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terça-feira, 30 de agosto de 2016

EI só vai parar após ter “exterminado” os cristãos, garante ex-jihadista

Objetivo seria eliminar todos os outros grupos religiosos, inclusive minorias muçulmanas

EI só vai parar após ter “exterminado” os cristãos, garante ex-jihadistaEI só vai parar após ter "exterminado" os cristãos
O Estado Islâmico (EI) não vai parar até que tenha “exterminado” todos os outros grupos religiosos, garante um ex-extremista islâmico que agora trabalha no combate ao terrorismo. “Eles têm uma missão – um programa de extermínio – que é acabar com todos os outros”, explica Shiraz Maher, que escreveu um livro sobre o jihadismo.
Ele foi ex-membro do grupo terrorista Hizb ut-Tahrir e, segundo ele, acabar com os cristãos é uma “parte muito importante” da ideologia do EI. Embora reconheça que o grupo tenha uma “teologia fraca”, acredita que o projeto de restaurar o Califado – com a nomeação de Abu Bakr al-Baghdadi como “representante de Deus na terra” – garantiu-lhes uma posição muito forte. Isso dá aos outros muçulmanos pouca escolha, pois não se atrevem a questionar esse tipo de reivindicação.
O inglês Shiraz Maher foi “radicalizado” após o 11 de setembro. Filho de paquistaneses, ele passou alguns anos na Arábia Saudita. Contudo, após 4 anos deixou o grupo extremista e hoje trabalha como pesquisador do Centro Internacional para o Estudo da Radicalização do King’s College em Londres.
Em sua análise, presente no seu livro “Salafi-Jihadism: The History of an Idea”, a ideologia do EI “não precisa ser aceita por todos os seus seguidores, somente os líderes”. Essa capacidade de atrair as pessoas reforçou o desenvolvimento de uma teologia “simbólica”.
Embora reconheça que na guerra em andamento na Síria e no Iraque os jihadistas estão perdendo espaço físico, garante que “O EI não está sofrendo qualquer tipo de ameaça existencial”.  Afinal, sua ideologia está sendo amplamente difundida em diversos locais do planeta. Isso influenciou, por exemplo, a Al-Qaeda, que teria adotado uma abordagem “mais pragmática” procurando conquistar o apoio das massas.

O que é jihadismo?

Maher explicou que salafistas-jihadistas como o Estado Islâmico lutam pelo retorno da “era dourada” do Islã, quando Maomé e suas primeiras gerações de seguidores viviam como muçulmanos “autênticos”.
Ele resume as cinco crenças fundamentais do movimento que estabelece as diretrizes do EI e grupos similares:
  1. Jihad – É necessário para o muçulmano participar verdadeiramente da jihad (guerra santa) contra os infiéis, ou seja, todos que não seguem Maomé.
  2. Excomunhão – É possível “excomungar” outros muçulmanos por se envolverem em takfir, um questionamento da fé islâmica, que os tonaria impuros.
  3. Lealdade – muçulmanos são leais apenas aos outros muçulmanos. Em virtude disso, são desleais com todos que não compartilham de suas crenças.
  4. Monoteísmo – Embora todos os muçulmanos sejam monoteístas, para os salafistas-jihadistas, é preciso participar da jihad para defender o verdadeiro monoteísmo.
  5. Um Estado Islâmico – Seu ideal é criar um Estado governado por muçulmanos, de acordo com a lei religiosa sharia.
Maher disse que todos os muçulmanos se identificam em grau maior ou menos com estes conceitos, mas que a sua interpretação será diferente. Explica ainda que os radicais são aqueles que desejam atingir o nível dos “antecessores piedosos”, onde cada detalhe importa, até o cumprimento ideal de suas barbas. Com informações de World Watch Monitor

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