WebRádio Nova Esperança

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sábado, 29 de junho de 2013

Da Insegurança Política à Certeza Profética

O poder mundial é limitado pela impotência humana. A onipotência é ilimitada em virtude da autoridade divina. Ou, como diz a Bíblia: “O Senhor frustra os desígnios das nações e anula os intentos dos povos. O conselho do Senhor dura para sempre; os desígnios do seu coração por todas as gerações. Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para sua herança” (Sl 33.10-12).

Da insegurança política

A insegurança das nações reflete-se hoje em muitas áreas:
  • nas discussões políticas sobre as mudanças climáticas: a única certeza, sempre manifestada por unanimidade, é a concordância em marcar a próxima reunião.
  • na economia: há orgulho por causa do progresso, enquanto grandes bancos quebram e perdem bilhões.
  • na instabilidade militar: a Guerra Fria volta a tomar forma.
  • na mente das pessoas: a espiral de toda sorte de perturbações emocionais aumenta de forma crescente. Os psicoterapeutas prosperam.
  • nas questões religiosas com relação à pergunta sempre relevante: O que é a verdade?
As negociações entre Israel e os palestinos são constantemente apresentadas como perspectivas de se chegar a uma “paz justa” no mundo. O então presidente George W. Busch afirmou durante a conferência de paz de Annapolis: “Queremos estabelecer o fundamento de uma nova nação, de um Estado palestino democrático, que possa conviver com Israel em paz e segurança”.[1] Apesar de todas as declarações positivas, a realidade é outra, e a Bíblia não deixa dúvidas sobre o que virá: “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão” (1 Ts 5.3).
Os esforços humanos, por mais bem intencionados que sejam, encontram barreiras praticamente intransponíveis. Um comentário da revista alemã Stern revela esse desamparo diante das grandes questões da humanidade: “No Ocidente, hoje mais do que há algumas décadas, vê-se com mais clareza que a política e a ciência estão sendo exigidas além de suas capacidades no esforço para se criar um mundo justo”.[2] O povo de Israel sempre sofreu decepções quando confiou em homens e na política mundial. O fato desse povo ainda existir deve-se apenas ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, graças às promessas que Ele lhe fez. Essas promessas, registradas na Sua Palavra, são o penhor de que o futuro dessa nação tão atacada está assegurado. Mas Israel não encontrará segurança real enquanto não se voltar de todo o coração para seu Messias, Jesus. Alguém disse com razão: “Não precisamos de um programa, precisamos de uma pessoa”. E essa Pessoa é Jesus Cristo, “o qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes” (1 Pe 3.22).
Não é só o mundo como um todo e Israel como nação atacada que se ressentem da falta de segurança. Essa insegurança está aninhada nos corações dos homens individualmente.
Mas não é só o mundo como um todo e Israel como nação atacada que se ressentem da falta de segurança. Essa insegurança está aninhada nos corações dos homens individualmente, e nós, cristãos, temos toda a razão em buscar – e achar – a segurança que a Palavra de Deus nos concede.

Segurança profética

Estaremos nos baseando no livro de Isaías ao analisarmos o tema desta mensagem. Isaías é o legítimo “evangelista” dentre os profetas. Seu livro também costuma ser chamado de Bíblia em formato reduzido:
• O livro de Isaías tem 66 capítulos, e a Bíblia tem 66 livros.
• O livro de Isaías tem duas partes principais, escritas pelo mesmo autor – a Bíblia também tem duas partes, inspiradas pelo Espírito Santo.
• Os primeiros 39 capítulos de Isaías têm como tema central o juízo divino sobre os pecados. Os 27 capítulos da segunda parte falam mais de graça e restauração; essa parte também é chamada de “grandiosa poesia messiânica”. A Bíblia, por sua vez, tem 39 livros do Antigo Testamento, muitas vezes falando do juízo. E ela tem 27 livros do Novo Testamento, cujo tema central é a graça de Deus.
• O livro de Isaías é citado ou mencionado mais de 210 vezes no Novo Testamento – apenas os capítulos 40 a 66 por mais de 100 vezes. [3]
Os 27 capítulos da segunda parte de Isaías harmonizam-se surpreendentemente com os livros do Novo Testamento. Isso não pode ser mero acaso. Vejamos alguns exemplos:
• Isaías 40 é o primeiro capítulo da segunda parte do livro; corresponde ao 40º livro da Bíblia, ou seja, ao primeiro livro do Novo Testamento (Evangelho de Mateus). Está escrito:“Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados. A glória do Senhor se manifestará e toda a carne a verá, pois a boca do Senhor o disse” (Is 40.3-5).
Em contraposição, lemos no Evangelho de Mateus: “Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mt 3.3). Isso refere-se a João Batista. E no Evangelho de João está escrito:“...vimos a sua glória...” (Jo 1.14).
• Isaías 44 corresponde ao 44º livro da Bíblia, que é Atos dos Apóstolos: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes; brotarão como a erva, como salgueiros junto às correntes de águas. Um dirá: Eu sou do Senhor; outro se chamará do nome de Jacó; o outro ainda escreverá na própria mão: Eu sou do Senhor, e por sobrenome tomará o nome de Israel” (Is 44.3-5). Essa é uma maravilhosa indicação do tema central de Atos dos Apóstolos: o derramamento do Espírito Santo, as primeiras conversões e a mudança de rumo dos gentios, voltando-se para o Deus de Israel.
• Em Isaías 45 prenuncia-se o 45º livro da Bíblia, que á a Carta aos Romanos. Nesse capítulo do livro de Isaías a palavra “justiça” é salientada de forma especial, pois aparece seis vezes. Também se menciona que Israel será salvo (v.25). Isso corresponde com exatidão ao assunto da Carta aos Romanos.
• Na seqüência, Isaías 49 corresponde à Carta aos Efésios. Nesse capítulo vemos a salvação sendo oferecida também aos gentios e a declaração de que o Senhor foi dado como luz para os gentios (vv.1,6). Este é exatamente o tema da Carta aos Efésios: os gentios sendo incorporados à Igreja dos salvos (Ef 2.16-18; 3.5-6).
O rolo de Isaías com seu texto completo foi encontrado em Qumran em 1947. Esse achado foi datado como sendo do segundo século antes de Cristo, confirmando que essa escritura é inspirada por Deus em sua totalidade.
Outro tema é descrito assim: “Tirar-se-ia a presa ao valente? Acaso, os presos poderiam fugir ao tirano? Mas assim diz o Senhor: Por certo que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano fugirá, porque eu contenderei com os que contendem contigo e salvarei os teus filhos” (Is 49.24-25). Comparemos essas palavras com Efésios 4.8: “Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens”. Jesus tomou a presa do valente e tirano, que é o Diabo, e deixou os cativos livres. Nenhum crente continua sendo uma presa da morte.
• Isaías 66 corresponde ao último livro da Bíblia, que é o Apocalipse. “...porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome” (Is 66.22). O tema do Apocalipse é a introdução no novo céu e na nova terra:“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra já passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo” (Ap 21.1-2).
O rolo de Isaías com seu texto completo foi encontrado em Qumran em 1947. Esse achado foi datado como sendo do segundo século antes de Cristo, confirmando que essa escritura é inspirada por Deus em sua totalidade. Os rolos de Qumran foram descobertos justamente na época da fundação do Estado de Israel, o que deixa transparecer uma óbvia direção divina, e o texto de Isaías recebeu muito destaque nesse achado de inestimável valor histórico. Tudo leva a crer que o Deus de Israel estava querendo estabelecer um sinal. E o que isso significa para você, pessoalmente? Significa que você pode contar com esse Deus, que pode entregar sua vida a Ele e olhar para o futuro confiando nEle!
Baseados em Isaías 40 e 41, examinemos a confiança que Deus oferece. Mas prestemos atenção a um fato: as profecias de Isaías têm um cumprimento duplo, pois retratam juntamente a primeira e a segunda vinda de Jesus.

O duplo sofrimento e o duplo consolo

“Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados” (Is 40.1-2). Quando a iniqüidade de Israel estará perdoada, quando Israel receberá o perdão por seus pecados? Depois que Jerusalém receber em dobro das mãos do Senhor. Então o Senhor voltará a Sião para afastar de Israel a sua impiedade (veja Rm 11.25; Ez 36.33).
Jerusalém suportou uma dose dupla: o cativeiro babilônico e o cativeiro romano (em 70 d.C.), a destruição do primeiro Templo e a destruição do segundo Templo. Duas vezes Jerusalém foi consolada: uma vez por ocasião do retorno do cativeiro babilônico sob Zorobabel e Esdras (veja Zc 4; Ag 2), e pela segunda vez no retorno do cativeiro mundial, da volta da Diáspora (Dispersão) no fim dos dias (em 1948); agora, a Igreja deveria assumir esse consolo.
No passado, tratava-se da primeira vinda de Jesus, que João Batista anunciava no espírito de Elias; hoje trata-se de Sua volta, que a Igreja apregoa.
No passado, tratava-se da primeira vinda de Jesus, que João Batista anunciava no espírito de Elias; hoje trata-se de Sua volta, que a Igreja apregoa (veja Is 40.3-5). No passado, Jesus veio em humildade; apenas uma única vez Jesus deixou entrever Sua glória, o que aconteceu no monte da Transfiguração (veja Jo 1.14; Mt 17.1,13; 2 Pe 1.16-18). Ele não voltará em humildade, mas em poder supremo e glória majestosa (veja Mt 24.30).

O caminho para o retorno do Senhor em glória

A volta de Cristo se anuncia em diversas etapas:
1. O contraste entre a insegurança dos povos e a segurança da eterna Palavra de Deus torna-se cada vez mais evidente (veja Is 40.6-8). Essa Palavra é retomada por Pedro, que a aplica a nosso tempo e à Igreja (veja 1 Pe 1.23-25).
2. O Arrebatamento da Igreja se delineia (veja Is 40.9-11). De Sião partiu originalmente a boa-nova do Evangelho (v.9). Ao próprio Israel precisa-se anunciar hoje: “Eis aí está o vosso Deus!” (v.9). Ele não decepciona jamais! O Arrebatamento está às portas. “Eis que o Senhor virá com poder...” (Is 40.10). Em outras palavras, Jesus voltará em glória (veja Mt 24.30). “...e o seu braço dominará” (Is 40.10). Isso significa o domínio do Messias, Ele é o braço de Deus em ação. “...eis que o seu galardão está com ele, e diante dele, a sua recompensa” (v.10).Que galardão, que recompensa é essa? É a Igreja de Jesus, já arrebatada, que voltará com Ele em glória, sendo ela o penoso fruto do trabalho de sua alma (veja Is 53.12; 2 Ts 1.7; Ap 19.11ss.). Depois de Sua volta em poder e glória junto com Sua Igreja, o Messias apascentará Seu povo como Bom Pastor (veja Is 40.11).
3. A Grande Tribulação se anuncia (veja Is 40.15-17). Ao ler uma passagem assim, muitos acusam a Deus de lidar cruelmente com a humanidade. Em seu orgulho cego e sua rejeição da vontade de Deus, essas pessoas não percebem que é Deus quem as acusa. Nações são como um grãozinho de pó para Ele. O que o homem imagina que é? Deus deixará as nações consternadas por causa de seu orgulho; não apenas as ilhas, mas até os céus e a terra serão abalados (veja Hb 12.26-27). A insegurança que se avizinha assumirá proporções nunca vistas. Catástrofes naturais se multiplicarão, ameaças de guerra aumentarão, a economia experimentará novas e profundas quedas, a paz e a segurança anunciadas para a região de Israel se converterão no contrário.

A segurança do Deus incomparável

A insegurança que se avizinha assumirá proporções nunca vistas. Catástrofes naturais se multiplicarão, ameaças de guerra aumentarão, a economia experimentará novas e profundas quedas, a paz e a segurança anunciadas para a região de Israel se converterão no contrário.
“Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele?” (Is 40.18). Israel busca segurança em muitos e muitos lugares por ter perdido de vista a segurança do incomparável Deus. Mas apenas no Deus único e verdadeiro, o Deus que escreveu a profecia e se revelou em Jesus, o homem encontra seu alvo. E precisamos dessa segurança mais do que nunca!
Israel é eleito: “Os países do mar viram isto e temeram, os fins da terra tremeram, aproximaram-se e vieram” (Is 41.5):Insegurança. “Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo” (Is 41.8): Segurança. A eleição de Israel baseia-se na amizade de Deus com Abraão (veja Tg 2.23) e encontra seu ponto máximo no Servo Jesus Cristo. Por isso, Deus não termina Sua amizade, pois não é como nós, seres humanos, como os políticos do mundo (veja Gl 3.17). Existe algo melhor do que ter a Deus como amigo? Se Ele é por você, quem será contra você? Nem mesmo a morte pode separá-lo do Senhor (veja Rm 8.37-39). Jesus diz: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando” (Jo 15.14).
A amizade fiel de Deus ficou provada: “tu, a quem tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei” (Is 41.9). Primeiramente, Deus conduziu Seu amigo Abraão das extremidades da terra (de Ur na distante Caldéia) até Canaã e prometeu-lhe a terra por possessão eterna (veja Gn 17.8). O profeta Isaías não limitou sua declaração a Abraão, Ele a estendeu profeticamente até a volta final da última semente de Abraão, que é o povo judeu. Esse é o sentido da profecia para Israel e o contexto do livro de Isaías. Por isso, Isaías fala no plural:“que eu tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos... eu te escolhi, e não te rejeitei...”. Abraão, afinal, não veio das extremidades da terra nem dos seus recantos mais remotos – seus descendentes, sim. É o que vemos acontecendo há algumas décadas (veja Dt 30.4ss.). Essas gerações que descendem de Abraão não foram rejeitadas; por isso elas existem! O fato de Israel existir novamente como Estado é uma prova visível da fiel amizade de Deus com Abraão (veja Gl 3.17).
Israel não teria motivos para temer: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10). Essa conclamação a não temer é repetida nos versículos 13 e 14. o profeta antevê que seu povo sentirá medo repetidamente, até nos tempos finais; a história o confirma. É medo da opressão, do abandono, do isolamento e da insegurança. Por isso, as repetidas respostas de Deus a esses temores de Seu povo. Aqui, em Isaías, a segurança que vem de Deus ergue sua voz e fala para a situação de insegurança de Israel.
“tu, a quem tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei” (Is 41.9)
Existem seis razões porque no futuro o remanescente crente de Israel não precisará temer. E essas razões são melhores do que o exército israelense, a política, a ONU, os EUA ou a UE:
1. “eu sou contigo”.
2. “eu sou o teu Deus”.
3. “eu te fortaleço”.
4. “e te ajudo”.
5. “e te sustento”.
6. “com a minha destra fiel”.
Essas razões são concretizadas pelo Messias de Israel, que é Jesus Cristo. Ele é a destra fiel, e por Sua morte e ressurreição trouxe justiça. Em Sua volta reside a garantia de segurança para Israel. Podemos tomar essa promessa pessoalmente, aplicando-a à nossa própria vida.
As nações, essas sim, têm motivos para temer. “Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que estão indignados contra ti; serão reduzidos a nada, e os que contendem contigo perecerão. Aos que pelejam contra ti, buscá-los-ás, porém não os acharás; serão reduzidos a nada e a coisa de nenhum valor os que fazem guerra contra ti. Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo” (Is 41.11-13). Leon de Winter escreveu: “Os países islâmicos jamais poderiam aceitar o Israel de hoje como seu igual... Israel está cercado pelo Irã, pela Síria, pelo Hezb’allah (Partido de Alá) e pelo Hamas, e o porta-voz deles, o presidente Mahmoud Ahmadinejad, expressa com clareza seus desejos mais profundos: eliminar Israel, castigar a arrogância de Israel e degradar os judeus à condição de minoria sob domínio islâmico”.[4] Mas, apesar das mais infames calúnias, das mais duras perseguições e das mais brutais tentativas de aniquilação durante sua dispersão de quase dois mil anos, o povo judeu não pereceu – pelo contrário! Os inimigos de Israel de ontem, hoje e amanhã passaram, passam e passarão ainda mais mal. Durante sua campanha pelo Oriente Médio, há 200 anos, Napoleão disse: “A História não se decide no Ocidente, mas no Oriente!”[5] Peter Scholl-Latour cita seu professor de árabe, Jacques Berque: “O destino de Jerusalém não é uma questão política; o destino de Jerusalém é uma sentença de juízo final![6] E Siegfried Schlieter comenta: “A questão de Jerusalém é politicamente insolúvel. Ela será decidida apenas no dia do juízo final”.[7]
O deserto florido e a existência das cidades israelenses são a prova de que Deus atua nos dias de hoje, e agirá no futuro: “Os aflitos e necessitados buscam águas, a não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o Senhor, os ouvirei, eu, o Deus de Israel, não os desampararei. Abrirei rios nos altos desnudos e fontes no meio dos vales; tornarei o deserto em açudes de águas e a terra seca, em mananciais. Plantarei no deserto o cedro, a acácia, a murta e a oliveira; conjuntamente, porei no ermo o cipreste, o olmeiro e o buxo, para que todos vejam e saibam, considerem e juntamente entendam que a mão do Senhor fez isso, e o Santo de Israel o criou” (Is 41.17-20).
Podemos confiar na palavra profética de Deus. “Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente o veremos. Eis que sois menos do que nada, e menos do que nada é o que fazeis; abominação é quem vos escolhe” (Is 41.23-24). A nulidade de todas as religiões, a falta de autenticidade e credibilidade da política, seus prognósticos inviáveis e seus esforços vacilantes e duvidosos estão em flagrante contraste com a confiabilidade das revelações divinas acerca do futuro. Lemos acerca da confiança que a profecia bíblica merece:“Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei. Ouvi-me vós, os que sois de obstinado coração, que estais longe da justiça. Faço chegar a minha justiça, e não está longe; a minha salvação não tardará; mas estabelecerei em Sião o livramento e em Israel, a minha glória” (Is 46.9-13).
Com Jesus, a justiça de Deus, começará um novo capítulo para Israel e o mundo inteiro.
Com Jesus, a justiça de Deus, começará um novo capítulo para Israel e o mundo inteiro. Por isso, todas as promessas serão cumpridas, toda a profecia é inteiramente segura e Israel tem um futuro garantido. E este Jesus é Aquele que oferece segurança eterna também a você. Sem Jesus você não tem um chão firme debaixo de seus pés. A seguinte história ilustra essa realidade:
Quando Henrique VIII da Inglaterra (1491-1547) jazia em seu leito de morte, mandou chamar o bobo da corte... O rei disse: “Meu amigo, devo partir”. “Para onde?”, perguntou o bobo. –“Não sei”. “Quando voltareis?” – “Não vou voltar mais”. “Quem vai convosco?” – “Ninguém”. “Vos preparastes para a viagem?” – “Não”. Então o bobo da corte pegou seu cetro de bufão e seu barrete, jogou-os sobre a cama do rei e explicou: “Majestade, vós me ordenastes que eu deveria entregar meu cetro de bobo da corte a alguém que fosse mais bobo do que eu. Vós sois esse alguém, pois ides embora sem saber para onde e não tendes acompanhante”.[8]
Agarre a justiça de Deus, ela está perto de seu coração. É o Senhor Jesus. Ele quer ser seu acompanhante, Ele quer ser sua segurança. Entre com Ele em uma nova vida! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Batalhando Pela Fé

"Amados, quando empregava toda diligência, em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jd 3).
Originalmente, Judas pretendia compartilhar com seus companheiros crentes as questões da fé comuns a todos eles. Mas, o Espírito Santo o redirecionou a um assunto de maior urgência. Questões da fé "uma vez por todas... entregue aos santos" estavam sendo tanto sutilmente solapadas como profundamente pervertidas. Hoje em dia acontece o mesmo que naquele tempo. Todos os santos (isto é, cristãos – Ef 1.1; Cl 1.2, etc.) devem batalhar diligentemente pelos ensinos da fé "dados por inspiração de Deus" (comp. 2 Tm 3.16).

O que é batalhar diligentemente?

Batalhar diligentemente por algo não é uma atividade de menor importância. A passagem paralela normal desse versículo é 1 Timóteo 6.12: "Combate o bom combate da fé..." Em ambos os casos, o sentido é de trabalhar fervorosamente, ou esforçar-se, como um atleta que irá participar de um evento esportivo. A analogia do esporte oferece uma ilustração muito clara: bons atletas têm que treinar com vigor para atender às exigências do seu esporte. Da mesma forma, um cristão dedicado deve condicionar-se espiritualmente para atender à exortação de Paulo: "Exercita-te pessoalmente na piedade" (1 Tm 4.7). Paulo usou freqüentemente a correlação entre os esforços dos atletas e o andar dos cristãos para mostrar que a vida de um crente renascido não tem por objetivo a passividade. Ela requer treinamento espiritual, que inclui muitas das qualidades demonstradas por um atleta superior: diligência, dedicação, auto-disciplina, disposição de aprender, etc. Entretanto, do mesmo modo como no cenário esportivo dos nossos dias, muitos de nós se dedicam a ser espectadores – não necessariamente "inativos", mas definitivamente não jogadores.
Bons atletas têm que treinar com vigor para atender às exigências do seu esporte. Da mesma forma, um cristão dedicado deve condicionar-se espiritualmente para atender à exortação de Paulo: "Exercita-te pessoalmente na piedade".
Muito freqüentemente a reação à exortação de Judas é dizer que é melhor "deixar o batalhar pela fé para os especialistas", isto é, para os estudiosos, os teólogos, os apologistas ou autoridades em seitas. Há no mínimo dois problemas com tal idéia. Em primeiro lugar, as palavras de Judas não foram escritas a especialistas em teologia, mas "aos chamados, amados em Deus Pai, e guardados em Jesus Cristo" – ou seja, atodos os Seus "santos" (Jd 1,3). Em segundo lugar, um dos principais aspectos da batalha pela fé está relacionada com o desenvolvimento espiritual de todo santo. Em outras palavras, batalhar pela fé não é somente para especialistas em seitas, nem envolve necessariamente argumentar ou confrontar os outros. Batalhar pela fé deveria ser o padrão de vida espiritual de todo crente (comp. 1 Pe 3.15).

O desejo de estudar diligentemente a Palavra de Deus

Batalhar diligentemente pela fé requer o desejo de estudar diligentemente a Palavra de Deus. Jesus estabeleceu um programa de crescimento para todos que se entregaram a Ele:"Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos" (Jo 8.31).Em 2 Timóteo 2.15, Paulo acentua o exercício prático, diário, de todo crente: "Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." O coração do cristianismo é um relacionamento pessoal com Jesus Cristo. Estudar e aplicar as Escrituras é a forma principal de desenvolver nosso relacionamento pessoal com Ele; trata-se de conhecê-lO através da revelação dEle mesmo.

A necessidade de conhecimento

Se buscares a sabedoria como a prata, e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus.
Batalhar diligentemente pela fé exigeconhecimento. Não precisamos nos tornar especialistas antes de compartilhar a "fé que uma vez por todas foi entregue aos santos", mas devemos ser diligentes em nossa busca do conhecimento do Senhor. Se bem que se tente fazê-lo muitas vezes, é completamente insensato tentar batalhar por algo sobre o que não se está informado. Salomão escreveu:"Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, e para inclinares o teu coração ao entendimento, e se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a tua voz, se buscares a sabedoria como a prata, e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria, da sua boca vem a inteligência e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos, e escudo para os que caminham na sinceridade, guarda as veredas do juízo e conserva o caminho dos seus santos" (Pv 2.1-8).

A prática diligente do discernimento

Batalhar pela fé requer a prática diligente do discernimento. Em Hebreus 5.13-14 está dito: "Ora, todo aquele que se alimenta de leite, é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal." O "leite" e o "alimento sólido" desses versículos são metáforas que se referem ao crescimento espiritual; limitar-nos a uma dieta e a atitudes de crianças espirituais inibe nosso desenvolvimento espiritual. Entretanto, os que exercitam suas faculdades pelo estudo da Palavra de Deus crescerão em discernimento, não continuando "meninos, agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro" (Ef 4.14).

A disposição de aceitar correção

Batalhar diligentemente pela fé exige que tenhamos a disposição de aceitar correção.Corrigir, entretanto, não é um procedimento "psicologicamente correto" em nossos dias, tanto no mundo quanto na Igreja. A correção é considerada uma ameaça à auto-imagem positiva por muitos que promovem a teologia humanista da auto-estima. É incrível como tal mentalidade mundana influenciou fortemente aqueles que deveriam ser separados do mundo e cujos pensamentos deveriam refletir a mente de Cristo. Mesmo uma pesquisa superficial da Bíblia revela exemplos e mais exemplos de correção, que atualmente seriam vistos como potencialmente destrutivos do bem-estar psicológico das pessoas! Será que a "auto-estima" de Pedro foi psicologicamente danificada e tanto sua auto-imagem como a imagem do seu ministério foram irreparavelmente prejudicadas pela correção pública de Paulo? Foi o ministério de Pedro considerado acabado pela maioria da igreja primitiva porque Paulo não foi suficientemente sensível (ou, bíblico – deixando supostamente de considerar Mateus 18) para ter um encontro particular com Pedro? Não é essa a maneira como muitos na Igreja vêem as coisas atualmente? E o que dizer do trauma sentido pelo ego dos publicamente corrigidos: Barnabé (Gl 2.13), Alexandre (2 Tm 4.14-15), Figelo e Hermógenes (2 Tm 1.15), Himeneu e Fileto (2 Tm 2.17-18), Demas (2 Tm 4.10), Diótrefes (3 Jo 9-10) e outros?
A admoestação "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé" não pede uma avaliação pública; ela requer que analisemos a nós mesmos e então façamos o que for necessário para colocar as coisas em ordem diante do Senhor.
A correção é essencial para a vida de todo cristão. Em sua segunda carta a Timóteo, Paulo orientou seu jovem discípulo a respeito do valor das Escrituras para a correção (como também para arepreensão!), "a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tm 3.16-17). A correção tem que começar em casa, isto é, deve haver a disposição não somente de sermos corrigidos por outros, mas também o desejo de corrigirmos a nós mesmos. A admoestação "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé" (2 Co 13.5) não pede uma avaliação pública; ela requer que analisemos a nós mesmos e então façamos o que for necessário para colocar as coisas em ordem diante do Senhor. Sem a disposição de considerar a possibilidade de uma "trave" em nosso próprio olho, a hipocrisia dominará em qualquer correção a outra pessoa.

Obediência às normas

Batalhar diligentemente pela fé requer obediência às normas. Enquanto alguns evitam praticar a correção segundo as Escrituras, outros a usam como um grande porrete, dando com ele em qualquer um que parecer não concordar com seus pontos de vista. As Escrituras nos dizem que (no contexto dos galardões celestiais) aqueles que competem por um prêmio serão desqualificados a não ser que sua conduta siga as normas do evento (2 Tm 2.5). Isso também deveria ser aplicado ao modo como batalhamos pela fé, especialmente no que se refere à correção mútua. A primeira e mais importante norma é o amor. Correção bíblica é um ato de amor, ponto final. Se alguém não tem em mente o interesse maior de uma pessoa, o amor não está envolvido. Se o amor não é o fator motivador da correção, o modo de agir não é bíblico.
A maneira como nos corrigimos mutuamente é uma parte importante das "normas" da batalha pela fé: "Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade" (2 Tm 2.24-25). Entretanto, uma repreensão severa também pode ser bíblica; nas Escrituras há abundância de tais reprovações e repreensões quando a situação as exigia. Mas elas nada têm em comum com correção acompanhada de sarcasmo, humilhação, ataques ao caráter pessoal ou qualquer outra coisa que exalte quem corrige ao invés de ministrar àquele que está sendo corrigido. É irônico que o humor dominante (TV, quadrinhos, etc.) dessa geração profundamente consciente da "auto-estima", ego-sensível, seja o sarcasmo, especialmente a humilhação. Fazer alguém se sentir inferior tornou-se a maneira preferida de elevar a própria auto-estima.
Um teste simples de correção bíblica é o nível de presunção por parte de quem a pratica. Se houver qualquer indício dela – ele falhará. Outro teste rápido é o termômetro das "maneiras desagradáveis". Se aquele que corrige trata os outros com maneiras que ele mesmo não aceitaria – ele é parte do problema, não a solução bíblica.

Conhecer pelo que se batalha

Batalhar diligentemente pela fé envolve conhecer pelo que se batalha. Aquilo que envolve a subversão do Evangelho, especialmente das doutrinas principais relacionadas com a salvação, exige nossa séria preocupação e atenção. O livro de Gálatas é um bom exemplo. Os judaizantes estavam coagindo os crentes a aceitar um falso evangelho, isto é, adicionando certas obras da lei como necessárias para a salvação. Paulo os repreendeu duramente, como também instruiu Tito a fazê-lo (Tt 1.10-11,13). No mesmo espírito, argumentamos com os que promovem ou aceitam um falso evangelho para a salvação (mórmons, adeptos da Ciência Cristã, Testemunhas de Jeová e católicos romanos, entre outros).
Enquanto certas questões podem parecer não estar relacionadas com o Evangelho, elas podem subverter indiretamente a Palavra de Deus, afastando os crentes da verdade e inibindo dessa forma a graça necessária para uma vida agradável ao Senhor. A psicoterapia, por exemplo, é um dos veículos mais populares para levar os cristãos a buscar as soluções ímpias dos homens (e, portanto, destituídas da graça).

Saber quando evitar confrontos

Batalhar pela fé também requer que saibamos quando evitar confrontos.
Batalhar pela fé também requer quesaibamos quando evitar confrontos. O capítulo 14 de Romanos trata de assuntos em que a argumentação se transforma em contenda. Paulo fala de situações em que crentes imaturos criavam polêmicas em torno de coisas que não tinham importância. Alguns estavam provocando divisões por discutirem quais alimentos podiam ser comidos ou não, ou quais dias deviam ser guardados ou não. Natesses casos, o conselho da Escritura é: há certas coisas que não devemos julgar, pois se trata de questões sem importância, que não negam a fé, e são assuntos a serem decididos pela própria consciência (v. 5). Somente o Senhor pode julgar o coração e a mente de alguém no que se refere a tais assuntos.
Quando Jesus discutiu os sinais dos últimos tempos com Seus discípulos no Monte das Oliveiras (Mt 24), o primeiro sinal que Ele citou foi o engano religioso. Sua extensão atual não tem precedentes na História. Somente esse fato deveria tornar nosso interesse em batalhar diligentemente pela fé uma das maiores preocupações. Isso também significa que há tantos desvios da fé (1 Tm 4.1) a serem considerados, que poderá ser necessário estabelecer prioridades pelo que e quando vamos batalhar. No que se refere ao nosso próprio andar com o Senhor, devemos examinar qualquer coisa em desacordo com as Escrituras, fazendo as necessárias correções. Entretanto, quando se trata de ensinos e práticas biblicamente questionáveis, sendo aceitas e promovidas por outros, o discernimento pode também incluir a necessidade de decidir quando e como tratar deles. Atualmente, não é incomum ser erradamente considerado (ou, de fato, merecer a reputação) como alguém que "acha erros em tudo"; de modo que a busca da sabedoria e orientação do Senhor é sempre essencial para que nosso batalhar seja recebido de forma frutífera.

Não devemos coagir ninguém

Finalmente, batalhar diligentemente pela fé não é coagir. Muito freqüentemente esquecemos que recebemos nossa vida eterna em Cristo como dádiva gratuita, uma dádiva do insondável amor de Deus que deve ser oferecida aos outros em amor. O amor é destruído pela coação. Se bem que nossa intenção pode não ser impor questões de fé aos outros, é importante verificar regularmente nossos motivos e métodos. O batalhar diligentemente pela fé deve ser realizado como uma oferta de amor. Temos que lembrar que somos meramente canais de tal amor e que, se quisermos que ocorra alguma mudança no coração, ela será realizada através da graça de Deus, a única que garante o arrependimento (2 Tm 2.25-26).
Atos 20.27-31 contém alguns pensamentos que atualmente muitos iriam considerar comodesproporcionais na batalha por "todo o desígnio de Deus". Mas, trata-se das palavras de Deus, comunicadas apaixonadamente pelo apóstolo Paulo aos membros da igreja de Éfeso e a nós: "Atendei por vós e por todo o rebanho... Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando cousas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles. Portanto, vigiailembrando-vos de que por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um."
Nestes "difíceis" tempos finais (2 Tm 3.1), ore para que todos nós, como Paulo, demonstremos apaixonada preocupação pelo bem-estar espiritual dos nossos irmãos e irmãs em Cristo e pela pureza do Evangelho essencial para a salvação das almas (T. A. McMahon -TBC - http://www.chamada.com.br).

Democracia: a Deusa da Nova Era

Ao escolher o título: “Democracia: o Deus da Nova Era”, eu sabia que ele seria polêmico. Parece que estou menosprezando a democracia. Contudo essa não é, de forma alguma, a minha intenção.
Temos experimentado a democracia como o sistema político que melhor funciona no momento. Ele nos provê com certas liberdades desconhecidas até então na História. A essa altura, não há outro sistema viável comparado à democracia. Mas à medida que a investigamos pela perspectiva bíblica, descobrimos que a democracia, não importa quão boa seja, acabará por dar posse ao Anticristo.
O próprio fato de que estamos hoje experimentando uma inundação de democracia nos fornece mais motivos do que nunca para crermos que a conclusão dos tempos do fim está às portas.
A democracia está nos lábios de todos hoje em dia, especialmente desde a sensacional e inesperada queda da Cortina de Ferro. Não passa um dia sequer sem que algum relato nos telejornais fale algo acerca do progresso da democracia. Alguns a têm chamado de a liberdade última e a libertação da humanidade. Outros dizem que a democracia é o direito dado por Deus para todos sobre a terra.

A Deusa da Democracia

Na China, que ainda está debaixo de governo comunista, a democracia é considerada uma religião. Durante o levante estudantil chinês na Praça Tiananmen, foi exibida uma “Estátua da Liberdade” em papel machê. Ela foi chamada “A Deusa da Democracia”. É isso que eu quero tratar em detalhes, porque uma deusa ou um deus da democracia jamais pode ser aquele Deus da Bíblia que nós cultuamos.
Pense por um instante. Crianças instruídas no comunismo – e seus pais e avós presumivelmente comunistas –, rebelam-se contra o sistema.
Manifestantes ao redor da escultura da Deusa da Democracia na praça Tiananmen, Beijing, 30 de maio de 1989.
Eles haviam sido bons comunistas, caso contrário não teriam tido permissão de estudar nas universidade chinesas em busca de uma instrução mais elaborada. Ainda assim vemos esses estudantes como sendo os que levantaram essa “deusa da democracia”. Será que eles estavam reconhecendo algo que nós, como nação, temos falhado em reconhecer? Eu creio que sim!
Publicamos um artigo sobre o assunto na revista Notícias de Israel (em inglês) de julho de 1989, e cito partes do artigo aqui:
A esperança por democracia e a tragédia que se seguiu foram alardeadas pela mídia em detalhes. Qual é a importância disso a partir da Palavra profética? Geograficamente, a China está diretamente ao oriente de Israel. Sua participação no cenário dos tempos finais está descrita em Apocalipse 16.12: “Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol”.
Embora a China seja um país comunista, eles se separaram do comunismo soviético sob a liderança de Mao Tse Tung. Isso não chegou a ser uma surpresa para os que estudam a Bíblia, porque a China não é categorizada dentro da confederação do norte mencionada pelo profeta Ezequiel, nos capítulos 38 e 39. A China pertence à confederação dos reis do Oriente e, portanto, ao império mundial que está presentemente surgindo na Europa.
Enquanto os levantes nos países do antigo bloco soviético se basearam exclusivamente em razões materialistas e nacionalistas, o levante na China foi diferente porque ele incluiu um fervor religioso conforme claramente expresso na “Deusa da Democracia”.40

Democracia em Marcha

Enquanto isso, nós experimentamos a queda do muro de Berlim, o símbolo que separava o Oriente do Ocidente, e o comunismo do capitalismo. Agora, mais do que nunca, à medida que testemunhamos a democracia se movendo rumo ao Oriente, ao invés do comunismo se movendo rumo ao Ocidente, como por tanto tempo tememos, considera-se que ela é a resposta absoluta a todos os problemas do mundo.
Quem poderá estar no caminho da democracia? Alguns anos atrás, o comunismo era, quem sabe, o sistema mais poderoso do mundo. Geograficamente, mais da metade do nosso planeta e cerca de 65% da sua população era governada por ele.
Nós experimentamos a queda do muro de Berlim, o símbolo que separava o Oriente do Ocidente, e o comunismo do capitalismo.
Agora, com esse perigo à liberdade capitalista não sendo mais uma ameaça real, a democracia está no palco, na frente e bem no centro. É o novo poder do mundo. Estamos nos aproximando da época em que ninguém, absolutamente ninguém, será capaz de se opor à democracia.
Aqui somos relembrados de Apocalipse 13.4: “Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?”
Embora nos regozijemos com o fato de que nossos irmãos e irmãs no Senhor na Europa Oriental podem agora ter comunhão com maior liberdade, e estejamos contentes pela liberdade que eles agora têm de viajar para o Ocidente, não podemos permitir que esta alegria nos cegue para o novo perigo que se aproxima. O perigo que agora parece ser tão positivo é um mundo unido sob a democracia.
Mas quem, em sã consciência, poderia se opor a tal progresso? Qual é o problema da fraternidade universal, da unidade global, da paz e da prosperidade? Superficialmente, nada, mas aqueles que diligentemente estudarem as Escrituras saberão exatamente para onde esse desenvolvimento conduzirá.
Virtualmente desde o princípio, os homens têm esperado pela pessoa certa, com o sistema certo, que haverá de conduzir a uma paz e harmonia universais. Mas, os homens têm desejado que isso aconteça em seus próprios termos. Será que a paz e a prosperidade são realisticamente possíveis em nossos dias? Sem hesitação eu responderia “Sim!” Não apenas a paz é possível, mas essa paz poderia vir porque ela foi profetizada pelas Sagradas Escrituras. Sim, haverá paz num nível ainda não conhecido e ela inundará o mundo de tal forma que toda a oposição será eliminada.
No auge do sucesso, entretanto, ela assumirá uma identidade diferente. A máscara cairá e a sua verdadeira natureza será revelada. Ela não apenas se moverá horizontalmente, ou seja, globalmente, mas também se moverá verticalmente, porque os homens vão querer tornar-se como Deus.

A Democracia não Pode Mudar o Coração Maligno

O sucesso da democracia é baseado no intelecto humano. Mas o homem continua tão maligno quanto sempre foi: “ Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9).
Sabemos o que aconteceu com os dois primeiros filhos de Adão e Eva. Houve uma discussão e um matou o outro. Desde aquela época, irmão tem guerreado contra irmão. Com absoluta certeza, podemos saber que esse tipo de conflito haverá de continuar. Guerras e rumores de guerra, discussões, insatisfação e rebelião não cessarão até Jesus voltar novamente. Apenas Ele trará a verdadeira paz.
Não devemos esquecer que os sistemas dos governos do mundo, passados ou presentes – quer ditadura, monarquia, democracia, socialismo ou comunismo –, todos prometeram uma vida pacífica e melhor. O alvo de quase todos os políticos jamais mudou – de fato, eles sempre prometeram ao povo: “Paz e prosperidade para o nosso povo, se me eleger...”
Por que, então, temos tantas guerras? A origem da guerra está localizada no ódio. Esse ódio ainda não foi eliminado. Ele ainda está profundamente arraigado no coração de cada pessoa neste mundo, menos das pessoas que foram compradas pelo sangue do Cordeiro, o Senhor Jesus Cristo. Só então o indivíduo tem a paz verdadeira que excede todo entendimento, e é capaz de vencer o ódio que satura a mente humana.

Ditadura Democrática

O perigo da democracia reside no fato irônico de que ela, em última análise, não tolerará qualquer oposição. A nova democracia mundial dos últimos dias virá a ser, com efeito, uma ditadura mundial.
Winston Churchill, o grande estadista britânico, confessou que: A pior forma de governo é a democracia, mas ela é a melhor que temos.
Encontramos as seguintes definições na parte de “Citações Populares” doDicionário Enciclopédico Webster da Língua Inglesa:
Democracia simplesmente significa a ameaça do povo, pelo povo, para o povo.
Winston Churchill, o grande estadista britânico, confessou que:
A pior forma de governo é a democracia, mas ela é a melhor que temos.
O que tenciono destacar é que a alegria inebriante que está sendo expressa hoje, devido ao sucesso da democracia, não é, na realidade, motivo para regozijo. Em Apocalipse 16.13-14 lemos o que conduzirá ao fim: “Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso”. Os “espíritos imundos” estão operando poderosamente hoje pelo mundo todo.
Pela primeira vez na história da humanidade, tornou-se possível que um sistema mundial fosse implementado para que a profecia bíblica seja cumprida, o que clara e distintamente nos diz que o mundo todo haverá de se unir. Mas esse não é o alvo final. No fim, um mundo unido há de se preparar para a batalha contra Deus.
A olho nu isso não é visível hoje. Ninguém está falando a respeito de se lutar contra Deus. Nenhuma pessoa em sã consciência sequer chegaria a pensar nisso. Mas as Escrituras que acabamos de ler afirmam categoricamente que os atos miraculosos realizados nas nações do mundo terão um alvo específico: o ajuntamento contra o Deus Todo-Poderoso.

A Batalha do Cristão

Hoje, mais do que nunca, os cristãos precisam se certificar de que sua posição é a de espectadores olhando para o campo político, e não a de competidores com os pagãos. Nosso alvo é servir ao Senhor ressurreto e exaltado, espalhando o Evangelho libertador, e preparando-nos para a volta dEle.
Nosso alvo é servir ao Senhor ressurreto e exaltado, espalhando o Evangelho libertador, e preparando-nos para a volta dEle.
Jamais os cristãos devem se degradar ao ponto de serem atraídos para as coisas que pertencem a este mundo. Nós não devemos crer que estamos no comando, e que através de nossa atitude poderemos produzir paz mundial, justiça e prosperidade.
Sabemos, com certeza absoluta, que Deus está no controle do mundo. Ele elege presidentes, primeiros-ministros, reis e outros funcionários de governo.
Nossa batalha, entretanto, é bem mais importante do que meramente controlar ou influenciar o sistema político. Já que nossa batalha claramente não é contra carne e sangue, o apóstolo Paulo afirma: “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12). (Arno Froese - http://www.chamada.com.br)

domingo, 23 de junho de 2013


Muitas pessoas crêem que a profecia bíblica é muito complexa para ser compreendida, então deveríamos apenas deixá-la com os "peritos". Mas a profecia pode ser facilmente – quem sabe devamos dizer prontamente – compreendida quando observada com um pouco de bom senso. A Bíblia não diz que Deus deu as profecias apenas para os teólogos e para os eruditos bíblicos, mas [revelou] "...aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer..." (Apocalipse 1.1). Isso significa que você e eu podemos entender a Palavra Profética de Deus, e Deus espera que a estudemos porque Ele é o autor da profecia. Certamente devemos desejar ler o Seu Livro!

Entendendo a Profecia

A existência paralela da Igreja de Jesus Cristo e a preparação para o reino do Anticristo nesta terra são conceitos padrões pelos quais a profecia bíblica é compreendida.
A profecia bíblica, muitas vezes, parece complicada porque deixamos de levar em conta o fato de que algumas partes das profecias já foram cumpridas, enquanto outras ainda estão por ser cumpridas no futuro.
Quando João Batista nasceu, por exemplo, seu pai proferiu profecias específicas, das quais porções ainda não foram cumpridas até o dia de hoje: "Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo: Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo, e nos suscitou plena e poderosa salvação na casa de Davi, seu servo, como prometera, desde a antigüidade, por boca dos seus santos profetas, para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam; para usar de misericórdia com os nossos pais e lembrar-se da sua santa aliança e do juramento que fez a Abraão, o nosso pai, de conceder-nos que, livres das mãos de inimigos, o adorássemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias. Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor, preparando-lhe os caminhos, para dar ao seu povo conhecimento da salvação, no redimi-lo dos seus pecados" (Lucas 1.67-77).
Notamos que muitas partes dessa profecia não foram cumpridas naquela época, nem se cumpriram até o dia de hoje. Vejamos alguns exemplos.

Inimigos de Israel

O versículo 71 diz que Israel se "...libertará dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam". Mas isso ainda não foi cumprido. Aliás, conforme revelam muitas fontes seguras, o anti-semitismo está até aumentando. Veja alguns relatos da mídia:
Conforme revelam muitas fontes seguras, o anti-semitismo está até aumentando.
Os incidentes anti-semitas nos Estados Unidos aumentaram 8% em 1993, havendo um grande crescimento de ataques e ameaças, informou a Liga Anti-Difamação... A pesquisa mostrou que esses ataques, ameaças e molestamentos contra indivíduos ou organizações subiram 23% a mais que no ano anterior... Abraham Foxman, diretor nacional da LAD, disse: "Estamos profundamente preocupados com esse anti-semitismo descarado..." (Reuters, 24/1/1994)
A revista semanal alemã Focus registrou números oficiais que mostraram que no primeiro semestre de 1994 os ataques anti-semitas cresceram mais de 100% na Alemanha, se comparados com o mesmo período do ano anterior. Citando um relato da Agência BKA, da polícia federal, a Focus disse que 701 de tais ataques foram cometidos em comparação com 343 no mesmo período de 1993.
Recentemente, os neonazistas se reuniram em cidades da antiga Alemanha Oriental gritando "Sieg Heil!" e "A Alemanha para os alemães!" (Dispatch From Jerusalem, 12/1994)

Outra Profecia Não Cumprida

Ainda hoje, Israel não serve a Deus. Os judeus estão cegos para o seu Messias, como afirma Romanos 11.28: "Quanto ao evangelho, são eles inimigos por vossa causa; quanto, porém, à eleição, amados por causa dos patriarcas".
O sacerdote Zacarias profetizou que Deus haveria "de conceder-nos que, livres das mãos de inimigos, o adorássemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias" (Lucas 1.74-75).
Sabemos que essa parte do discurso profético dele não foi cumprida até hoje. Eles ainda não foram libertados de seus inimigos, e nem estão servindo a Deus em santidade e justiça.
Israel ainda não foi libertado de seus inimigos, e nem está servindo a Deus em santidade e justiça.
Os versículos seguintes, entretanto, foramcumpridos naquela época: "Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor, preparando-lhe os caminhos, para dar ao seu povo conhecimento da salvação, no redimi-lo dos seus pecados graças à entranhável misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visitará o sol nascente das alturas, para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz" (Lucas 1.76-79).Assim sendo, vemos a partir desses versículos que o discurso profético não está limitado ao cumprimento estático, que acontece numa só vez. Esta profecia foi proferida há quase 2000 anos. Parte dela foi cumprida e outra parte ainda aguarda seu cumprimento final.

A Proclamação Messiânica de Jesus

Outro exemplo forte de uma profecia parcialmente cumprida, usado com freqüência pelo Dr. Wim Malgo, fundador da Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, encontra-se em Lucas capítulo 4. Jesus foi a Nazaré e entrou na sinagoga local no sábado. Ali Ele leu as Escrituras para aquele dia: "Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler" (Lucas 4.16). Então o rabi encarregado deu-lhe o livro e Ele começou a ler: "O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir" (vv. 18-21).
Que passagem Ele citou? Isaías 61.1-2! Vejamos o que Isaías escreveu: " O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram".
Dá para detectarmos uma clara diferença. Isaías fez essa proclamação de um fôlego:"Apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus..." Mas na sinagoga, naquele dia de sábado, Jesus não leu a última parte desse versículo. Ele simplesmente parou depois de dizer: "a apregoar o ano aceitável do SENHOR..." Fechou o livro, deu-o ao rabi e se assentou.
Depois Ele disse algo extremamente significativo: "...hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir". O Senhor Jesus veio para proclamar salvação. Ele veio para cumprir aquilo que estava escrito a Seu respeito pelos profetas. Ele não veio para executar "...o dia da vingança do nosso Deus..." naquela época. Isso ainda está por acontecer.
A afirmação profética de Isaías compreende a primeira e a segunda vinda de Jesus como uma só. Os 2000 ou mais anos ocultos – entre ‘...o ano aceitável do SENHOR..." e "...o dia da vingança do nosso Deus..." – são a época da Igreja. Somente depois que a Igreja tiver partido para se encontrar com Jesus, "...entre as nuvens...", é que "...o dia da vingança..."terá início.

Medo do Desconhecido

Ao simplesmente reconhecermos que as profecias que citei foram cumpridas apenas parcialmente, o seu significado já fica mais claro. Elas começam a fazer mais sentido. Como crentes, não temos razão para temer, pois Deus claramente nos diz em Sua Palavra que aqueles que persistem em sua incredulidade terão muito motivo para ficar amedrontados!
Por causa do medo do desconhecido, muitos estão relutantes e deliberadamente evitam tentar compreender as profecias. Ignorar a Palavra Profética, entretanto, não impede que ela seja cumprida. Aqueles que rejeitam a Palavra Profética ou optam por ignorá-la não podem ser informados de, ou preparados a respeito daquilo para o que ela veio. Sem uma clara compreensão da Palavra Profética, temos toda a razão para temer as coisas que virão sobre este mundo. Veja alguns exemplos:
A despeito das melhorias na saúde, ou dos cuidados com nosso meio ambiente, psicólogos, sociólogos e epidemiologistas dizem que podemos muito bem estar vivendo na mais ansiosa e temerosa sociedade de nossa história. Por que estamos tão apavorados – e muitas vezes por coisas erradas? Muitos dizem que as notícias da mídia são as quem têm maior parcela de culpa. A mídia, afinal de contas, dá mais atenção àqueles assuntos, questões e situações que mais assustam os leitores e telespectadores. Assim sendo, quase todo dia, lemos, ouvimos e vemos acerca de algum tipo de ameaça nova à nossa saúde e segurança. (The State, 25/12/1994)
A despeito das melhorias na saúde, ou dos cuidados com nosso meio ambiente, psicólogos, sociólogos e epidemiologistas dizem que podemos muito bem estar vivendo na mais ansiosa e temerosa sociedade de nossa história.
Ao mesmo tempo que podemos admitir que o mundo tem razões legítimas para temer as coisas que estão acontecendo, os cristãos não precisam temer. Nós seremos apenas tomados pelo medo se não estudarmos a Palavra Profética.
O apóstolo Pedro nos dá o conselho correto que, se considerado, não nos levará a temer o desconhecido, pelo contrário, fará nossos corações se regozijarem: "Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração" (2 Pedro 1.19). Ter medo do desconhecido não é justificativa para a negligência. Ao contrário, se uma pessoa ignora a Palavra Profética, ela sentirá medo desnecessariamente e perderá um gozo inigualável que vem do estar completamente envolvido com a Palavra de Deus!

No Lugar Errado, na Hora Errada

Quando nos dedicamos à verdade da Palavra Profética, nós nos encontramos no lugar certo o tempo todo. Isso nos dá segurança absoluta das coisas que estão por vir. Mas, quando descremos da Palavra Profética ou a ignoramos, então estamos em território desconhecido e somos tomados pelo medo.
Permita-me reconstituir uma experiência angustiante que tive quando jovem em Melbourne, na Austrália.
Naquela ocasião, o anoitecer veio rápido demais. Parecia que o dia havia simplesmente se desligado, tornando-se trevas. Ainda mais estranho e amedrontador foi o silêncio quase sepulcral que fez com que eu e meu amigo Dieter tivéssemos um sentimento estranho de que algo estava errado.
"Isso não pode estar acontecendo. Deve ser um pesadelo. Vai cessar no momento em que eu acordar", pensei. Mas era real demais. Ali estávamos, dois imigrantes da Alemanha com 19 anos de idade, sem qualquer conhecimento da língua inglesa, exceto algumas frases que havíamos aprendido a bordo do navio italiano de imigrantes chamado Castel Felícia. O navio navegou durante cinco semanas da Alemanha até Melbourne, Austrália. Uma frase em inglês em particular ficou presa à minha mente, simplesmente porque eu a achava tão boba: "Isto é uma maçã".
Quando descremos da Palavra Profética ou a ignoramos, então estamos em território desconhecido e somos tomados pelo medo.
Eu percebi que não podia andar pelas ruas da grande cidade de Melbourne com apenas o conhecimento dessas quatro palavras em inglês, esperando me comunicar suficientemente para encontrar um lugar para passar a noite, e menos ainda para encontrar um emprego. Esse era o propósito de irmos de carona para Melbourne, deixando para trás um acampamento seguro de imigrantes, a 240 km de distância. Claro, nós fomos avisados no acampamento de Bonnegilla para não sairmos daquela propriedade. Disseram-nos: "O governo cuidará de vocês. Vocês conseguirão um emprego, aprenderão a língua e ganharão dinheiro". Foi extremamente difícil sermos confortados por tais promessas, porque naquela época os empregos na Alemanha eram abundantes.
Alguém poderia dizer a seu chefe: "Eu me demito!", atravessar a rua e ser rapidamente aceito em outra firma. Portanto, os alertas que nos foram feitos não tinham o mínimo sentido para nós. Por não prestarmos atenção àquelas palavras de alerta, acabamos nos encontrando numa situação difícil, a muitos quilômetros daquele acampamento.
Pensamos que algo estranho devia estar acontecendo na cidade, porque ela parecia abandonada. Jamais poderíamos ter imaginado que era bastante normal para uma cidade australiana estar virtualmente vazia depois das horas de trabalho. Na Europa, as pessoas vivem na cidade, em apartamentos em cima de lojas e escritórios. Mas o centro da cidade de Melbourne era estritamente comercial. Quando chegava a hora de fechar, todos iam para suas casas nos subúrbios, deixando a cidade vazia. E aquele silêncio estranho e amedrontador contribuiu para o nosso desespero. Uma cidade sem pessoas era algo totalmente além da nossa imaginação. "E agora?", nós nos perguntamos. Estávamos perdidos, com fome e praticamente sem dinheiro. Além disso, estávamos desesperadamente precisando de um lugar para dormir. De repente, no escuro dessa cidade estranha, deparamos com um prédio aparentemente vazio. Por sorte, a porta estava aberta. Exceto por alguns ratos amedrontados correndo em todas as direções, nós nos sentimos razoavelmente seguros, até mesmo protegidos, depois de fecharmos a porta. Parecia até um pouco mais quente do que do lado de fora, naquela rua escura.
Entre o lixo, achamos uma pilha de jornais velhos e depois de comermos o nosso último doce, aqueles jornais tornaram-se os nossos cobertores naquela noite. "Amanhã tudo será diferente", pensamos. "Certamente encontraremos um emprego numa construção e as coisas haverão de melhorar". Depois pegamos no sono.
Deve ter sido perto de duas ou três horas da manhã quando o frio nos acordou. Sem problemas. Sabíamos que o calor procura os lugares mais altos, então subimos numa escada parcialmente quebrada para o andar de cima, trazendo conosco nossos cobertores de jornal. Voltamos a pegar no sono.
Passado não muito tempo, entretanto, fomos acordados pelo barulho de um carro, um barulho de que havíamos sentido imensa falta na noite anterior. Estranhamente, o motor parou e a porta do carro abriu e fechou bem na frente do nosso prédio.
Colocamo-nos rapidamente em pé e olhamos pela janela suja. Meu amigo reconheceu um carro esporte britânico, um MG. Nossos corações começaram a bater mais rápido quando a porta no andar de baixo se abriu e alguém entrou. Quase instantaneamente eu procurei por um objeto que servisse para me defender, e o mesmo fez meu amigo. Agora, nós realmente achávamos que as nossas vidas estavam correndo risco.
Os pensamentos passaram em ritmo rápido pela minha mente, acerca das muitas vezes em minha jovem vida que eu havia escapado por pouco da morte. Uma dessas vezes foi em 1944, por exemplo, quando toda a nossa família quase morreu de fome por causa do cerco russo. Mas nós conseguimos vencer, perdendo apenas um membro da família – minha irmã mais nova.
Em outra ocasião, os alemães estavam sendo executados sem mais nem menos pelas forças comunistas que haviam ganhado a guerra. Mas eles pararam com a matança bem próximo do local em que estávamos. Por isso, a essa altura eu estava preparado virtualmente para qualquer coisa. Mas os minutos pareciam uma eternidade.
Nós ouvimos claramente cada passo e esperamos em meio ao suspense os ruídos começarem a subir as escadas. Silêncio – depois o som de jornal sendo remexido. Parecia que o jornal estava sendo jogado nas escadas. O suspense foi tão grande que conseguimos ouvir até o nosso coração bater.
Nós não perdemos sequer o som de um fósforo sendo riscado. De repente tornou-se claro que aquele homem não estava atrás de nós! Ele nem sabia que havia gente no prédio. Tratava-se provavelmente de um incendiário! Quem sabe era o proprietário do prédio que queria queimá-lo para receber o seguro.
Mas, e nós? Deveríamos tentar detê-lo? E se ele tivesse uma arma, nós não teríamos a mínima chance. Poderíamos ser facilmente silenciados – duas testemunhas convenientemente desaparecendo no meio do fogo.
Começamos a sentir o cheiro de fumaça. Agora o nosso desespero aumentou. Se não fizéssemos nada, morreríamos ali, mas se fizéssemos alguma coisa, ainda assim poderíamos morrer. Então o longo silêncio foi interrompido pelo som de passos. A porta se fechou no andar inferior. Que alívio tremendo para nós. Agora estávamos livres para agir. Dieter correu para a janela e viu que o homem havia entrado rapidamente em seu carro conversível, sem sequer usar a porta. Ele ligou o carro e sumiu de vista.
A essa altura eu já havia chegado no andar abaixo e o fogo havia começado a pegar na madeira seca da escada. Nossa decisão seguinte levou apenas segundos... nós apagamos o fogo.
Exaustos, finalmente saímos para o lado de fora do prédio, naquela cidade estranha, contentes por estarmos vivos. Certamente o incendiário deve ter esperado ver fumaça e ouvir o alarme de incêndio, mas em vão, pelo menos naquela noite. Chegamos a considerar deixar o fogo queimar o prédio, mas a nossa presença na cidade, sem dúvida, nos deixaria como prováveis suspeitos. Qualquer policial poderia imediatamente nos identificar como os incendiários porque, afinal, estávamos no prédio. Dois jovens num lugar onde não deveriam estar, não falando praticamente nada de inglês, sem ter dinheiro, teriam sido facilmente vistos como quem começou o fogo para se esquentarem, e que este saiu de controle. Teria sido a pressuposição lógica. Contentes com nossa decisão, agora estávamos cheios de esperança para o dia que estava amanhecendo.

Perdidos em Terra Estranha

Por que eu estou contando essa experiência num artigo a respeito da "compreensão da profecia"? Faço isso com o propósito de demonstrar que estávamos no lugar errado em hora errada, colocando-nos em situação extremamente perigosa, por assim dizer, navegando em território em que não devíamos estar.
Da mesma maneira, esse exemplo deveria servir para nos lembrar que qualquer pessoa sem Cristo está totalmente perdida, rumo à condenação eterna. A Bíblia afirma que a separação de Deus é para sempre para aqueles que morrem sem Cristo.
Se Dieter e eu simplesmente soubéssemos a língua, nós poderíamos ter perguntado a alguém aonde poderíamos encontrar um lugar para ficar. Nós facilmente poderíamos ter evitado aquela terrível situação em que nos metemos.
Essa experiência se aplica igualmente a qualquer pessoa que deixa de dar ouvidos à Palavra Profética. Tal pessoa anda nas trevas e vive oprimida por um medo que não precisaria sentir.

Segurança Eterna em Cristo

Você é filho de Deus? Então não precisa temer. Leia o livro de Apocalipse, que Deus nos deu para detalhar o futuro.
Dê ouvidos à preciosa garantia que a Palavra de Deus nos fornece: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu vou" (João 14.1-4).
Não se trata de um anúncio barato, um folheto promocional ou uma propaganda bem elaborada de um shopping famoso. Trata-se da promessa do Jesus Vivo que fez os céus e a terra e tudo o que neles há!
Você é filho de Deus? Então não precisa temer. Leia o livro de Apocalipse, que Deus nos deu para detalhar o futuro.
Deus, de fato, nos dá uma maravilhosa promessa se lermos este livro: "Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo" (Apocalipse 1.3).
O estudo da Palavra Profética, portanto, não é algo insignificante. Não se trata também de algo a ser deixado apenas com os especialistas. Ele é para todo filho de Deus. (Arno Froese - http://www.chamada.com.br)

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