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segunda-feira, 26 de março de 2012

Doadores internacionais garantiram quase 4,5 bilhões de dó­lares como ajuda para Gaza no iní­cio deste mês. Nestes últimos anos, tem sido muito penoso para mim testemunhar a situação de deterioração humana na estreita faixa onde morei quando era criança, nos anos 1950.
A mí­dia tem a tendência de atribuir o declí­nio de Gaza somente às ações militares e econô­micas israelenses contra o Hamas. Mas tal aná­lise míope ignora a causa fundamental do problema: 60 anos de polí­tica árabe objetivando a perpetuação do status dos palestinos como refugiados sem pá­tria, a fim de usar o sofrimento deles como uma arma contra Israel.
Quando eu era criança, em Gaza, nos anos 1950, experimentei os primeiros resultados dessa polí­tica. O Egito, que então controlava o territó­rio, realizava operações do tipo guerrilha contra Israel a partir do territó­rio de Gaza. Meu pai comandava essas operações, executadas pelos “fedayeen”, palavra árabe que significa “auto-sacrifí­cio”. Naquela época, Gaza já era a linha de frente da jihad [guerra santa] árabe contra Israel. Meu pai foi morto pelas forças israelenses em 1956.
Yasser Arafat disse que o útero de uma mulher palestina era a melhor arma que ele possuía.

Foi naqueles anos que a Liga Árabe iniciou sua polí­tica de refugiados palestinos. Paí­ses árabes criaram leis especiais projetadas para tornar impossí­vel a integração de refugiados palestinos da guerra dos árabes contra Israel em 1948. Mesmo os descendentes dos refugiados palestinos que nascem em outro país árabe e moram nele por toda a sua vida não podem, jamais, obter passaporte daquele país. Mesmo que se casem com cidadãos de um país árabe, não podem se tornar cidadãos do país de seu cônjuge. Devem permanecer “palestinos”mesmo que jamais tenham colocado os pés na Margem Ocidental ou em Gaza.
Essa polí­tica de forçar uma identidade palestina sobre essas pessoas eternamente e de condená-las a uma vida miserá­vel em um campo de refugiados foi projetada para perpetuar e exacerbar a crise dos refugiados palestinos.
O mesmo se deu com a polí­tica árabe de superpopular Gaza. A UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência Para os Refugiados Palestinos), cujo principal apoio polí­tico vem de paí­ses árabes, estimula altas taxas de natalidade, premiando as famí­lias que têm muitos filhos. Yasser Arafat disse que o útero de uma mulher palestina era a melhor arma que ele possuía.
Paí­ses árabes sempre se esforçam por classificar tantos palestinos quanto possí­vel como “refugiados”. Como resultado, cerca de um terço dos palestinos em Gaza ainda vive em campos de refugiados. Durante 60 anos os palestinos têm sido usados e abusados por governos árabes e terroristas palestinos na guerra contra Israel.
Agora é o Hamas, uma organização terrorista islâ­mica apoiada pelo Irã, que está usando e abusando dos palestinos para seus pró­prios propó­sitos. Enquanto os lí­deres do Hamas se escondiam em seus bunkers e tú­neis cheios de provisões, os quais eles prepararam antes de provocarem Israel a atacá-los, civis palestinos eram expostos e pegos no fogo cruzado mortal entre o Hamas e os soldados israelenses.
Como resultado de 60 anos dessa polí­tica árabe, Gaza se tornou um campo de prisioneiros para 1,5 milhões de palestinos. Tanto Israel quanto o Egito temem a infiltração terrorista de Gaza – mais ainda desde que o Hamas assumiu o governo – e mantêm controle acirrado sobre suas fronteiras com Gaza. Os palestinos continuam a sofrer dificuldades porque Gaza continua a servir como plataforma de lançamento para ataques terroristas contra cidadãos israelenses. Esses ataques vêm na forma de mísseis do Hamas que, indiscriminadamente, têm como alvo jardins de infância, casas e estabelecimentos comerciais.
O Hamas continuou com esses ataques por mais de dois anos depois que Israel se retirou de Gaza na esperança de que esse passo daria iní­cio ao processo de construção de um Estado palestino, levando finalmente à solução pací­fica de dois Estados para o conflito entre Israel e a Palestina. Não havia “ciclo de violência” na época, nenhuma justificativa para nada que não fosse paz e prosperidade. Mas, em vez disso, o Hamas escolheu a jihad islâ­mica. As esperanças dos moradores de Gaza e de Israel foram “satisfeitas”com misé­ria para os palestinos e mísseis para os israelenses.
O Hamas, um representante do Irã, tornou-se um perigo não apenas para Israel, mas para os palestinos, e também para os Estados árabes vizinhos, que temem que o avanço do islã radical possa desestabilizar seus paí­ses.
Os árabes alegam amar o povo palestino, mas parecem mais interessados em sacrificá-lo. Se realmente amassem seus irmãos palestinos, eles pressionariam o Hamas para parar de atirar mísseis contra Israel. Em longo prazo, o mundo árabe deve terminar com o status de refugiados dos palestinos e seu conseqüente desejo de prejudicar Israel. Está na hora de os 22 paí­ses árabes abrirem suas fronteiras e absorverem os palestinos de Gaza que desejam começar vida nova. Está na hora do mundo árabe realmente ajudar os palestinos, e não apenas usá-los. (Nonie Darwish, extraí­do de The Wall Street Journal - http://www.beth-shalom.com.br)

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