz um desenho mostrando uma cruz com o corpo de Cristo chamou minha atenção. Com um prego, um dos prisioneiros havia riscado na parede sua mensagem de esperança no Jesus crucificado. Esse artista anônimo também morreu na câmara de gás, mas ele conhecia o Salvador Jesus. O lugar onde ele morreu era horrível, mas o céu estava aberto esperando-o. Quando alguém tiver chegado ao inferno, a respeito do qual o Senhor Jesus adverte tão insistentemente no Novo Testamento (Mt 7.13; Mt 5.29-30; Mt 18.8), não haverá chance de escapar. Como o inferno é eterno – ao contrário de Auschwitz – nunca teremos a possibilidade de visitá-lo como se visita um lugar turístico, entrando e saindo quando quisermos. O inferno é para sempre.
Mas o céu também é eterno. É para esse lugar que Deus quer nos levar. Por isso, aceite o convite. Invoque o nome do Senhor e faça ainda hoje sua reserva no céu! Depois de uma palestra, uma agitada senhora me questionou: "Será que é mesmo possível fazer reserva no céu? Isso parece uma agência de turismo!" Eu concordei: "Quem não faz reserva não chega lá. Se a senhora quiser ir ao Havaí, também vai precisar de uma passagem". Ela retrucou: "Mas é preciso pagar a passagem, não é?" – "Sim, é claro! A passagem para o céu também é paga, com a diferença de que nenhum de nós tem condições de arcar com seu preço. Ele é alto demais. Nosso pecado impede que cheguemos ao céu. Deus não admite pecado no céu. Quem quiser passar a eternidade com Deus precisa ser liberto do seu pecado enquanto vive aqui na terra. Essa libertação só pode acontecer através de alguém sem pecado – e essa pessoa é Jesus Cristo. Ele é o único que pode pagar o preço. E Ele o pagou com Seu sangue, através da sua morte na cruz". Agora, você deve estar se perguntando:
O que devo fazer para entrar no céu?
Deus estende o convite de salvação a todos. Muitas passagens da Bíblia nos convidam com insistência a obedecer ao chamado de Deus:
– "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita" (Lc 13.24).– "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 4.17).– "Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela" (Mt 7.13-14).– "Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado" (1 Tm 6.12).– "Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa" (At 16.31).
Esses são convites insistentes. Os textos bíblicos são sérios e determinados. Agimos com coerência quando respondemos ao convite de ir para o céu com uma oração mais ou menos como esta:
Senhor Jesus, hoje eu li que só posso chegar ao céu através de Ti. Quero estar contigo no céu. Por isso, salva-me do inferno, que eu mereço por causa de todos os pecados que cometi. Sei que me amas, que morreste na cruz por mim e pagaste pelos meus pecados. Tu conheces todos os meus pecados – desde a minha infância. Conheces todos os que lembro e os que já esqueci. Sabes o que move o meu coração. Sou como um livro aberto diante de Ti. Assim como sou, não posso entrar no céu. Peço-te: perdoa meus pecados. Do fundo do meu coração, lamento por tudo de errado que fiz na vida. Entra em meu coração, restaura minha vida e renova-me completamente. Dá-me forças para deixar tudo o que não é certo e transforma meu modo de viver. Ajuda-me a entender a Tua Palavra, a Bíblia. Faze-me compreender o que queres me falar e dá-me um coração obediente para que eu faça o que Te agrada. De agora em diante, serás o meu SENHOR. Quero Te seguir. Mostra-me o que devo fazer em todas as áreas da minha vida. Agradeço por ouvires e atenderes minha oração. Agradeço por ser Teu filho e pela certeza de um dia estar contigo no céu. Amém. (Werner Gitt -http://www.chamada.com.br)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

As Profecias Num Relance

Profecias que já foram cumpridas

Israel

  • Abraão e Sara teriam um filho chamado Isaque (Gn 15.4-6; Gn 17.17-19; Gn 18.9-15). Cumprida literalmente (Gn 21.1-5; Hb 11.17-19).
  • Jacó e Esaú: o mais velho serviria ao mais novo (Gn 25.23). Cumprida literalmente (vv.30-34; Gn 27.1-46).
  • Escravidão no Egito, seguida de libertação e grande recompensa (Gn 15.13-14; Gn 46.1-4). Cumprida literalmente (Êx 5.1-14.31).
  • A Tribo de Judá governaria (Gn 49.10). Cumprida literalmente através do rei Davi (1Sm 16.1-13).
  • Remoção da terra por causa de pecado (Dt 28.15-68). Cumprida literalmente: cativeiro na Assíria, 722 a.C.; cativeiro na Babilônia, 586 a.C.
  • Problemas de Davi devido ao pecado com Bate-Seba (2Sm 11.1-12.11). Cumprida literalmente: Amnom estupra Tamar (2Sm 13.1-39); Absalão mata Amnom (vv.28-30); Absalão se rebela e morre (2Sm 14.1-18.33).
  • O reino seria dividido devido ao pecado de Salomão (1Rs 11.29-40). Cumprida literalmente (1Rs 12.16-24).
  • Julgamento de Jeroboão; nomeação de Josias (1Rs 13.1-5). Cumprida literalmente 300 anos mais tarde (2Rs 23.15-20).
  • O cativeiro duraria 70 anos; o retorno seria sob o governo de Ciro (Is 44.21-28; Is 45.1,5; Jr 25.11-12). Cumprida literalmente (Ed 1; Dn 9.2).

As Nações*

  • Síria (Damasco): Destruição por meio do fogo (Am 1.3-5). Cumprida literalmente: a Assíria arrasa Damasco em 732 a.C. (2Rs 16.7-9).
  • Filístia (terra dos filisteus): Punição por vender o povo judeu à escravidão (Am 1.6-8). Cumprida literalmente: a Babilônia destrói as cidades dos filisteus (2Cr 26.6).
  • Tiro (Fenícia): Punição por quebrar os votos e entregar o povo judeu a Edom (Am 1.9-10). Cumprida literalmente: Alexandre, o Grande, derrota a fortaleza da ilha em 322 a.C.
  • Edom: Punição por causa da crueldade e do ódio ao povo judeu (Jr 49.15-20; Ez 25.12; Am 1.11-12; Ob 10). Cumprida literalmente: Roma conquista os nabateus no ano 106 a.C.; no século IV, Petra fica desabitada.
  • Amom: Punição por seus freqüentes ataques às fronteiras, tortura de mulheres e morte de crianças antes de seu nascimento (Am 1.13-15). Cumprida literalmente: a Assíria destrói Amom em 732 a.C.
  • Babilônia: Seria capturada por medos e persas (Is 21.1-9; Jr 25.11-12; Jr 51.1,7-14). Cumprida literalmente em 539 a.C. (Dn 5.25-30).

Profecias que serão cumpridas

Israel

  • O povo judeu retorna à sua terra, vindo dos países para onde havia sido levado (Jr 16.14-15; Jr 23.7-8; Jr 24.6).
  • O Anticristo promete a Israel sete anos de paz (Dn 9.27).
  • O Anticristo desencadeia terrível perseguição contra Israel (Dn 7.24-25; Mt 24.21; Ap 12.13).
  • Israel foge para o deserto em busca de proteção (Ap 12.6,14).
  • Israel volta para Deus de todo o seu coração (Jr 24.7; Zc 12.10-13.1).
  • O Senhor Retorna. Ele defende Seu povo e destrói seus inimigos (Zc 9.14-17; Zc 12.1-9; Zc 14.3-5; Ap 19.17-21).
  • O Rei Messias governa sobre o novo Reino Davídico (Is 9.7; 11.1-5; Jr 23.5-6; Jr 33.14-17).
  • Israel recebe uma porção dobrada de bênçãos em sua terra (Is 61.7).
  • O lobo habita junto com o cordeiro, e o leão come palha no Reino Messiânico (Is 11.6-9; Is 65.25).
  • Israel habita em paz e segurança em sua Terra Prometida (Jr 23.6).
  • Israel guia os gentios em louvor ao Deus de Israel (Is 61.6; Zc 8.23).

As Nações

  • A Rússia, o Irã, a Líbia, a Etiópia (hoje o Sudão) e outras nações atacam Israel (Gogue e Magogue, Ez 38-39).
  • O Anticristo surge do Império Romano reavivado (Dn 7.7-8; Ap 13.1-2).
  • Os juízos dos selos, das trombetas e dos flagelos (Ap 6.1-12; Ap 8.1-9.21; Ap 11.15; Ap 15.5-16.21).
  • O Anticristo exige adoração e engana o mundo (Dn 11.36-37; 2Ts 2.3-4; Ap 13.2,4,8).
  • Os sistemas comerciais e os falsos sistemas religiosos do mundo são destruídos (Ap 17-18).
  • As nações vêm a Armagedom. O Senhor Retorna. Ele derrota o Anticristo e Satanás (Jl 3.9-16; Zc 14.2-4; Ap 19.11-20).
  • As nações são julgadas com base no tratamento que deram ao povo judeu (Mt 25.31-46).
  • Os gentios são abençoados no Reino Messiânico Milenar (Is 11.10; Is 42.1; Is 49.1; Is 66.12,19).
  • O Egito, a Assíria e Israel são bênçãos (Is 19.23-25).
  • O Julgamento do Grande Trono Branco. Todo joelho se dobrará diante do Messias, Jesus, e todos confessarão que Ele é o Senhor (Fp 2.10-11; Ap 20.11-15).

A Igreja

  • Livrada da Tribulação (o Tempo da Angústia de Jacó) por meio do Arrebatamento (Jo 14.2-3; 1 Ts 4.13-18; Ap 3.10.
  • Os crentes recebem corpos ressurretos como o de Cristo e O vêem fisicamente (1Co 13.12; 1Co 15.52; 1Jo 3.2-3).
  • Trono do Julgamento de Cristo; recebimento de recompensas; ceia das Bodas do Cordeiro (Rm 14.10; 1Co 3.12-15; 2Co 5.10; Ap 19.9).
  • O Senhor retorna. Os santos vêm com Ele e Ele prende Satanás por 1.000 anos (Zc 14.5; Ap 20.1-3).
  • Os santos reinam e governam com o Messias no Reino Messiânico (2Tm 2.12; Ap 20.4-6).
  • Os santos julgam os anjos (1Co 6.3).
  • No final dos 1.000 anos, após uma breve rebelião de Satanás, todos os redimidos, de todos os tempos, judeus e gentios, entram na eternidade, onde estarão diante do Senhor nos novos céus e na nova terra, para sempre (Is 66.22; Ap 21.1-7).
  • Nunca mais chorarão, nunca mais morrerão, nunca mais serão separados de seus amados (Ap 7.17; Ap 21.4).
Maranata! Vem, Senhor Jesus!
Explicação: Esta lista é uma sinopse extremamente resumida das profecias. Ela mostra que Deus prediz o futuro e sempre faz exatamente o que diz – em 100% das vezes.
*A informação nesse item vem do livro The Ruin and Restoration of Israel [A Ruína e a Restauração de Israel], de David M. Levy.
Disse Deus: ‘Eu sou o Senhor, este é o meu nome (...). Eis que as primeiras predições já se cumpriram, e novas coisas eu vos anuncio; e, antes que sucedam, eu vô-las farei ouvir‘ (Is 42.8-9). ‘Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome‘ (Jo 20.31). (Thomas Simcox - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013


Uma das marcas mais tristes que podemos identificar nos últimos dias, está contida nas palavras de Jesus em Mateus 24, quando Ele declara expressamente:

12 E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. 13 Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. 14 E será pregado este Evangelho do Reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.

Veja pelo contexto que Sua declaração acerca do amor esfriar fala especificamente aos que crêem. Não podemos esfriar se não estivemos quentes antes.
É óbvio que podemos ver o amor esfriando no mundo ao nosso redor também, mas, como Ele estava falando com discipulos, e, Ele fala claramente sobre a perseverança para salvação, fica claro que Ele esta falando sobre os que crêem, ou seja, nós!
E como cumprimento de Suas palavras, cada vez mais, ao longo dos nossos dias, percebemos cristãos fraquejando em seus posicionamentos de fé. 
Em primeiro lugar por que, para muitos, a mensagem da salvação pela fé foi reduzida quase que apenas para a conquista de bens materiais, como se fosse esta a síntese do evangelho. 
Ter, adquirir, possuir, bens materiais. 
Não que isto esteja em desacordo com a Palavra de Deus, muito pelo contrário.
Temos muitas promessas, ensino e testemunhos sobre prosperidade.
A Bíblia também é um livro sobre prosperidade! 
Mas, quando pessoas não conquistam o que pensavam que era da vontade de Deus para suas vidas, ou da “ vontade de seu pastor”, se escandalizam, esfriam, se afastam.
Como se Deus os tivesse traído. 
Por outro lado, muitos, não todos, quando conquistam alguma coisa, também vão embora, até precisarem receber uma nova graça, ou uma nova necessidade surgir.
Além disso, nestes últimos tempos, as provas estão ficando cada dia mais duras, e a vida tem se tornado mais e mais difícil, para aqueles que são genuinamente nascidos de novo.
E isso está absolutamente de acordo com as Palavras de Jesus, de que, entre outras coisas, aqueles que são seus, serão perseguidos nos últimos tempos, até um momento em que os cristãos da tribulação serão literalmente mortos.
Este sinal de perseguição já começamos a perceber até mesmo em países cristãos.
Foi tema de um post anterior.
Portanto, se você está passando por um momento dificil, apesar de ser um cristão genuíno, sincero, dedicado e fiel a Deus, saiba que não há necessariamente nada errado com você, e que você não é o único… e que isso embora difícil, nestes ultimos dias é NORMAL…
Veja o conteudo das palavras de Jesus para suas igrejas nos ultimos dias, em Apocalipse:

… a tua perseverança… Ap 2:2
Tens perseverança… Ap 2:3
… sê fiel até a morte … Ap 2:10
… não negaste a minha fé… Ap 2:13
… e a tua perseverança Ap 2:19
…o que tendes, retende-o até o fim Ap 2:25
Sê vigilante… Ap 3:2
… entretanto guardaste a minha palavra… Ap 3:8
… guardaste a palavra da minha perseverança… Ap 3:10
… guarda o que tens… Ap 3:11

Isso, sem contar que todas as 7 cartas terminam com a advertência: Ao que vencer…!
Todas as palavras estão focadas a incentivar-nos a manter, perseverar, e, alem disso, VENCER!
Além destas lutas, é inegável que as atrações da vida moderna cada vez mais distraem os que estão fracos em sua posição.
A indústria do entretenimento inova e revoluciona o lazer, e distrai pessoas que acreditam que o descanso que precisam vem da TV, cinema, internet ou outros meios…
Mas a Palavra do Senhor declara em Isaias 40:31 que “os que esperam no Senhor, renovam as suas forças”, ou ainda o convite de Jesus: “vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei… e achareis descanso para vossas almas”. 
Portanto, o verdadeiro descanso não esta no sistema do mundo, mas de Deus. 
E muitos caem nestas armadilhas de roubo de tempo com sua família e com Deus
E principalmente, enquanto se expõem de forma desarmada, sem preocupação alguma, de mente aberta, e desligada... recebem todo o tipo de informação maligna, disfarçada e apresentada em uma embalagem atraente no formato de um programa, novela ou um filme.
Tem aparência de algo inofensivo, mas trás uma mistura de valores do inferno, sedução, formatação subliminar da forma de pensamento dos que assistem. 
E mais, os que fazem isso, continuam sempre cansados, não é verdade?
E tem ainda menos tempo para ler a Bíblia e orar… nunca sobra tempo para isso!
Por ultimo, em busca de um avivamento que derreta este gelo, e que renove o interior, vemos, em diversos lugares, que há muito “fogo estranho” queimando.
O espírito que estava sobre Nadabe e Abiru em Números parece ter sido liberado sobre a igreja de Jesus nestes últimos dias. 
O Espirito Santo é O Único responsável pelo fogo… mas existe muita coisa estranha entrando na igreja. 
O verdadeiro avivamento vem pela Palavra e pelo arrependimento.
Não existe outra forma de avivamento que não tenha estes sinais.
A maior consequência é a transformação da vida ao redor daqueles que experimentam. 
Em Atos 2, os discípulos pareciam bêbados… mas havia tanto poder, que milhares se converteram ao Senhor.
Um avivamento genuino, NECESSARIAMENTE, tem que produzir TRANSFORMAÇÃO!
Lembre-se… estamos a caminho da apostasia, como nos revelou o Apóstolo Paulo:

II Tessalonicenses 2:1 Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos 2 a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. 3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição.

Portanto, de nossa parte, é tempo de buscarmos um genuino avivamento.
De perseverarmos nas Palavras de Jesus, buscando arrependimento profundo de nossos pecados e fútil procedimento.
É mesmo tempo de suportarmos tribulação, que virá.
Mais uma vez, precisamos manter nossa posição: Vigiai e orai!

Veja os sinais!

SHALOM!

Haroldo Maranhao

http://apocalipseem2010.blogspot.com.br/2010/03/o-amor-de-muitos-esfriara.html


A Herança Calvinista do Dispensacionalismo

O moderno dispensacionalismo sistemático chega à casa dos duzentos anos de expressão e desenvolvimento. Vivemos um momento em que o dispensacionalismo e alguns de seus conceitos têm sido propagados e adotados por grupos de diferentes tradições religiosas. Isso não é surpresa, pois nossa época se caracteriza pela anti-sistematização e pelo ecletismo na área do pensamento. Talvez a grande surpresa para alguns seja o fato de que o dispensacionalismo se desenvolveu e difundiu, durante os seus primeiros 100 anos, entre aqueles que se mantiveram na tradição calvinista reformada. Somente de 75 a 50 anos para cá é que o dispensacionalismo e algumas de suas convicções se propagaram, de modo significativo, fora da órbita do calvinismo.

Definições

Antes de prosseguirmos, preciso estabelecer definições funcionais do que quero dizer com calvinismo e dispensacionalismo. Em primeiro lugar, ao mencionar calvinismo me refiro, principalmente, ao sistema teológico relacionado à doutrina da graça ou calvinismo soteriológico. Incluem-se nessa categoria o calvinismo estrito e o modificado (i.e, o calvinismo de cinco pontos e o de quatro pontos, respectivamente). Refiro-me àquele aspecto do calvinismo que trata da natureza decaída do ser humano e da graça eletiva de Deus.
Em segundo lugar, ao mencionar dispensacionalismo, faço alusão ao sistema teológico desenvolvido por J. N. Darby que deu origem à sua moderna ênfase na interpretação literalcoerente; na distinção entre o plano de Deus para Israel e o Seu plano para a Igreja; normalmente, no Arrebatamento pré-tribulacional da Igreja antes da septuagésima semana de Daniel; no pré-milenismo; e na multiforme proeminência da glória de Deus como o propósito final da história. Nisso se incluem alguns que, tendo adotado tal sistema, talvez parem, de repente, de crer no pré-tribulacionismo. O foco da atenção deste artigo é o pré-milenismo dispensacionalista.

A lógica teológica

Em concordância com o ímpeto calvinista de olhar teocentricamente a história, creio que o pré-milenismo dispensacional propõe o mais lógico final escatológico dos decretos soberanos de Deus quanto à salvação e à história. Visto que os pré-milenistas dispensacionais consideram as promessas divinas, tanto a da eleição de Israel quanto a da eleição da Igreja, como incondicionais e certas no seu futuro cumprimento, tal convicção é lógica e coerente com a Bíblia. Um teólogo aliancista diria que a eleição de Israel era condicional e temporária. Muitos calvinistas são teólogos aliancistas que acreditam na incondicionalidade e irrevogabilidade da eleição dentro da Igreja. Estes entendem que o plano divino para Israel está condicionado à escolha humana, ao passo que o plano de Deus para a salvação no âmbito da Igreja é, em última análise, um ato soberano dEle. Não há simetria em tal lógica. Enquanto isso, os pré-milenistas dispensacionais entendem ambos os atos como uma expressão soberana do plano divino na história, que vem a ser uma aplicação coerentemente lógica da vontade soberana de Deus nas questões humanas.
Samuel H. Kellogg, pastor, missionário e educador presbiteriano, escreveu sobre a lógica entre o calvinismo e o “pré-milenismo futurista moderno”, que em sua época (1888) era essencialmente dispensacional. “Porém, em geral”, comenta Kellogg, “pode-se dizer acertadamente que as relações lógicas do pré-milenismo o aproximam mais intimamente do sistema agostiniano do que de qualquer outro sistema teológico”.[1] Sua utilização do termo “agostiniano” é uma nomenclatura mais antiga para o termo “calvinista”. Kellog salienta as diversas áreas nas quais o calvinismo e o pré-milenismo são teologicamente unânimes. “O pré-milenismo pressupõe uma antropologia fundamentalmente agostiniana. O calvinismo comum declara a completa impotência do indivíduo quanto à sua auto-regeneração e auto-redenção”.[2] Ele prossegue: “é evidente que as pressuposições antropológicas, nas quais o pré-milenismo parece se basear, devem trazer consigo uma soteriologia semelhante”.[3] Kellogg fundamenta que “a afinidade agostiniana da escatologia pré-milenista fica mais evidente. Não há nada mais acentuado do que a constante insistência dos pré-milenistas de que [...] a atual dispensação é estritamente eletiva”.4 “Em suma”, conclui Kellogg, “podemos dizer que aquilo que os pré-milenistas simplesmente afirmam ser o macrocosmo, os agostinianos em geral declaram ser o microcosmo”.[5]
Isso não quer dizer que dispensacionalismo e calvinismo são sinônimos. Eu simplesmente argumento que o dispensacionalismo é compatível com certos elementos do calvinismo, o que proporciona uma resposta parcial para a questão do dispensacionalismo ter se originado do útero reformado. C. Norman afirma:
Há, por certo, importantes elementos calvinistas do século XVII no dispensacionalismo moderno, mas estes elementos foram combinados com ênfases doutrinárias provenientes de outras fontes, a fim de formar um sistema diferente que, em muitos aspectos, é completamente estranho ao calvinismo clássico.[6]
Apesar disso, o dispensacionalismo de fato se desenvolveu dentro da comunidade reformada e, durante seus primeiros 100 anos, a maioria dos adeptos vinha de um ambiente calvinista. Kraus chega à seguinte conclusão: “Levando tudo isso em conta, ainda é preciso assinalar-se que as afinidades teológicas básicas do dispensacionalismo são calvinistas. A esmagadora maioria de homens envolvidos nos movimentos de conferências bíblicas e proféticas endossava declarações de fé calvinistas”.[7]

Darby e o Movimento dos Irmãos

O dispensacionalismo sistemático moderno desenvolveu-se nos idos de 1830 por J. N. Darby e aqueles que faziam parte do Movimento dos Irmãos.
O dispensacionalismo sistemático moderno desenvolveu-se nos idos de 1830 por J. N. Darby e aqueles que faziam parte do Movimento dos Irmãos. Praticamente todos esses homens procediam de igrejas cuja soteriologia era calvinista. “Em se tratando de teologia”, relata H. H. Rowdon, historiador do Movimento dos Irmãos, “os primeiros Irmãos eram unanimemente calvinistas”.[8] Isso ecoa nas palavras de um dos fundadores dos Irmãos, J. G. Bellet, que começava sua associação com o movimento, quando seu irmão, George, escrevendo a seu respeito, disse: “pois suas convicções decididamente se tornaram mais calvinistas, e acredito que todos os amigos com quem se associara em Dublin, sem exceção, eram desta posição”.[9]
Qual era a posição de Darby nessa questão? John Goddard comenta que Darby “cria na predestinação de indivíduos e rejeitava o esquema arminiano de que Deus não predestinou aqueles que de antemão sabia que se conformariam à imagem de Cristo”.[10] Em sua “Letter on Free-Will” (i.e., “Carta Sobre o Livre-Arbítrio”), Darby deixa claro que rejeita esse conceito. “Se Cristo veio salvar o perdido, o livre-arbítrio não tem mais razão de ser”.[11] “Creio que devamos nos apegar à palavra”, prossegue Darby, “mas, filosófica e moralmente falando, o livre-arbítrio é uma teoria falsa e absurda. Livre-arbítrio é um estado de pecado”.[12] Em virtude de crer na escravidão do pecado, Darby, logicamente, manteve sua crença na graça soberana como condição para a salvação:
O desdobramento desse princípio da graça soberana é tal que sem ele ninguém seria salvo, pois não há quem entenda, não há quem busque a Deus, nenhuma pessoa que, por seus próprios esforços, consiga um dia ter vida. O julgamento baseia-se nas obras; a salvação e a glória são fruto da graça”.[13]
Outra evidência do calvinismo de Darby é que ele, pelo menos em duas ocasiões, foi convidado por calvinistas não-dispensacionalistas para representá-los na defesa do calvinismo. Um dos biógrafos de Darby, W. G. Turner, registrou a sua defesa no debate ocorrido na Universidade de Oxford:
Foi numa data mais remota (acredito que em 1831) que F. W. Newman convidou o Sr. Darby para ir a Oxford: um momento memorável por sua refutação pública dos argumentos levantados pelo Dr. E. Burton que rejeitavam as doutrinas da graça defendidas pelos reformadores e sustentadas não somente por Bucer, P. Mártir e pelo bispo Jewell, mas também pelos artigos IX-XVIII da Igreja Anglicana.[14]
Noutra ocasião, Darby foi convidado para ir à cidade de Calvino, Genebra, na Suíça, a fim de fazer uma defesa do calvinismo. Turner declara que “ele refutou o ‘perfeccionismo’ de John Wesley, para alegria da Igreja Livre da Suíça”.[15] Darby foi condecorado pelos líderes de Genebra com a medalha de honra ao mérito.[16]
E ainda, quando algumas doutrinas reformadas foram criticadas dentro da igreja a que outrora servira, “Darby assinalou sua aprovação do artigo XVII”, que trata da eleição e predestinação, “incluso nos trinta e nove artigos da declaração doutrinária da Igreja Anglicana”.[17] Darby afirmou:
De minha parte, em sã consciência, reputo como sábio o artigo XVII. Talvez possa dizer que se trata da mais sábia e condensada declaração humana, que eu conheça, sobre o conteúdo em questão. Estou plenamente satisfeito em interpretá-lo em seu sentido literal e gramatical. Creio que a predestinação para a vida é o propósito eterno de Deus, por meio do qual, antes que os fundamentos do mundo fossem estabelecidos, Ele decretou firmemente salvar dentre a raça humana aqueles que escolhera em Cristo, pelo Seu conselho que nos é secreto, e apresentá-los, por intermédio de Cristo, como vasos de honra, para a eterna salvação.[18]

Scofield, Chafer e o Seminário Teológico de Dallas

Bíblia de Scofield com Referências é considerada por muitos como a ferramenta mais eficaz na disseminação do dispensacionalismo nos Estados Unidos. Foto: C. I. Scofield.
C. I. Scofield (1843-1921), Lewis Sperry Chafer (1871-1952) e o Seminário Teológico de Dallas (fundado em 1924) foram importantes veículos na propagação do dispensacionalismo nos Estados Unidos e no mundo. Tanto Scofield quanto Chafer eram pastores ordenados pela Igreja Presbiteriana. A Bíblia de Scofield com Referências é considerada por muitos como a ferramenta mais eficaz na disseminação do dispensacionalismo nos Estados Unidos.[19] Scofield se converteu a Cristo na meia-idade e, primeiramente, foi discipulado por James H. Brookes em Saint Louis. Foi ordenado ao ministério da Primeira Igreja Congregacional de Dallas em 1882 e transferiu suas credenciais ministeriais para a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos em 1908.[20] Conseqüentemente, seu ministério se desenvolveu num contexto calvinista.
Scofield foi a maior influência no desenvolvimento teológico de Chafer. John Hannah menciona que “é impossível entender Chafer sem que se perceba a profunda influência de Scofield”.[21] Na realidade, “Chafer sempre comparava esse relacionamento ao de pai e filho”.[22] Tal relacionamento originou-se do aprendizado de Chafer sob a tutela de Scofield na Conferência de Northfield e da transformação de vida incentivada pelos estudos de Scofield à frente da Primeira Igreja Congregacional de Dallas nos primórdios de 1900. Scofield disse a Chafer que seus dons relacionavam-se mais com a área de ensino do que com a de evangelismo na qual este tinha atuado. Em seguida, “os dois oraram juntos e Chafer dedicou a sua vida inteira ao estudo e ao ensino da Bíblia”.[23]
Scofield e Chafer foram dois dos maiores dispensacionalistas americanos e ambos desenvolveram sua teologia a partir de um contexto reformado. Scofield é conhecido por sua Bíblia de Estudo e Chafer pela publicação de sua Teologia Sistemática e pelo Seminário Teológico de Dallas. Jeffrey Richards descreve as características teológicas de Chafer mencionando que “têm muito em comum com toda a tradição reformada. Com exceção da escatologia, Chafer é teologicamente parecido com os expoentes da teologia de Princeton, tais como Warfield, Hodge e Machen. Reconhecia, de modo semelhante, doutrinas como, por exemplo, a soberania de Deus [...] a depravação total da humanidade, a eleição, a graça irresistível e a perseverança dos santos”.[24] C. Fred Lincoln descreve a obra de Chafer intitulada Systematic Theology (Teologia Sistemática – publicada em português pela Editora Hagnos. N.T.), como “completa, calvinista, pré-milenista e dispensacionalista”.[25]
Desde a sua fundação em 1924 com o nome The Evangelical Theological College (mudado em 1936 para Dallas Theological Seminary), o Seminário de Dallas causou um impacto de proporções globais a favor do dispensacionalismo. Seu principal fundador foi Chafer. Entretanto, William Pettingil e W. H. Griffith-Thomas também desempenharam um papel importante na sua fundação. Pettingil, à semelhança de Chafer, era presbiteriano. Griffith-Thomas, um anglicano, escreveu um dos melhores comentários sobre Os Trinta e Nove Artigos (de Fé) da Igreja Anglicana,[26] que até hoje são largamente utilizados por anglicanos e episcopais conservadores. Os Trinta e Nove Artigos são fortemente calvinistas. Esses dois homens eram claramente calvinistas. O Seminário de Dallas, especialmente antes da Segunda Guerra Mundial, se considerava calvinista. Certa feita, num folheto de propaganda, Chafer caracterizou a escola como “plenamente de acordo com a fé reformada e sua teologia é estritamente calvinista”.[27] Numa carta escrita a Allan MacRae, do Seminário Teológico de Westminster, Chafer declarou: “Você provavelmente sabe que somos calvinistas declarados em nossa teologia”.[28] “Em 1925, quando se referia ao corpo docente do Seminário, Chafer fez uma observação de que quase todos eram procedentes de igrejas presbiterianas das regiões Sul e Norte do país”.[29] Além disso, escrevendo a um pastor presbiteriano, Chafer afirmou: “Eu me alegro em afirmar que não existe instituição, que eu saiba, mais calvinista como um todo, nem mais ajustada, por inteiro, a esse sistema de doutrina, defendido pela Igreja Presbiteriana”.[30]
Visto que muitos dos primeiros formandos de Dallas ingressaram no ministério presbiteriano, iniciou-se uma reação ao seu pré-milenismo dispensacionalista nos idos de 1930. Não era uma questão de serem ou não calvinistas na sua soteriologia, mas uma questão referente à sua escatologia. No final da década de 1930, “o Seminário Teológico de Dallas, embora professasse firmemente ser uma instituição presbiteriana, foi deixado fora do movimento conservador presbiteriano dissidente”.[31] Em 1944, os presbiterianos do Sul dos EUA emitiram o relatório de um comitê de investigação da compatibilidade do dispensacionalismo com a Confissão de Fé de Westminster. O comitê decretou que o dispensacionalismo não se harmonizava com a confissão de fé da igreja. Esse “relatório de 1944 foi o golpe que acabou com todas as espectativas futuras do pré-milenismo dispensacionalista dentro do presbiterianismo do Sul do país”.[32] Essa deliberação fez com que muitos ex-alunos do Seminário de Dallas deixassem seus ministérios em denominações de fé reformada e ingressassem no movimento de Igrejas Bíblicas independentes.

Um aumento na aceitação do dispensacionalismo

Ainda que o dispensacionalismo tenha tido, já na década de 1880, uma modesta penetração entre os batistas, através de representantes como, por exemplo, J. R. Graves,[33] um calvinista convicto, estes foram repelidos pelos não-calvinistas até meados da década de 1920, quando elementos da teologia dispensacionalista começaram a ser adotados por alguns pentecostais numa tentativa de rebater a crescente ameaça do liberalismo. Kraus explica:
Alguns professores declararam explicitamente que o pré-milenismo era um escudo de defesa contra a teologia racionalista. Assim, não é de se admirar a descoberta de que rudimentos teológicos normativos do dispensacionalismo tenham concorrido diretamente contra a ênfase da “Nova Teologia” em desenvolvimento.[34]
Até esse ponto na história, aqueles que eram de tradição arminiana e wesleyana estavam mais interessados nas questões relativas à santificação pessoal no presente, do que à atenção calvinista em explicar a obra soberana de Deus no decurso da história. Contudo, o surgimento da controvérsia fundamentalista-liberal na década de 1920 despertou um interesse pela defesa da Bíblia contra os ataques anti-sobrenaturalistas dos críticos liberais, que ultrapassava o âmbito do calvinismo. O dispensacionalismo foi visto como uma resposta bíblica e conservadora ao liberalismo, não apenas no meio fundamentalista, mas também, e cada vez mais, entre os pentecostais e outros grupos. Timothy Weber faz a seguinte observação:
Em tempo, o dispensacionalismo também teve seus adeptos dentro da tradição wesleyana. Outros grupos radicais da denominação Holiness repercutiram as predições dispensacionalistas de declínio da ortodoxia e da consagração nas igrejas; e os pentecostais descobriram no dispensacionalismo uma ocasião para o derramamento do Espírito num dia de “chuva serôdia” antes da Segunda Vinda.[35]

O desenvolvimento do dispensacionalismo no pós-guerra

Os movimentos fundamentalista/evangélico e pentecostal/carismático se alastraram rapidamente pelos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial e o dispensacionalismo, por estar relacionado com tais movimentos, também cresceu rapidamente. Muitas pessoas nascidas durante o “baby-boom” do pós-guerra cresceram no ambiente de igrejas pentecostais e carismáticas tendo o dispensacionalismo e o Arrebatamento pré-tribulacional como parte de sua estrutura doutrinária. Portanto, nem lhes passava pela cabeça que o dispensacionalismo não era inerente às características específicas de sua teologia da restauração. Além disso, quando o fundamentalismo não-calvinista se expandiu depois da Segunda Guerra, especialmente nos círculos batistas independentes, houve uma ruptura ainda maior dos distintivos dispensacionalistas em relação às suas raízes calvinistas.
De outro lado, o expurgo do dispensacionalismo por parte do cristianismo reformado, iniciado no final da década de 1930, foi plenamente concluído. Um exemplo típico dessa polarização verifica-se em livros como Wrongly Dividing The Word Of Truth: A Critique of Dispensationalism (“Manejando Mal a Palavra da Verdade: Uma Crítica ao Dispensacionalismo”) de John Gerstner.[36] Enquanto, por um lado, admite que “o estranho no dispensacionalismo é que parece ter tido seus mais fortes defensores em igrejas calvinistas”,[37] Gerstner se opõe tão fortemente ao dispensacionalismo que se tornou cego para perceber a verdadeira natureza calvinista de tal teologia teocêntrica. Gerstner alega que ele e outros teólogos reformados levantaram “um forte questionamento sobre o dispensacionalismo e suas reivindicações calvinistas”.[38] Parece que pelo fato de o dispensacionalismo ter se originado numa tradição reformada, como um rival da teologia aliancista, alguns querem dizer que não pode logicamente ser calvinista. Esse é o argumento de Gerstner. Entretanto, apesar do seu sofisma nessa questão,[39] Gerstner não pode anular o fato histórico de que o dispensacionalismo foi gerado em meio à mentalidade bíblica de uma teologia nitidamente teocêntrica, por aqueles que defendiam firmemente o calvinismo soteriológico. A provável razão pela qual a comunidade reformada tomou a dianteira na crítica da teologia dispensacionalista se encontra no fato de que o dispensacionalismo nasceu num contexto reformado.

Conclusão

O dispensacionalismo é mais bem entendido como um sistema teológico que compreende Deus como o Soberano Governante dos céus e da terra e a história como uma lição na concretização da glória de Deus exibida tanto no céu quanto na terra.
É justamente pelo fato de que o dispensacionalismo penetrou em quase todas as formas de protestantismo, que muitos, hoje em dia, talvez fiquem surpresos em conhecerem de onde procede a sua herança. Em nossos dias de irracionalismo pós-moderno em que a virtude se constitui em NÃO verificar a coerência dos pontos da teologia de uma pessoa, precisamos nos lembrar que a teologia da Bíblia é uma peça de roupa elaborada sem costura. Tudo se sustenta em conjunto. Se alguém começa a repuxar ou esgarçar um único fio de linha, o tecido todo corre o risco de se desmanchar.
O dispensacionalismo é mais bem entendido como um sistema teológico que compreende Deus como o Soberano Governante dos céus e da terra; o homem como um vice-regente rebelde (junto com alguns anjos); Jesus Cristo como o Herói da história que salva algumas pessoas por Sua Graça; a história como uma lição na concretização da glória de Deus exibida tanto no céu quanto na terra. O dispensacionalismo é uma teologia que, segundo creio, procede exatamente do estudo bíblico e que reconhece Deus como Deus. (Thomas Ice - http://www.chamada.com.br)

Notas:

  1. Samuel H. Kellog, “Premillennialism: Its relations to Doctrine and Practice”, publicado em Bibliotheca Sacra, V. XLV, 1888, p. 253.
  2. Kellogg, “Premillennialism”, p. 254.
  3. Kellogg, “Premillennialism”, p. 257.
  4. Kellogg, “Premillennialism”, pp. 258-9.
  5. Kellogg, “Premillennialism”, p. 256.
  6. C. Norman Kraus, Dispensationalism in América: Its Rise and Development, Richmond: John Knox Press, 1958, p. 59.
  7. Kraus, Dispensationalism, p. 59.
  8. Harold H. Rowdon, Who are the Brethren and Does it Matter? Exeter, England: The Paternoster Press, 1986, p. 35.
  9. George Bellet, Memoir of the Rev. George Bellet, Londres: J. Masters, 1989, p. 41-2, citado em John Nelson Darby de Max S. Weremchuk, Neptune, NJ: Loizeaux Brothers, 1992, p. 237, f. n. 25.
  10. John Howard Goddard, “The Contribution of John Nelson Darby to Soteriology, Eclesiology, and Eschatology” (Dissertação de doutorado no Dallas Theological Seminary, 1948), p. 85.
  11. J. N. Darby, “Letter on Free-Will”, publicado em The Collected Writings of J. N. Darby, Winschoten, Holanda: H. L. Heijkoop, 1971, V. 10, p. 185.
  12. Ibid., p. 186.
  13. J. N. Darby, “Notes on Romans”, publicado em The Collected Writings of J. N. Darby, Winschoten, Holanda: H. L. Heijkoop, 1971, V. 26, pp. 107-8.
  14. W. G. Turner, John Nelson Darby: A Biography, Londres: C. A. Hammond, 1926, p. 45.
  15. Ibid., p. 58.
  16. Rowdon, Who Are The Brethren, pp. 205-7.
  17. Goddard, “The Contribution of Darby”, p. 86.
  18. J. N. Darby, “The Doctrine of the Church of England at the Time of the Reformation”, publicado em The Collected Wrintings of J. N. Darby, Winschoten, Holanda: H. L. Heijkoop, 1971, V. 3, p. 3 (A expressão em itálico é original).
  19. Larry V. Crutchfield, The Origens of Dispensationalism: The Darby Factor, Lanham, MD: University Press of America, 1992, Prefácio.
  20. Dictionary of Christianity in America, organizado por Daniel Reid, Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1990, pp. 1057-8.
  21. John David Hannah, “The Social and Intellectual History of the Origins of the Evangelical Theological College” (Dissertação de doutorado na Universidade do Texas em Dallas, 1988, pp. 118-9.
  22. Jeffrey J. Richards, The Promise of Dawn: The Eschatology of Lewis Sperry Chafer, Lanham, MD: University Press of America, 1991, p. 23.
  23. Ibid.
  24. Ibid., p. 3.
  25. C. F. Lincoln, “Biographical Sketch of the Author”, publicado em Systematic Theologyde Lewis Sperry Chafer, Dallas: Dallas Seminary Press, 1948, V. VIII, p. 6.
  26. W. H. Griffith Thomas, The Principles of Theology: An Introduction to the Thirty-nine Articles, Grand Rapids: Baker Book House, 1979 [1930].
  27. Citado em “Origins of the Evangelical Theological College”, de Hannah, p. 199-200.
  28. Citado em Ibid., p. 200.
  29. Citado em Ibid., p. 346.
  30. Citado em Ibid., p. 346, f. n. 323.
  31. Ibid., pp. 357-8.
  32. Ibid., p. 364.
  33. Veja em The Work of Christ Consummated in 7 Dispensations, de J. R. Graves, Memphis: Baptist Book House, 1883.
  34. Kraus, Dispensationalism, p. 61
  35. Weber, “Premillennialism”, p. 15.
  36. John H. Gerstner, Wrongly Dividing the Word of Truth: A Critique of Dispensationalism, Brentwood, TN: Wolgemuth & Hyatt Publishers, 1991.
  37. Ibid., p. 106.
  38. Ibid.
  39. Ibid., pp. 105-47.
Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center (Centro de Pesquisas Pré-Tribulacionistas) e professor de Teologia na Liberty University. Ele é Th.M. pelo Seminário Teológico de Dallas e Ph.D. pelo Seminário Teológico Tyndale. Editor da Bíblia de Estudo Profética e autor de aproximadamente 30 livros, Thomas Ice é também um renomado conferencista. Ele e sua esposa Janice vivem com os três filhos em Lynchburg, Virginia (EUA).

Postagem em destaque

Miss. Isa Reis I Gideões 2017